Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

MARKETING NO ESCOTISMO - UMA UTOPIA?



Utopia
O sonho inalcançável... um desejo que parece ser impossível conquistar
O utopismo é um conceito originado da palavra Utopia, o utopismo consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O Utopismo é um modo não só absurdamente otimista, mas também irreal de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.

Marketing escoteiro – uma utopia?

Muitas histórias que os escoteiros não contaram e que contadas poderiam ser uma utopia, ou seria um Marketing?

Os lobinhos maravilhosos

- Era um domingo e como sempre eu e minha noiva costumávamos passar as manhãs em um parque no centro da cidade. Ali observávamos os pássaros, a grama verde, as flores, e podíamos conversar trocar confidencias, enfim muitas coisas que um casal jovem como nós temos como interesse comum.

 Observamos a chegada de uma turminha alegre de jovens, garbosos em seus uniformes, cantando, brincando e junto alguns adultos, também sorridentes e amigos daqueles pequeninos maravilhosos. Passando algum tempo, uma parte deles, se dirigiu onde estávamos e elegantemente com um sorriso no rosto, o que devia ser o líder me convidou a participar de um jogo, onde eles teriam que levar um casal jovem, até toda a “Alcatéia”, e lá recitar os dois em voz alta, a Lei do Lobinho. Eles nos ensinariam a lei. Claro que aceitamos.

Quando lá chegamos outros casais alguns mais jovens e outros mais velhos, também recitavam temas diversos. Na nossa vez, falamos bem alto, para fazer com que a matilha (nos explicaram) tivesse um bom destaque na escolha – O lobinho ouve sempre os Velhos Lobos. O Lobinho pensa primeiro nos outros. O Lobinho abre os olhos e os ouvidos. O Lobinho é limpo e está sempre alegre. O Lobinho diz sempre a verdade. Foi uma alegria, logo estávamos enturmados e em pouco tempo nos convidaram a visitar a sede nos dando o endereço por escrito. Foi para nós eu e minha noiva, um dia maravilhoso.

Observamos que todas as pessoas presentes no parque, também se interessaram, e sorrindo participaram com aqueles jovens a alegria daquele momento que seria inesquecível.

O escoteiro é puro nos seus pensamentos nas suas palavras e nas suas ações
                                        
- Eu morava naquela cidade há muitos anos. Conhecia boa parte das pessoas no meu bairro, principalmente porque após me formar em odontologia, muitos deles eram meus clientes. Naquela manhã, estava eu atendendo um conhecido quando a secretária adentrou na sala e disse que um jovem escoteiro queria falar comigo e se possível naquele momento, pois ele teria que voltar para a casa indo à escola em seguida e não podia chegar atrasado. Era uma terça feira, e pedindo licença ao cliente, fui atender o jovem escoteiro.
Ele me cumprimentou (estava acompanhado de um adulto que deduzi ser seu pai) e explicou o motivo de sua rápida visita. Estava ele de uniforme, garboso sem excessos e notei que exibia um orgulho próprio de si próprio, sem impostar a voz e falando educadamente. Dizia-me que no dia anterior, ao sair da escola, procurou outro amigo para ir ao centro da cidade, já que seus pais tinham autorizado e lá ele viu atrás de um banco na praça, uma carteira. Verificando seu conteúdo, encontrou meu nome nos documentos e como bom escoteiro (ele dizia) fazia questão de entregar pessoalmente.

Fiquei surpreso, pois tinha deixado nela uma boa quantia em dinheiro e não acreditava que alguém me devolvesse. Por isto mesmo já tinha tomado todas as providencias legais para não haver futuros aborrecimentos. Verificando seu conteúdo, nada havia sido retirado e retirando uma nota de R$50,00 ofereci como agradecimento. Ele surpreso, me repreendeu educadamente, dizendo que ele era um escoteiro e sua obrigação era entregar. Sua boa ação estava naquele ato e se recebesse, não era boa ação. Perguntei para ele como era sua vida escoteira e ele me explicou a lei, a promessa e os objetivos do escotismo.

