Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Nem Sigmund Freud explica.



Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Nem Sigmund Freud explica.
                       Está tudo complicado. Charles Mingus comentou que tornar o simples em complicado é fácil, tornar o complicado em simples é criatividade. Verdade? Freud se fosse me analisar diria ao final da seção: Seu caso transcende o inconsciente e seu mecanismo de repressão só pode ser curado através da psicopatologia. Risos. O pior que nem eu entendo o que é isto. Ontem e hoje de madrugada eu estava me analisando. Diabos! Não cheguei a uma conclusão concreta. Minha vida pessoal só me deu alegrias, mas tive momentos péssimos. A de Escoteiro não reclamo das atividades que fiz e sim dos homens que nos dirigem. Errado? Claro que sim. Não vejo as coisas boas e devem ter muitas. Vejamos algumas dentre as centenas que poderia escrever:

- Todos sabem que escrevo muito, as histórias vem com facilidade, mas os artigos? Estes tenho que ficar pensando, pensando e pensado e quando termino não gosto do que leio. Por causa deles muitos me viraram as costas. Paciência. Não dá para servir a Deus e ao “Diabo” ao mesmo tempo. Aqui mesmo no face muitos se afastaram. Principalmente os Insígnias. Sobraram poucos. No nosso movimento temos uma disciplina tão grande que basta um dirigente comentar sobre isto ou aquilo que se for contra eles fogem como o Diabo na cruz. (estou falando muito no Diabo hoje, desculpem). Claro muito do que escrevo não passa na mente de alguns que eu poderia estar certo. Nunca. Que disciplina eim? E então quando estamos procurando subir os degraus da fama, fazendo tudo que o Chefe mandar, aí que o “bicho pega”. A posição de dirigente, de IM, de Formador de Diretor de... Agradam. Os faz sentir superiores e olhe, a maioria jura que não. Jura que ainda é o mesmo, jura que é amigo e seu sorriso não nega. Risos. Que sorriso!

- Nunca fui bem quisto pelos dirigentes. Fui um deles por um golpe do destino. Viva Darcy Malta. Este sim. Um verdadeiro dirigente. Outra história para o futuro. Também não sou um sortudo Escoteiro. Não sou. Lembro-me dos meus cursos, muitos adoraram, mas teve alguns que santa paciência! Estava eu em um Estado Brasileiro na casa de um amigo, esperando o inicio de um curso que ia dar. Na última hora surgiu um imprevisto e ele não podia me levar ao local do curso. Disse que chamaria um taxi. Perguntei se podia usar a moto – Claro! Disse. Choveu muito na madrugada. Na estradinha que levava ao campo muita lama. Cai. A moto caiu sobre minha perna. Não consegui tirar. Só quando veio um cursante e me ajudou. Meu uniforme de campo ficou em pandarecos. Ainda bem que tinha um social. Começou o curso. A turma das compras não havia chegado. Eram dois pioneiros e dois seniores. Eles mesmos eram encarregados de tudo. Como era um curso de Lobos eles eram os cozinheiros. Onze, doze, uma e nada. A turma varada de fome. Almoço? Quatro da tarde. Sempre tirei a foto oficial no primeiro dia. Uniforme ainda mais apresentável. Todos formados, mão esquerda estendida sobre o braço direito. Onde estava o tronco? Custaram a achar um. E o machado? Cego! Completamente cego. Não entrava na acha. Quando conseguimos abelhas africanas apareceram e foi um verdadeiro pandemônio. Um Deus nos acuda!

