Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 28 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES - PEQUENOS CONTOS PERDIDOS POR AI. (3)



Recordações – pequenos contos perdidos por aí.

Ensinamentos de um Velho Escoteiro

Todas as sextas feiras, a chefia, os pais mais participantes do nosso Grupo Escoteiro, reuniam-se em uma pizzaria, e ali fazíamos uma grande confraternização. Houve sextas que passamos de 50 participantes. A media, no entanto era de 25/35 “chopeiros”. Despesas divididas entre todos.
Trocávamos idéias, falávamos de escotismo, das dificuldades, das alegrias, dos acampamentos, dos cursos enfim assuntos mil. Isto ajudava a todos os membros adultos do grupo a se conhecerem melhor. Uma grande motivação. O proprietário ficou nosso amigo. Muitas vezes sentava a mesa e ria conosco das aventuras contadas.
A noite transcorria calma  e gostosa, quando alguém gritou alto próximo a porta:
- É um assalto! - Todos para o chão! Quem se mexer  leva bala! - Tremi na base - Alguém pisou em minhas costas - Levanta a cabeça e leva um balaço seu m.! Só os ladrões gritavam. Ninguém falava nada. Falar o que?

- Uma sirene baixa e aumentando o volume progressivamente foi ouvido pôr todos, um princípio de silencio e logo o pânico entre os ladrões. Um deles gritou alto! - Corram, é a policia! - Cada um pra si e Deus pra todos.
Em segundos desapareceram. Graças a Deus não levaram nada e ninguém foi ferido.
Estávamos acalmando aos poucos. Meu coração ainda estava disparado. Todos se levantando e olhando um para o outro. Ufa! Escapamos desta. Mais uma rodada de chope foi pedida e as pizzas renovadas. Poucos falavam agora.
- Afinal e o carro da policia que não chega?
A sirene começou baixa de novo. Um assistente da Tropa Sênior era o responsável pôr ela.
Poxa Zuzinha! - Foi você? - Não era a policia? - Se os ladrões descobrem você estava frito - onde aprendeu?
- Foi com um velho chefe em um curso da Insígnia da Madeira. Ele me disse que se imitasse bem poderia utilizar algum dia - completou. É, acho que valeu!
 Risos, amigos para sempre! Zuzinha meu querido chefe, que saudades de você...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

UM COMENTÁRIO SEM NEXO, SERÁ QUE PRECISARIA TER?



Um comentário sem nexo. Será que precisaria ter?

Não seria este o artigo para hoje, mas aconteceram tantas coisas.

Um dia cheguei ao Facebook. Vi vários grupos interessantes. Porque não fazer um? Escrever? Afinal não é o que gosto? Não me orgulho de ser um contador de histórias? Sei que não iria mudar o mundo, mas porque não ajudar? Assim o fiz. Escrevo. Muitos escrevem. Cada um posta o que acha válido. Está certo. Se não fosse um grupo aberto ter um para que? Tenho um defeito. Gosto de comentar postagens alheia. Sem ofender é claro. Muitos não gostam. Acham que estou entrando na seara alheia. Preciso parar com isso.

Alguns meses atrás eu entrava algumas horas no MSN. Agora dificilmente entro. Ficava conversando com amigos. Sim, acredito que eram amigos. Jovens mas amigos. Quase não vou lá mais. – Oi? Fala? Você é chefe? Risos. – E aí? Beleza? Teu grupo é onde? - Se você é chefe conta fala de ti? Oi chefia, na boa? – Você tá onde? Oi chefão! Tu és de onde? E aí malandro qual é a tua de chefia? Risos. Era assim. Meninos. Falando com um adulto. Mas vocês podem dizer – Não está errado. Hoje é assim a conversa dos jovens.

É mesmo? Interessante. Meus filhos ainda dizem senhor. Meus netos também. Falam com outros adultos com respeito. Outra escola? Mas o escotismo não é uma escola de cidadania? Disciplina? Afinal não aprendemos que o movimento pode ajudar em muitas situações e mostrar que o respeito aos mais velhos é importante? O que pensam os chefes desses rapazes? Das moças nem tanto. Tem outro tipo de linguajar. São mais educadas. Desculpe, não quero que pensem que chamo os rapazes de mal educados.

Aqui no face, vejo de vez em quando alguns jovens discordando do que digo. Está correto. Afinal não foi BP quem disse que não devemos seguir somente a ponta do nariz? E que não devemos ser um gansinho daquele que segue atrás? Mas não teria outra forma de falar? Não levo nada como ofensa. Nunca. Aceito sem reclamar. Até peço desculpas. Muitas vezes a discussão não leva a nada. Melhor calar. Ainda não posso dizer que sou um perfeito cristão. Amar a todo mundo é difícil. Mas um dia chego lá.