 Nunca na vida encontrei um jovem como ele. Educado, prestativo, leal e com um novo sentido de honra e caráter difícil de encontrar hoje. Deram-me bom dia, e alegres, pai e filho lá se foram, me deixando perplexo, sem saber o que falar. Mas agora sabia e muito bem, o valor daquele movimento e de maneira nenhuma deixaria de falar aos meus amigos sobre ele.

Os seniores e sua boa ação mensal
                                          
- Naquela quinta feira, eu estava nervoso (era responsável por um hospital de subúrbio, pequeno (e que fazia questão de manter em bom nível) devido a um numero maior de pacientes que adentraram pela manhã a procura de ajuda. Procurava colaborar sempre nestas horas, mas os demais médicos e enfermeiras, assim como outros colaboradores não procuravam manter à calma que tanto eram necessárias nestas horas.

E para surpresa minha, eis que seis jovens aparentando 15 a 17 anos adentraram em minha sala, sorrindo, bem uniformizados e educadamente me pediram um minuto do meu tempo. Claro que o daria, tinha eu sido escoteiro em minha juventude e guardava boas lembranças daquele tempo. Dizia um deles, auxiliado pelos demais, - Estavam à procura de uma boa ação coletiva, e esta seria realizada por um ano inteiro.

 Tinham a intenção de colaborar dentro do possível com os jovens internados, conversando, brincando, cantando e transmitindo otimismo a todos aqueles que sofriam e precisavam de ajuda. Claro que seria em horário e dia determinado e estariam dispostos a obedecer pontualmente todas as normas e regras impostas ou que já existiam para visitantes naquele hospital. Junto ao comercio local, tinham conseguido uma quantidade razoável de brinquedos, para diversas idades e pretendiam presentear aos que ali permaneciam internados.

Fiquei surpreso com tudo e voltando ao passado quando também era como eles, de pronto autorizei a atividade por eles solicitada. Pedi que alguém da patrulha passasse no dia posterior, onde iria entregar por escrito as normas do hospital e que na primeira vez, uma enfermeira capacitada ia acompanhá-los para evitar que alguém pudesse sofrer alguma conseqüência principalmente os jovens internados. Alguns meses depois, com alegria, ouvia os comentários dos funcionários e médicos, sobre a atividade dos seniores, uma das poucas coisas boas que nosso hospital agora se orgulhava em ter.

O banco de sangue e o grupo escoteiro
                                                     
- Minha esposa chegou a casa naquela noite, bastante atrasada e eufórica. Perguntei o que tinha acontecido e ela me contou entre surpresa e motivada o que aconteceu. Ela era a enfermeira chefe de um banco de sangue na cidade, que atravessava uma grande dificuldade devido o número de doadores estar escasseando a cada dia.

O diretor já havia tentando fazer uma campanha de marketing na cidade, e mesmo com a imprensa falada e escrita pouco tinha conseguido. Hoje para minha surpresa adentrou um senhor com uniforme escoteiro, sorridente e perguntando se tínhamos condições de atender 50 adultos que estavam lá fora, prontos a fazer uma doação de sangue e se todos eles seriam atendidos ainda naquela tarde, pois muitos estavam em horário de trabalho e outros tinham comercio próprio.

Claro que sim disse e ao mesmo tempo chamei outras enfermeiras e funcionários para tomar todas as providencias necessárias. Eis que fui conhecer o grupo, pais e chefes escoteiros, alegres, conversando educadamente entre si, sem algazarra, sorrindo para mim e alguns contando o porquê estavam ali. Fiquei sabendo que no mês anterior, durante um Conselho (Congresso) do Grupo, um pai que era médico, perguntou se só os jovens faziam boas ações e porque os pais e os chefes não faziam o mesmo.