- Uma vez convidei uma turma de notáveis chefes escoteiros de outro estado. Vamos sugerir a UEB mudanças na estrutura dela. Do RI, dos Estatutos. Nada de mudar o método e o programa. O programa discutiremos depois. Sempre me bati pela democracia. Muitos vieram. Em uma reunião mais de quarenta. Depois foi diminuindo, diminuindo até que só ficamos em seis. “Caramba”, o que ouve? Um membro da Equipe de Formação me disse que estavam sendo pressionados pelos dirigentes. Disseram a ele que eu era “persona non grata”. Fiquei como sempre fico pensativo e querendo dar o troco. Vamos fazer uma chapa e concorrer. Perdemos. Recebi uma cartinha pedindo de volta meu lenço de IM, o anel de Giwell, o certificado e o colar. Por quê? Perguntei. Foi exonerado da Equipe. Devolver eu? Faz parte das normas da UEB. Não era meu? E o duro que dei nos cursos, e a mão de obra dos cadernos? Não valeram, pertence a UEB. E agora? Venham buscar em minha casa, mas venham armados. Estou doido para dar uns sopapos em uns dirigentes. Risos. Brincadeira. Sou de paz. Só soquei uns cinco por que me encheram o “saco”.  Nunca falaram mais nada.

                   Porque tudo isto? Fiz um artigo polêmico sobre os processos que a UEB está abrindo com as outras associações escoteiras. Motivo? A UEB alega milhares. Acha que tem seus direitos. Eu não acho. Os outros? Estão se defendendo e ganhando todas. Onde está a razão? Na casa onde falta pão todo mundo grita e ninguém tem razão. Na minha mente não existem santos de ambos os lados, mas e a meninada? Merece ser crucificada? – Ainda não publiquei o artigo. Comparei estes atos com a Inquisição da Idade Media. Mandei para vinte amigos.  Muitos não gostaram. Os do outro lado bateram palmas os do lado da UEB foram mais comedidos, mas foram contra meus dizeres. Ainda estou pensando se publico ou não. Vai dar o que falar. Na minha varanda Freudiana, nada na mente. Mas que Diabos! (de novo?) não brigo pela democracia? Não brigo pelos direitos e deveres? Um tentou me ensinar os direitos de um lado. Os conheço de cor. Escrevi lá que para os amigos tudo, para os inimigos a lei. Estamos virando uma oligarquia e muitos ainda batem continência. Fazer o que?

                    Interessante que acho estar malhando em ferro frio. Poucos pensam como eu. Por acaso já viram alguém do CAN, da DEN, da Equipe de Formação postar artigos aqui ou em outros sites similares? Alguém deles criaram um grupo para ajudar os escotistas nas suas labutas que enfrentam em suas sessões? Ou pelo menos alguns deles discordaram do que escrevi aqui? Não. Eles acham que os cursos são para isto. E ainda tem o Assessor Pessoal. Somente aqueles que por um motivo ou outro e que eu chamo de “Politicamente Corretos” se manifestam. Quer beber agua? Procure-os. Quer saber o que decidiram? Procure-os. Não pense que um deles um dia vai procurá-lo em seu grupo, ou vai fazer uma visita em sua casa. Isto nunca vai acontecer a não ser que sejam vizinhos ou ele ainda aparece no grupo de origem.    

                   Sempre lutei do lado errado. Devia ter continuado a bajular os dirigentes. A defendê-los com unhas e dentes. Se o fizesse teria hoje todas as medalhas do mundo. Quem sabe seria ainda um figurão com quatro tacos? Quem sabe seria consultado em tudo que fazem, pois não costumam consultar ninguém? Bah! E caramba, que disciplina. Todos fazem continência. Um respeito tal que se houvesse salário para estes dirigentes seria o fim do mundo. Acho que muitos ao se dirigirem a eles deveriam ajoelhar e dizer: - Louvado seja nossos dirigentes! Mas amigos (se é que tenho mesmo muitos) tem gente boa lá. Nos estados também. Pena que formaram uma pequena “casta”, uma panela que para entrar tem que ter muita vontade ou “saco”. Desculpem-me meu palavreado hoje. Prometo não repetir. Não é para qualquer um. Alguns estados só entram ou são eleitos quem os donos do poder decide. E ainda dizem que podemos tudo. Existe abertura nos Estatutos e no RI. Dá vontade de rir. E devia, pois não dizem que rir é o melhor remédio? E ainda dizem que o riso não é uma homenagem que os idiotas prestam ao gênio? Essa não! (brincadeira!) 

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