Vejo o escotismo de outra forma. Até hoje com 63 anos fazendo escotismo e 71 anos de idade, ainda tento ser amigo de todos. Ainda aceito que cada um tenha sua maneira de pensar. É democrático. Mas será que estamos caminhando na trilha do sucesso? Temos uma lei? Um dia escrevi um artigo. A Lei escoteira. Lei? Ora a lei.  Mas afinal não é nossa intenção dar aos jovens cidadania, respeito, ética, honra, e tantos outros atributos que não preciso enumerar aqui?

Acredito que estes jovens são minoria. Uma minoria da minoria. Têm muitos outros que estão aprendendo o verdadeiro “Espírito Escoteiro”. (será que esse espírito é compreendido de outra forma?) Bem eu acredito que o Espírito Escoteiro está unido com a Lei e a Promessa. Se for de outra forma, paciência.

Quem sabe no futuro estes jovens serão os “eleitos” para fazer do nosso movimento uma organização grande, perfeita, com a participação de boa parte da juventude brasileira, mudando a desonestidade e forjando caracteres de cidadãos honestos? Atributos que quase não vemos em alguns políticos e cidadãos que se dizem do “bem” hoje?

Fico orgulhoso quando vejo uma foto de um jovem ou de uma jovem bem uniformizado, mostrando que se orgulham do movimento a que pertencem. E aqui ou no Orkut, ou onde estejam navegando, falando coisas lindas, de suas patrulhas, da sua tropa, dos seus acampamentos, mostrando que respeitam e amam o movimento que um dia resolveram abraçar.

Minhas desculpas. Desculpas mesmo. Não existe aqui nenhuma ofensa a quem quer que seja. Se esse é o novo mundo, não podemos mudar. Tenho de aceitar. Mas sinceramente? É um mundo estranho para um “Velho" Escoteiro. Ainda bem que estou só fazendo horas extras aqui na terra e em breve irei para outras plagas do universo! Risos. Só não quero ir para o tal “Grande Acampamento” A velharia escoteira que está lá, eu chegando e dando sempre alerta? Iriam correr todos para... Melhor ficar por aqui. Se não muitos vão se ofender e não é isso que desejo. Risos. 

Sempre Alerta!        

CITAÇÕES FAMOSAS POR ROBERT BADEN POWELL (BP)



Citações famosas por Robert Baden Powell (BP)

"Retirando a sílaba IM da palavra impossível, qualquer pessoa terá a certeza de chegar à frente."

"O acampamento é de longe a melhor escola para dar às crianças as qualidades de caráter."

"O homem não é apenas um plano, e a vida uma espécie de barco que todo mundo tem que levar a bom termo."

"Montanhismo desenvolve a solidariedade e espírito de equipa, permitindo que um encontrar a si mesmo."

"A criança não aprende o que os mais velhos dizem, mas o que eles fazem."

"Ninguém nunca falha tentando cumprir o dever, e sim quando negligenciado."

"A melhor maneira de superar as dificuldades é atacar com um grande sorriso."

"A felicidade é baseada em dois pilares: levar a vida como um jogo e um generoso amor para os outros."

"Religião é uma coisa muito simples: primeiro, para amar e servir a Deus, segundo a amar e servir aos outros."

"O caminho para alcançar a felicidade é fazer os outros felizes."

"Os homens tornam-se senhores pelo contato com a natureza."

"Enquanto vocês viverem neste mundo, tentem fazer algo de bom que podem permanecer após sua morte."

"Não se contentar com o que, mas consegue descobrir o porquê e como."

"Nosso método de treinamento é o de educar a partir de dentro, ao invés de instruir a partir do exterior, oferecendo jogos e atividades também atraentes para o rapaz. Educar a moral, mental e físico."

"Planeje seu trabalho e depois trabalha em seu plano."

"Se a vida fosse sempre fácil, seria insípida."

"Se você tem o hábito de levar as coisas com alegria, raramente se encontrará em circunstâncias difíceis."

“Preocupa-me é a tela atrás da qual os covardes se escondem atrás de sua falta de cavalheirismo."

"Nunca um homem que não cometeu erros fez nada."

"Uma dificuldade deixa de ser, logo que você sorri para ela e enfrentá-la."

"Um sorriso é a chave secreta que abre muitos corações."
"Um par de olhos bem treinados são tão bons quanto uma dúzia de olhos não treinados."

"Um escoteiro deve fazer uma boa ação para os outros sempre, e nunca aceitar uma recompensa."