Foi uma surpresa geral, pois ninguém esperava que o assunto daqueles fosse ali comentado. Mas a discussão foi frutífera e ali mesmo, com a sugestão do pai/médico, a boa ação fora marcada com dia e hora. Seria ponto de honra para o Grupo a participação de todos. Não haveria uma comunicação previa ao banco de sangue, pois não queriam uma publicidade anterior pelo fato da preocupação de haver muitas faltas e o número presente seria quem sabe irrisório. Mas isto não aconteceu. A participação foi geral. Eu mesmo informei ao diretor, que comunicou a imprensa e o fato foi muito comentado na semana de como os escoteiros adultos fazem suas boas ações junto à comunidade. 
                                           
Áreas de interesse – A escolha de um clã

- O Clã pioneiro estava em reunião e naquela noite conversavam entre si o que poderiam fazer naquele trimestre como forma de áreas de interesse que poderiam redundar não só no conhecimento geral, mas como também uma ajuda a comunidade em forma de boa ação coletiva. Todos opinavam de maneira franca, pois era um clã antigo, com um casal de mestres pioneiros e dois pais que ali iniciavam sua seara naquele ramo.

Eram mais de 14 pioneiros, entre moças e rapazes, a maioria advindo dos seniores e que queriam continuar sua vida escoteira não atuando como escotistas, mas se prontificando a ajudar no que fosse possível. Um assunto posto logo chamou a atenção, não só pela dificuldade em aprender como de que maneira poderiam ajudar. Um pioneiro e uma pioneira, estudantes de medicina, tinham focado o tema da Hanseníase. Eis o que explicaram: - é uma doença humana, transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e a pele.

A doença já foi conhecida de forma errada e com trágicas conseqüências pelo nome da letra. Mudou de nome, pois a lepra significa em grego e na antiguidade, as doenças escamosas, e à medida que suas causas foram descobertas, essas passaram a ter denominação apropriada. O assunto foi muito discutido e comentado. Ao final uma equipe ficou encarregada de ver onde tem uma colônia de hansenianos e de que forma os pioneiros poderiam ajudar.

Mais tarde todos ficaram sabendo que a maioria das colônias foram extintas no mundo e no Brasil. O estigma da palavra leprosário afastava mais e mais o hanseniano da sociedade. Hoje, A colaboração governamental se faz através de hospitais próprios, e ajuda para que a família substitua estas colônias e o tratamento possa ser feito dentro da maior realidade possível.

Dois meses após, os pioneiros começaram o trabalho junto a hansenianos da comunidade, pois receberam treinamento próprio e endereços e assim, nos finais de semana por muitos bairros daquela cidade, viu-se jovens uniformizados, trabalhando e educando uma sociedade local que desconhecia completamente a palavra hanseniana.

A doação inesperada

- Por intermédio de uma amiga, fiquei sabendo que dirigentes da Região Escoteira local, receberam a visita de um Advogado muito conhecido, e que a principio desconheciam o assunto que o mesmo trazia a uma reunião marcada com antecedência. Para surpresa de todos, um conhecido empresário, conhecido pela magnificência e trabalho comunitário, fizera questão de doar uma bela quantia ao movimento escoteiro, pois quando jovem fora escoteiro e trazia dentro de si as raízes de uma época áurea, que o marcou durante toda a vida futura.

 Ele, o empresário achava estranho nunca ter sido procurado, pois o contrário não aconteceu devido ele não ter conhecimento de como estava o movimento e quem o dirigia. Sua colaboração através de doação, também colocaria esta região escoteira no seu testamento com anuência de suas família e quando ele como dizia folgadamente, passasse desta para a melhor. Ele somente exigia que houvesse relatórios mensais, enviado a sua empresa, para que fosse analisado onde estaria sendo empregado sua colaboração financeira.

 Tudo isto aconteceu devido a um numero elevado de profissionais escoteiros, que estavam fazendo um excelente trabalho na comunidade e o havia visitado no mês anterior. Também ele fizera sua parte, comunicado a outros amigos e indicando a cada um como provável doador ao movimento escoteiro. O marketing era uma marca toda especial feita pela região escoteira e os resultados começaram a aparecer.

