Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

domingo, 4 de novembro de 2012

O fascinante Escoteiro mágico da Tropa 222.



Lendas Escoteiras.
O fascinante Escoteiro mágico da Tropa 222.

Mágico
Gostava de ser um mago, ter a dor e a sabedoria
de fazer magias de um trago e eu próprio ser a magia...
Queria ser um feiticeiro, para aprender todos os feitiços
e estar o dia inteiro a inventar sumiços!
Acho que me estaria a perder, nunca me daria a esse luxo
de transformar ferro em ouro a valer... Um sonho estaria a viver,

Se por magia fosse um bruxo; inventar uma poção e desaparecer!
Rogério Bessa.

                Ele chegou à sede do Grupo Escoteiro como se não fosse ninguém. Calado, simplório, olhando em frente e nunca para os lados. Devia ter uns doze anos não mais. Estava uniformizado. Não tinha chapéu como os nossos e sim um boné parecendo um “casquete”. Magro, cabelos louros bem altos chegou perto do Chefe Ramiro e gritou alto em posição de sentido – Be Prepared! Danou-se! Ninguém na tropa sabia inglês. Todos atônitos olhando para ele. As patrulhas se desmancharam e uma rodinha se fez. Ele levantou os braços e tirou do nada um livro Escoteiro. Presenteou ao Chefe Ramiro. Falar o que? Ele sorriu e nada disse também. Olhou-me nos meus olhos, levou a mão próxima ao meu rosto e tirou em cima do meu chapéu de três bicos uma caixa de bombons. Presenteou a Patrulha. Mais um sinal com a mão direita e ele se elevou no ar uns quarenta centímetros do chão. – Cacilda! Um bruxo? Escoteiro bruxo?

             Marly era lobinha da Alcatéia Raksha. Foi chamada pelo Escoteiro Marlon. Ele sabia que ela morou dois anos em Jamestown no estado da Virginia. Portanto poderia entender o Escoteiro Americano como o chamaram. Mas ele não deu um pio. Calado chegou calado ficou. Marly ficou ali como a olhar o nada. E agora José? Eu não estava gostando nada daquilo. Afinal a cidade era pequena. Sabíamos de quem chegava e de quem saía. Ele abaixou a cabeça enfiou a mão no bolso, fez um gesto imaginário e apareceu uma linda cadeira toda trançada de couro verde. Uma verdadeira obra de arte. Sentou-se. Olhou para o céu e um copo de limonada apareceu em sua mão. Meu Deus! O que era aquilo? O Chefe Ramiro não sabia o que fazer. A reunião praticamente acabou. Uma roda se formava em volta do escoteiro Americano. Ele ficou em pé na cadeira, fez mais um gesto e uma barraca apareceu em sua frente. Aos poucos ela foi armada como se fosse uma câmara de ar inflável. Agora não era apenas uma, mas quatro!

                Ninguém falava. O Escoteiro Americano tampouco. Levantou-se da cadeira, em frente a ela as quatro barracas. Outro gesto e uma mesa apareceu com um lindo abajur verde e amarelo cheio de flores. Que perfume exalavam. Peguei na mão da Marly. Marly! Diga que você fala inglês! Grite no ouvido dele se necessário. Isto está ficando assustador! Marly me olhava assustada. Gritar para quem? – Para o Escoteiro Americano! Este aí a sua frente. Marly assustou. Largou minha mão e saiu correndo. Olhei para o Chefe Ramiro. Ele não dizia nada, enfim ninguém da tropa dizia nada. Estavam todos calados e embasbacados. O Escoteiro Americano foi até o Chefe. Fez um pequeno sinal e colocou na mão dele uma bandeira brasileira e uma americana. Riscou no ar as seguintes palavras: Amizade sem fronteiras. Saiu do circulo em direção ao portão da sede. Fomos correndo até lá. Nada. Tudo que ele fez sumiu!

               Perguntamos a todos se era verdade. Se ele estivera ali. Todos responderam que sim. O Chefe Ramiro estava sem palavras. Ficou mudo o tempo todo. Nas mãos que recebera as bandeiras, nada. Estavam vazias. Sentamos no pátio, um silencio profundo. A Akelá assustou. O que foi perguntou! – Não viu? Um Escoteiro Americano mágico e misterioso? – Não vi nada. – Não é possível. Perguntei aos lobinhos, ninguém tinha visto nada. Pedi ao Chefe que nos desse uma hora. Uma hora para acharmos o escoteiro Americano na cidade. – Que nada! Nem sinal. As cinco e meia encerramento. Todos lá no cerimonial. Luizinho um lobinho de seis anos e meio traz nos braços duas bandeiras. Uma nacional e uma americana. Que deu a você? Perguntou o Chefe Ramiro. - Ninguém. Apareceu em meus braços e uma voz pediu para entregar ao Senhor!

E quem quiser acreditar que acredite. Eu não duvido. Eu estava lá! Risos.   

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