"Olhe para o lado positivo das coisas e não é mau."

"O escoteiro sempre deixa o mundo melhor do que você encontrou"

"As ligas e os tratados entre os políticos estão bem. Mas eles não podem produzir a paz, a menos que sejam as pessoas que o querem. Tentamos incutir na próxima geração o espírito de camaradagem, amizade e amizade, que é a fase de verdade para a paz mundial”

Da vida precisamos aprender e não temer a morte.

É importante ser bom, mas mais importante é fazer o bem.
Nenhum homem pode ser chamado de educado, se você tiver uma boa vontade, um desejo e uma capacidade treinada para fazer a sua parte no mundo do trabalho.


Se você não vive para servir não serve para viver.

"O Escoteiro sorri e canta para as dificuldades"

"Creio que Deus nos colocou neste mundo para sermos felizes e aproveitar a vida. Mas a melhor maneira de fazer isso é fazendo os outros felizes."

"O teste da educação bem-sucedida não é um rapaz ser reconhecido com os exames de escola, mas o que ele está fazendo 10 anos depois"

Lord Baden Powell

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES - O ESFORÇO PARA FAZER A PROMESSA



Recordações – pequenos contos perdidos por aí.

O esforço para fazer a promessa

- Eu me lembro até hoje de como foi difícil para “tirar“ as provas de Noviço. Não é esta “moleza“ que temos hoje. (risos) (só por dizer, sei que ainda é muito difícil). Todo o dia olhava meu uniforme com carinho. Sabia que só poderia usá-lo desse dia em diante. Estava perfeito no guarda roupa. Engomado. O cinto já havia recebido várias “graxas” para  “amaciar” o couro e fazê-lo durar mais. O metal brilhava, pois eu não economizava na pasta de dente (usada naquela época para manter o metal e seu brilho). 

  Aguardava com ansiedade o dia da minha Promessa. Sonhava. No colégio muitas vezes minha mente estava voltada para o dia que estaria fazendo meu juramento. Já sabia ele de cor e salteado e tinha até treinado em frente ao espelho. Treinei a “pose” que iria fazer. O sorriso que iria dar.  Só quem passou pôr isso sabe o valor da Promessa.

- Entendia perfeitamente o seu significado -  Era sempre assunto no “Conselho de Patrulha”. A Corte de Honra tinha aprovado e o próprio chefe conversou diversas vezes comigo a respeito. Dizia a mim mesmo que iria cumprir a lei e a promessa para sempre. Lembro até que um dia disse para mim -
Escoteiro, hoje você vai cumprir os 10 artigos da lei! Caramba! Como foi difícil. Meu lenço toda hora ficava com o nó na ponta. Só desfazia quando a boa ação era feita. E minha moeda da Boa Ação? De bolso em bolso. Nunca a perdi. Nunca.

Quando chegou o dia foi o mais feliz em minha vida. Aquele uniforme tinha um valor tremendo. Lutei pôr isto. Mereci usá-lo. O chefe me olhando e dizendo – Ei você escoteiro! Conhece os artigos da lei? Sim chefe, e falava um por um. Acha que está preparado para fazer esse juramento? Sim chefe. Estou. Então faça a meia saudação e diga a Promessa! Prometo, pela minha honra, cumprir meu dever para com Deus e minha Pátria. Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e obedecer à lei do Escoteiro! Naquela época não se dizia ainda fazer o melhor possível.

 Todos vieram me abraçar. Meu monitor disse-me que estava orgulhoso de mim.  Eu sorria, mas queria chorar de alegria. Quando fui para casa, demorei o triplo do tempo que percorria o trecho até minha casa. Por quê? Para dar uma volta em vários quarteirões. Para que todos me vissem de uniforme. Risos. Que orgulho amigo, que orgulho!

Sabia que daí para frente não haveria desafios para mim. Que eles viessem, que a segunda e a primeira classe me esperassem. Como era bom ser escoteiro. Como era bom viver aquele momento. Obrigado meu Deus!

Nunca mais esqueci aquele dia.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES - PEQUENOS CONTOS PERDIDOS POR AI.




Recordações – pequenos contos perdidos por aí.

Histórias de Fogo de Conselho – A Morada do Fantasma!

Foi escolhido um local, próximo a uma pequena mata, onde existia uma casa abandonada e todos concordaram. Ficava a uns 400 metros do acampamento. A Patrulha de serviço não perdeu tempo. Logo que chegaram à patrulha já tinha preparado o fogo dentro dos padrões técnicos para evitar incêndios e tinha que ser acesa no máximo com dois palitos de fósforos. Se não conseguissem, outra patrulha assumiria o que dificilmente acontecia.