Dias antes durante a comemoração de uma data especial, tinham eles conseguido que a direção nacional fosse entrevistada em um programa de alcance nacional e o entrevistador que era um antigo escoteiro e grande admirador disse que nada colaborou antes por não ter sido procurado. Agora ali, junto às autoridades escoteiras nacionais ele via que um grande salto foi dado para o crescimento do escotismo em nosso país. Com a conseqüente diminuição da evasão e a aplicação correta do método escoteiro, houve uma melhoria significativa na formação de adultos que conseqüentemente era transmitida aos jovens.

Nota-se que um grande número de profissionais escoteiros trabalhavam a todo vapor, nas diversas regiões escoteiras, distritos e até em grupos escoteiros. A quantidade e qualidade deram um salto enorme para que o escotismo fosse reconhecido. Esta amiga inclusive me contou um fato acontecido em sua empresa, que na busca de um profissional executivo, o diretor deu preferência a um antigo escoteiro que  recebeu em sua juventude os maiores distintivos especiais tais como o Liz de Ouro e Escoteiro da Pátria.

Ele, sabendo que na história de outro pais dava-se grande valor aos ex-escoteiros, tomou conhecimento que em determinada época, para ser aceito como candidato a astronauta da NASA, era preciso ter sido escoteiro e recebido “o eagle scout” o maior distintivo entregue aos jovens americanos.

Sonhar não é bom?

"A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

APRENDER A FAZER FAZENDO



APRENDER A FAZER FAZENDO

Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida.
Sandra Carey

           Uma das máximas do escotismo, tão importante e que BP sempre enfatizou, diz que nós chefes escoteiros, devemos fazer o tudo para que nossos monitores conduzam a própria patrulha. Quando um escotista está sempre olhando se preocupando, não deixando que eles façam sempre para aprender, é um erro e foge completamente do mais puro e mais correto ensinamento que temos.
         Aprender a fazer fazendo. Hoje as escolas, organizações e até universidades usam esse método e estão tirando proveito, mais que nós escotistas cujo fundador foi o idealizador do método. E ainda tem alguns educadores que nos chamam de um movimento atrasado e ineficaz. Afinal existe maneira melhor para aprender? Errar quantas vezes for até fazer o certo?

         Existem diversas maneiras para fazermos isto. Primeiro, dando a eles toda a liberdade para programar o programa, ficando a cargo da chefia somente elementos surpresas e condições físicas e ambientais. Outro dia, comentava com um jovem sênior, sobre o programa da tropa, e ele me dizia que a chefia fazia tudo. Perguntei se ele não opinava e me disse que não, pois assim havia surpresa no programa. Finalizei perguntando se no ano anterior quantos entraram e quantos tinham saído? Sua resposta – Somos somente quatro. Os demais saíram e ninguém entrou. Aí veio a realidade. Ali nunca foi dado aos seniores a liberdade de aprender a fazer fazendo. Tanto fizeram para eles que resolveram sair.

        Uma guia me respondeu que nunca pensaram em fazer nada. O chefe fazia tudo, assim ficava mais fácil. Elas não tinham de se esforçar, havia sempre um ar de mistério e todos gostavam. Perguntei como sempre, - Quantos vocês eram no ano passado? O mesmo número de hoje, somos seis, claro, saíram quatro e entraram quatro. Não perdemos nada!

       Como não existem bons programas que despertem seus interesses e os mantenham na ativa, ficam sempre comentando, programando, e contando os dias de alguma atividade regional ou nacional. Não tiveram outra em suas tropas que marcaram e pedem bis. Ali nessas atividades eles se realizam, não pelo programa em si, mais pela amizade e fraternidade. Ali nada farão a não ser divertir. Tudo já está pronto, até as refeições. A Direção programou tudo. Desde a chegada ao término. Tudo feito de antemão. Eles serão um Bon vivant. Ou seja, “Comemos e bebemos, a Deus agradecemos”.

