Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Associações Escoteiras no Brasil.



Associações Escoteiras no Brasil.

                  Tinha cinco artigos para serem publicados aqui. Hoje inclusive separei um deles. Mas um jovem amigo me fez uma pergunta e achei por bem responder aqui, pois acho que alguns dos meus amigos da minha página e do grupo gostariam de saber o que penso. Perguntou-me o que eu achava das outras organizações escoteiras existentes no Brasil. Inclusive citou outros países onde isto acontece. Não tenho nenhuma dúvida sobre isto. Sou totalmente a favor. Ninguém é obrigado a ficar onde não se sente bem. Todos tem o mesmo direito perante a lei. Não é assim que dizem? Inclusive o direito a associação. Ninguém é dono de uma ideia. Baden Powell (BP) não disse que A ou B tem prioridade.
                  Se eu não me sinto bem na UEB tenho o direito de ir para onde quiser, pois cada um de nós fizemos uma promessa e ela não vale só para quando pertencemos a uma organização. Claro que existem direitos e deveres para cada uma, tais como, distintivos, literatura entre outros. O nome escotismo não. Ele é mundial. O nome Escoteiro para alguns dicionários não dizem que são jovens dentro da metodologia de BP pertencentes a UEB. Nas ferrovias as locomotivas sem vagões são denominadas escoteiras – Aquela que anda só. Se cada organização tem seu sistema de distintivos e eles tem sua literatura e sei de algumas que tem, não tenho o porquê ser contra. Alias conheço alguns escotistas destas organizações, pessoas de caráter, boa formação e tenho por eles o maior apreço e respeito.
                Sei que muitos que estão nelas saíram da UEB porque tiveram motivos. Eu mesmo no final da década de oitenta, quase saí e deixei tudo para trás. Infelizmente apesar de não ser a maioria, temos muitos dirigentes que se colocam em uma posição ditatorial, não aprenderam a tratar como se deve um irmão Escoteiro e ele por não aceitar as imposições abandonam as fileiras da UEB, mas querem continuar a fazer o escotismo. Lembro que isto passou a acontecer no final da década de oitenta. Estes lideres acham que devemos ser subservientes e os que não concordam com as normas existentes são considerados “traidores” a causa e em alguns casos tomam medidas antipáticas que em vez de ajudar só aumentam o número dos insatisfeitos.
                 Em alguns países europeus existem duas ou mais associações escoteiras e elas convivem entre sí harmoniosamente. Claro que isto hoje não é possível entre nós, pois as paixões se deixaram levar e medidas tomadas não agradaram ambas as partes. Eu adoto como norma o sistema democrático. Acredito nele. Luto por ele. As normas atuais da UEB não me satisfazem. É um sistema viciado onde o privilegio de uns poucos se sobrepõe a maioria. Não posso admitir que menos de 0,5% decidam em nome de todos os membros registrados. Mas isto é outra história é bom saber que do outro lado, algumas destas associações não diferem muito da UEB.
                Sou um Escoteiro. Nasci na UEB. Nela fiz a promessa em 1947. Considero-me como um membro dela apesar de não estar registrado. Já disse aqui que não o fiz, pois centenas de convites já me fizeram. Luto para um escotismo participativo. Nunca em tempo algum vou mudar de lado. E como oposição destas normas sei que se fosse registrado teria sanções aplicadas e quem sabe até julgamentos cujas medidas não iam me agradar. Os que entendem os transmites legais da nossa mãe UEB sabem do que estou falando.
                   Quero que saibam que eu sonho no dia em que isto pode acabar. Sonho em estar vivo ainda para ver todas elas fazendo um escotismo harmonioso e respeitando a individualidade de cada um. Democracia é isto. Países europeus que já estão maduros poderiam ser nosso exemplo. Quem sabe um dia? Meu abraço a todos meus amigos de todas as associações escoteiras no Brasil e em outros países. Sempre Alerta!  

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