Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Programando o programa



Programando o programa

       Todo mundo conhece, todos os escotistas fazem. Afinal nada se produz sem ele. Alguns simples, outros complexos, mas todos com o mesmo objetivo. Conheci em muitas atividades escoteiras, muitos programas bons, outros nem tanto. Junto a tantos outros amigos escotistas, fizemos programas de sessões, de Diretoria, de Conselho de Chefes, de Atividades Especiais, de Grandes Jogos, de Região Escoteira, De Ajuris, de Elos, de Adestramento, de cursos de formação, de Atividades Nacionais e até algumas internacionais.
      Mas o que significa a palavra programa? Vejamos:
- Já me disseram que é uma exposição resumida que um individuo ou sessão faz dos seus principios ou do caminho que se propõe a seguir;
- Ou um conjunto de instruções, de dados ou de expressões registradas. Ou enumeração dos propósitos de uma sessão;
- E finalmente, uma sequência de matérias que se hão-de ensinar em uma atividade?
      Não vamos complicar. Todos sabem o que é. Mas uma coisa eu garanto, os programas devem se entrelaçar. Como? Pensando em termos que todos os orgãos do grupo os têm (um programa). Para isso todo final do ano em reunião propria para este tema, se reunirão a Diretoria, o Conselho de Chefes, o Conselho de Pais (se o grupo possuir) onde todos opinaram e claro, lavrado em ata. Ops! Estou falando do programa geral. Não do programa de sessão.
     Claro que de posse do programa do grupo fica mais fácil a alcatéia, as tropas ou o clã fazer o seu sem se preocupar com alterações. Alguns até gostam de ter os programas de sessões primeiro antes do geral. Não discuto. Dificil imaginar um bom programa onde ele sofre constantemente modificações, adpatações e é fustigado por terceiros para sempre colocarem alí, mais um ou outro parágrafo que antes não estava programado. Como? Do tipo, olhem apareceu uma linda atividade do distrito, da região e porque não de outro grupo irmão escoteiro. Não podemos faltar. Ou quem sabe, recebemos um convite da autoridade tal e temos que ir. E assim o programa inicial vai ficando todo desfigurado.
     O Diretor Técnico deve ser o primeiro a exigir que tais modificações não aconteçam. E se assim for necessário, que se ouçam os interessados. Desde os graduados nas sessões até os jovens se não existir outra saída. E claro que se deve respeitar suas opiniões. Um grupo autocrático, não é um bom lugar para viver. (Autocracia é um conceito político). O termo vem do grego autos (self) e khratos (governo). Designa o sistema de governo cuja autoridade repousa sobre uma única pessoa, sem limite: o autocrata (que governa em si).
     O POR nos abre uma porta nas atividades democráticas em um Grupo Escoteiro. No entanto já ví e ainda vejo alguns escotistas que não sabem diferir uma democracia de uma tirania, despotismo, ditadura, autoritarismo ou totalitarismo. A falta de conhecimento das normas e estatutos por grande parte dos adultos do movimento escoteiro faz com que muitos saem do escotismo. Tudo devido à arrogância de um lider despreparado e outros saindo “atirando” e prometendo continuidade em outra parte, mas cujos resultados ainda não conhecemos.
     Mas vamos ao cerne da questão. Em outros artigos comentei sobre o programa diretamente ligado aos jovens. Claro, pensando em tropas. Nas alcatéias seria até bom ouvir o Conselho de Primos (muitos não o fazem) e isso daria a eles (os primos) os primeiros passos de aprender a viver democraticamente. Quanto às tropas, opiniões de escotistas pululam aqui e alí. Alguns dizem que o programa é surpresa (?) e os jovens gostam mais. Outros se debruçam dias matutando, lendo e pesquizando para montar um ou no máximo quatro programas, que na falta de um melhor enfurnam em suas atividades semanais.
                De novo? Jovem programando? Eles os jovens não estão preparados. Alguns assim dizem que se eles o fizerem, não haverá nada prático. Muitos até irão sair, pois vão ver tudo diferente. Pode até ser. Mas foi tentado? Foi dado a eles ideias sugestões, instruções e aberto um leque de oportunidades? Claro, não estou aqui a dizer que o que escreverem será feito. Tampouco será deixado de lado. Para isto tudo deve ser discutido minuciosamente no Conselho de Patrulhas, no Conselho de Monitores e só após junto a Corte de Honra será ouvida e então determinando qual o programa será utilizado.
      Nenhum programa ficará sem o “tempero” do chefe e dos assistentes. O que seria o “tempero”? – Jogos, canções, Conversa ao Pé do Fogo, e claro as sujestões que não estarão ao alcance deles. Tais como, atividades distritais, regionais e nacionais. Mas é importante que estas não ocupem nada mais que 15% do programa anual. Se claro, aparecer alguma no ano, devem meditar muito antes de mudar. Nunca sem consultar os órgãos competentes de sua tropa.
     Tentem pelo menos algumas vezes em dar oportunidade aos jovens na sua sessão para fazer, montar e quem sabe até dirigir um programa em sua tropa. No entanto não se pode esquecer que isto nunca dará certo se o Sistema de Patrulhas não for à chave mestra em tudo que lá se faz. Deixe que façam hoje, o de amanhã e se ver que a presença está melhorando, os horários são curtos, pois pedem mais tempo (estão gostando e acham o tempo pouco), então estarão no caminho certo.
         Como diz BP e coloco aqui suas palavras, se ainda não “pegaram” o que é o sistema de patrulhas, se ainda não sabem trabalhar com seus monitores então tem alguma coisa errada na sua tropa. Tentar é mostrar também o caminho. Se quiserem começar com bons programas feitos pelos rapazes e moças dêem um crédito. Se estiverem fazendo ha anos e agora querem resultados em meses, não vai funcionar.
        Um bom programa fará com que isto aconteça. Sempre me bati na tecla que não temos tanto tempo assim. Temos os nossos afazeres, nossas atividades profissionais e nossa familia. Alguns me dizem que não se preocupam com isso, toda a familia está participando. Ótimo. Mas seria isso que é se pretende de uma familia? Não existem familiares, amigos, atividades sociais enfim uma gama enorme que não são do movimento Escoteiro e não teriamos que participar em sociedade?
        Não adianta voce pensar ou se reunir com outros escotistas e analisarem tudo que fizeram. Os resultados só serão honestos se analisados com imparcialidade. E sem os jovens isto não existe. Devemos conhecer os resultados e não sufocá-los com crendices, simplesmente porque pensamos assim. Desta maneira nunca iremos ver se o caminho percorrido foi um sucesso.
       O melhor caminho é aquele em que os rapazes e moças estarão reunidos por um bom tempo, onde sempre estaram a espera da próxima reunião, o próximo acampamento ou a próxima atividade com ansiesidade. E voce junto aos seus assistentes, poder vê-los fazer uma rota senior ou uma ponte pioneira. Assim serão recompensados por tudo que fizeram certo.
     Um Grupo Escoteiro é uma familia. Unida. Fraterna. Onde o respeito mostra o gráu de crescimento de cada um. Voce faz parte da familia. Veja onde é seu lugar e trabalhe para que todos sintam felizes no desenvolvimento de suas tarefas. Não existe tarefa fácil. Formar caráter não é fácil. Mas o Movimento Escoteiro através do seu método simples facilita sobremaneira a atingir esse objetivo. E é um orgulho quando podemos ver homens e mulheres que um dia conheceram a maravilhosa Lei Escoteira. E sabemos que atingimos nosso objetivo. Honra e caráter e porque não dizer – Ética e altruismo?

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