        Sempre em toda minha vida escoteira, tentei mostrar as vantagens de deixar os jovens fazer. Seja seu crescimento individual, sua evolução técnica, e lembrava que todos, escoteiros e escoteiras tinham e tem em seus bairros ou ruas amigos de infância, que se encontravam sempre, faziam seu próprio programa e ficavam eternamente juntos. Nenhum deles jamais reclamou do programa que planejaram ou fizeram.

       Em artigo aqui comentei e repisei sobre o programa da tropa. A patrulha tem condições para fazê-lo. Muito mesmo. Claro, não todo ele, mas boa parte sim. E alguns até me disseram que o programa seria ruim, e eles poderiam não gostar. Mas você já tentou? Pelo menos tentou? Agora não é somente em uma ou duas reuniões que você vai conseguir motivá-los. Isso é como se fosse uma pescaria. Tem de escolher a isca, a vara e o local onde vai pescar.

       Pela minha experiência em tropas, sempre vi que os jovens que fazem seu próprio programa, ficam mais tempo no escotismo. Facilitam sobremaneira o desenvolvimento de uma atividade, onde a técnica e o conhecimento adquirido é desenvolvido de maneira impar. Se você usa bem a Corte de Honra, se sua tropa faz semanalmente um Conselho de Patrulha e se você tem sua patrulha de monitores bem formada, você sabe como é. Sucesso na certa.  

       É comum encontrarmos escotistas construindo pioneirias e os jovens formados em circulo olhando ou dando ferramenta ou madeirame. Ele esqueceu que já é formado na escola da vida e quem precisa disso são os escoteiros e as escoteiras. Sua época já passou. Ele agora é um chefe, sua função é outra. Não ficar mostrando que sabe fazer ou é um mestre mateiro. Inclusive um me disse que assim é melhor, pois os escoteiros podem ver como fazer e aprender no futuro. Não pegou nada.

      Por experiência própria, as tropas que atuam dentro do método, tem melhor desenvolvimento e se orgulham do que fizeram. Observe a alegria de uma patrulha que fez uma mesa mesmo que torta e quase caindo e outra olhando o chefe fazer. A arte de aprender fazendo também se aplica ao programa da tropa. Muitos chefes alegam que eles não entendem, não sabem como fazer, e acha que tudo vai dar errado com muitos meninos saindo por esse motivo.

     Temos que acreditar. É nossa obrigação. Conheço excelentes tropas, que se formam maravilhosamente, perfilam feito soldadinhos, cantam como passarinhos, jogam de maneira espetacular as atividades próprias, enfim quem não conhece o método escoteiro diria que é uma tropa modelo. Por outro lado já vi tropas usando o método correto, aprendendo a fazer fazendo que se saíram muito bem em tudo àquilo que é exigido deles. Agora com mais sabor, eles fizeram.

      Esqueçam o “Não vai dar – É impossível – Eles não sabe escolher e programar” isso não é verdade. Claro não é de um dia para outro que o chefe terá os resultados esperados. Aprender a pescar demora. Talvez o chefe que ainda não conseguiu não deu a isca certa.

      É preciso lembrar que nosso movimento tem características próprias. Colocar jovens em forma, marchar, perfilar, saudar, gritar e cantar conforme já disse, qualquer um com boa postura e voz de comando consegue. Mas esse não é o chefe que esperamos ter. O chefe que precisamos é aquele calmo, que fala pouco, que confia é um irmão mais velho, um aconselhador, tutor, não o dono de tudo. E ainda tem aqueles que dizem – Esta é minha tropa, esta é minha patrulha, este é meu monitor, esta é minha escoteira. Caramba comprou tudo?  