 Não havia um “Animador de Fogo de Conselho”. Este iria surgir naturalmente no desenrolar da noite. Qualquer programa escrito estava fora de cogitação. Não iriam se prender a um roteiro, pois ali, naquela noite e em todas às outras a participação era completa. Sabiam o que queriam e iriam fazer conforme a Tradição de Tropa.

Se havia uma coisa que detestavam, era o tal Lampião do Conselho. Dava até vontade de rir do tal Lampião. Diziam que um bom mateiro ascende o fogo em qualquer tempo e em qualquer lugar mesmo amarrado de cabeça para baixo em uma árvore. Risos. Eu acreditava, pois o adestramento da tropa sempre foi um dos melhores.  Enquanto isto os demais não se afastavam muito, pois na escuridão da noite o lugar dava calafrios. (não havia luar)

Todos foram chamados e se assentaram a bel prazer, enquanto um Escoteiro acendia o fogo. Nesta hora, todos ficaram em pé. A tradição de anos e anos dizia que era uma hora sagrada. A Invocação dos Espíritos dos Ventos. Ao chamarem a si os ventos do norte, do sul, do leste e oeste. Um breve silencio e logo cantaram a Canção do Fogo de Conselho. Cantavam com gosto.

Às chamas já se esticavam aos céus quando terminaram. Ouviu-se alguém bater palmas. Não eram eles. Se havia alguém escondido para amedrontar não seria com aquela Tropa. Um dos chefes deu uma busca em volta da casa e dentro dela. Nada.

Continuaram. Logo uma Patrulha imitava outra quando da enchente (no primeiro dia uma forte chuva encheu as barracas de lama). Surgiram palmas escoteiras inventadas na hora. Uma parada para conversa, um chocolate quente, uma mordida num biscoito. Conversas paralelas. Alguém alimenta o fogo, um dedilha um violão e outro começa a cantar. Alguns acompanham dois se encaminham para o centro da arena e começam a representar um Chefe e um Monitor. Risadas, palmas.

Todos pedem um jogo, um Monitor se oferece para fazer um novo, aprendido em outra atividade. Um grito. Não muito alto. A tropa se cala. É brincadeira de alguém. Eles aceitam a participação do “Fantasma”. Vai quebrar a cara pensam. Não foi a primeira vez. Houve outras em outros acampamentos. Agora não seriam surpreendidos.

Continuaram-se às canções, o violão tocava a plena. Improvisações. Batem papos, jogos e até uma pequena parada para retirar as batatas doces do fogo. Não faltou o Contador de Historias, e nessa o monitor mais antigo  se destacava.  Era assim o fogo da Tropa.

Às brasas começaram a aparecer. A lenha foi terminando e todos demonstravam sono. Uma boca abre aqui, outra ali. A noite avançou sem ninguém perceber. Um Chefe convida a todos para encerrarem com a Cadeia da Fraternidade. Começam a cantar e param. Todos olham para dentro da casa e vêem uma luz azul brilhante. Ficam estáticos.

Alguns vão até lá e dentro da casa não há luz! – Saem e a luz volta. impossível! Um jogo? Que jogo? Já existem tremedeiras. Sem falar voltam para o acampamento. Ninguém quer ir à frente nem ficar atrás.

Dormiram encostados uns nos outros mesmo com a chefia alegrando e encorajando todos. No dia seguinte, após o desarme do campo, na cerimônia da Bandeira, um morador das proximidades estava presente assistindo de longe.

Um Chefe o convidou para participar na ferradura. Era um costume da tropa. Se fosse do local recebia um lenço do Grupo como agradecimento. Ele veio sem jeito e ali permaneceu até o final. Uma rodinha se formou em redor dele, e ficaram sabendo a historia da “Morada do Fantasma”:

- A casa foi construída pôr um jovem, - dizia -  filho de um “meeiro” (usa a terra de uma fazenda para plantar, e paga parte da colheita ao dono) quando se casou, com menos de quatro meses, ele matou a mulher a facadas porque achou que esta o traia. Não era verdade. Foi preso e condenado há vários anos de prisão. Ninguém sabe onde está e quando vai sair da cadeia. O que todos sabem é que o espírito ou “fantasma” da mulher não abandonou a casa e até hoje e a mantém limpa e arrumada, mesmo sem móveis sem nada. Um padre já “benzeu” a casa, mas ela não sai de lá.