      Experimente. Dê um prazo para você e para eles. Com o tempo irá se surpreender. Se mostrar aos monitores onde devem chegar, eles chegarão lá sem sombra de duvida. Confiar faz parte do método. Quem ensina e adestra é o monitor. Você sim é o monitor dos seus monitores.

       Se isso acontecer, irá ver maravilhas no crescimento de sua tropa. Tenho certeza que a evasão irá diminuir muito. Os amigos que não participam iram interessar e em pouco tempo as vagas serão preenchidas e a fila de espera irá crescer. Lembre-se, entra ano e sai ano, o melhor programa é feito pelos jovens, em seus bairros, na sua comunidade junto com seus amigos. Se for um programa ruim ou não eles gostam e estão lá sempre participando. Acredito que você não viu nenhum adulto lá com eles fazendo o programa e eles assistindo. Tenho certeza que não.

      Quando a tropa caminha com suas próprias pernas, quem ganha são os jovens e você. Eles porque estão aprendendo o que o escotismo se propôs, você porque vai ter mais tempo para eles e para sua família. Experimente não custa nada tentar. E vai se surpreender com os resultados.

"A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva
“do caminho que percorremos para encontrá-la.”
Anônimo

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PEQUENAS AÇÕES, GRANDES RESULTADOS!



Pequenas Ações, Grandes Resultados

 (desculpem o plágio de grandes empresas pequenos negócios)

Sobre boas ações

Vocês chefes tem lembrando aos jovens sobre boas ações? O que os jovens dizem? Será que isto já é ultrapassado na vida da tropa ou da Alcatéia? Lembro que digo que as boas ações ficam marcadas em nós diariamente. Não estou aqui a comentar a Boa Ação coletiva do grupo na comunidade. Excelente isto, mas não se trata do meu comentário.

Vejamos – Todas as reuniões, durante a inspeção (ela existe – a inspeção - em sua tropa no inicio e no fim de reunião?) é cobrado de cada escoteiro (a) se realizou boas ações na semana e qual a mais marcante. (confiar nele, pois deve ser lembrado que o escoteiro tem uma só palavra e sua honra vale mais que sua própria vida).

No final da inspeção destacar para todos a melhor e que o escolhido seja ovacionado com uma palma escoteira. (Para não tomar muito tempo, o monitor reúne a patrulha antes da reunião e conversa com cada um sobre a boa ação e a patrulha vota a melhor que será apresentada ao chefe durante a inspeção).

Porque isto? Ora, se desejamos formar jovens para uma perfeita integração na sociedade, para que ele seja capaz tanto de participar como colaborar com todos, nada mais natural que desenvolver nele desde o início o hábito da boa ação.

É importante também a boa ação coletiva da patrulha. Esta deve ser estimulada sua realização pelo menos uma vez por mês. No passado isto era feito antes da reunião. A patrulha se reunia em local determinado (tinha sido planejado durante a semana o que fazer, quando e onde) e desenvolvia uma boa ação que era sempre admirada pelos adultos do bairro, e com isto angariando simpatias, fazendo com que ficássemos mais conhecidos e os escoteiros eram sempre comentados como exemplo.

Claro, também não faltava à boa ação da tropa a cada seis meses e a do Grupo Escoteiro anualmente. Vale à pena? Penso que é uma forma de mostrar o Grupo e o Movimento como ele é o que pretende. Isto no passado foi um forma de fazer proselitismo e Marketing e pode também ser no presente. Assunto que abordamos anteriormente.

Lembrem-se que hoje estamos sendo motivo de depreciação por parte de autoridades e da na imprensa, simplesmente porque não estamos presentes. Somos considerados no domínio da Educação, como atrasados e ineficazes. Isto não é verdade, mas como provar ou mostrar o contrário. Só com atividades escoteiras bem planejadas podemos atingir a meta que mudará tudo a nosso respeito.


A moeda da boa ação, (coloca-se no bolso esquerdo, feita a boa ação passa para o direito) o nó no lenço, ou no bolso, (só depois da boa ação desmancha-se o nó) era motivo de orgulho para nós escoteiros. Ajudar a velhinha a atravessar a rua hoje é motivo de piadas, mas de grande valia para nosso crescimento. Isto desapareceu, não vale mais? Acho que não. Não vejo comentários a respeito.

A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO MOVIMENTO ESCOTEIRO



 A Organização Mundial do Movimento Escoteiro

Se vocês quiserem saber como estamos em relação a outros países em termos de números escoteiros (efetivo do Movimento Escoteiro Mundial), vejam abaixo um quadro comparativo, ultima atualização de 2009. Assim podemos ver que o Brasil com quase 200 milhões de habitantes, está bem atrás de muitos outros com menos habitantes. 

Aqui colocamos só os países que ultrapassam o Brasil em números de membros escoteiros. Mais de 40 estão próximo a nós. Não constam.  Difícil explicar países que cresceram assustadoramente nos últimos 30 anos, ultrapassando a casa de um milhão de membros. Vimos que muitos países sul americanos não apareceram na lista. Portanto ela não é completa no seu todo.

Hoje o escotismo se expandiu de tal modo que muitos países têm varias organizações escoteiras e algumas se reconhecem mutuamente fazendo atividades em conjunto e mostrando entre si uma grande fraternidade. Não é nosso caso. A UEB ainda não reconhece outras organizações que praticam o escotismo no Brasil. Mas elas existem e crescem dia a dia. Muitas com filiações a órgãos internacionais, reconhecidos por autoridades mundiais. Em meu blog fiz um artigo intitulado COEXISTENCIA PACÍFICA, comentando a possibilidade de uma aproximação de todos. Acho difícil, mas a esperança persiste.

Abaixo as divisões regionais da Organização Mundial do Movimento Escoteiro (obs. Estes dados são de 2.009/10 e podem estar desatualizados)

-  Região Scout árabe – Região da África Scout – Scout Região Ásia/Pacifico - Região Scout Eurasian – Região Escutista Européia – Região Scout Interamericana

   PAÍS               NÚMERO      ASSOCIAÇÃO                                                  MENINOS
                                                                                                                                MENINAS
896.118
Ambos
73.955
Ambos
88.307
Guias e Escuteiros Movimento da Bélgica (Federação de organizações de vários)
Ambos
64.000
Ambos
146.250
Ambos
71.486
Ambos
74.598
Federação Egípcia de Escuteiros e Guias Girl (Federação de organizações de vários)
Ambos
67.383
Scoutisme Français (Federação de organizações de vários)
Ambos
123.686
Deutscher Ring Pfadfinderverbände (Federação de organizações de vários)
Ambos
99.591
Ambos
2.423.686
Ambos
8.103.835
Ambos
100.689
Ambos
195.370
Ambos
262.146
Ambos
214.363
Ambos
73.494
Ambos
526.403
Apenas os meninos
1.872.525
Ambos
65.088
Ambos
1.360.869
Ambos
92.946
ambos
444.271
Ambos
5.970.203
Ambos

Ainda sonho em ter em nosso país mais de um milhão de escoteiros. Quando? Só Deus sabe. Falta muito ainda. Falta à aproximação entre todos, a troca de idéias, o respeito mútuo, deixarem de lado a arrogância do saber, da importância do cargo, e o principal, uma verdadeira democracia escoteira onde todos, de norte a sul poderiam opinar e sugerir. Quem sabe meus amigos escoteiros mais jovens terão a oportunidade de ver todos de mãos dadas, confraternizando, não importando qual organização e se orgulhar em saber que o país reconhece o Movimento Escoteiro como autêntica forma de educar os jovens em seu caráter, na sua ética e nos seus princípios morais.

Quem viver verá!

Obs. Nossos amigos leitores que souberem de alterações ou mesmo outra fonte, fiquem a vontade para postar aqui. Posso estar cometendo erros e minha pesquisa pode estar também incompleta.