É como dizem por aí, Escoteiros quando contam historias, nada ficam devendo aos pescadores. Mas os escoteiros não têm uma só palavra? E acredite se quiser... Risos

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

RECORDAÇÕES - PEQUEQUENOS CONTOS PERDIDOS POR AI.



Recordações – pequenos contos perdidos por aí.

Os maravilhosos lobinhos....

Estava eu na sede escoteira, no dia de reunião, absorto em meus pensamentos, triste, problemas mil, cabisbaixo, pensando, pensando, quando um lobinho Pata Tenra passou pôr mim, (muito bem uniformizado por sinal) parou, ficou em posição de sentido e disse: _ “Melhor possível chefe! “- Fiquei em pé e sorri meio sem jeito retribuindo a saudação. Melhor possível. Melhor Possível...
     - Ah, Esses lobinhos maravilhosos e suas maravilhosas poses e sorrisos...

E meus problemas? Hã! Esqueci todos....

Quando ele passou para a Tropa de Escoteiros

- Logo após ter passado para a tropa de Escoteiros, vindo da Alcatéia, senti uma grande liberdade na patrulha pôr mim escolhida (deixavam que os lobinhos pudessem escolher suas patrulhas quando fossem fazer a Trilha). O Chefe e dois dos assistentes foram grandes amigos e foi um choque ao ver um monitor dirigir sem a presença deles em diversas ocasiões. Era um susto e tanto, pois na Alcatéia não tínhamos essa liberdade tão aberta!

- Ali encontrei muita amizade e companheirismo. Tinha alguma preocupação com a liberdade de todos e me preocupava sempre com que fazíamos. Havia sempre o receio se desse errado em alguma atividade.

- Nem bem tinha completado três meses de tropa, e saímos pela manhã de um domingo (somente a patrulha em uma carta prego) indo de ônibus até a periferia da cidade e lá nos dirigimos a um sitio de um velho amigo do Grupo, que pôr sinal era sempre visitado pôr muitos escoteiros. 

- Na patrulha havia dois cargos em aberto, explico melhor - Todos nós escolhíamos nossas responsabilidades na patrulha e caso houvesse mais de um interessado no mesmo cargo, era feito sorteio. Assim, escolhi ser o escriba da Patrulha. Tinha facilidades para escrever e como um “Pata Tenra” achava ser a mais fácil.

- Chegamos ao sitio pôr volta das 08 e meia da manhã. Não era bem um sitio, estava mais para uma fazenda. Somente um sitiante na porta de entrada, pois o local quase não era explorado e se mantinha intacto principalmente a mata e pastos. Alguns bois, alguns cavalos, e mais nada.

A casa sede era pobre. Três cômodos sem banheiro. Instalamo-nos e logo procuramos uma arvore para o cerimonial da Bandeira. Deram-me a honra de hasteá-la.
Nosso monitor era calmo e ponderado. Era um autentico líder. Comecei a me acalmar à medida que participava das atividades. Os chefes já não faziam falta. Treinamos barraca, machadinha, nós (sem teoria) e corte de lenha, tudo isso pela manhã.

As 12:40 hs fizemos um lanche. Foi nesta hora que resolvi dar um giro pôr conta própria sem  falar com os demais. Atrás da casa havia um arvoredo muito bonito e ouvi um barulho de uma cascata. Dirigi-me até lá. Não era tão perto. Andei um bocado! - No meio das árvores só o barulho me chamava à atenção. Enfim avistei um pequeno riacho com águas límpidas e claras. Tão claras que se avistava o fundo. Fiquei hipnotizado! - Como era belo tudo aquilo! - Lembrei dos diversos contos da História da Jângal, contadas pela nossa Akelá, nas belas historias de Mowgly  junto ao Balu e Bagueera!

- Passei um pouco de água no rosto e vi que era hora de voltar junto a Patrulha. Dei meia volta e senti um calafrio! - Não sabia pôr onde tinha vindo! - Comecei a tremer nos meus 11 anos, agora  cheio de dúvidas. Não sabia se chorava ou se confiava que me achariam facilmente. Optei pôr ficar ali.

- O tempo passava e eu já estava chorando baixinho. Senti uma mão no meu ombro. Levei um enorme susto. Era o nosso monitor. Graças a Deus!

- Voltamos junto e no caminho pensei que meu “papelão” seria ridicularizado pôr todos.  Estavam cada um fazendo uma atividade diferente. Nosso monitor pediu a um 2 a. classe para me dar um adestramento de posicionamento e marcação de pontos cardeais para ser usado quando se anda em pequenos bosques. Ainda não estava na hora de um bom adestramento de bússola e orientação. Tudo deveria fluir naturalmente e na hora certa!

- Não houve sermão. Só um pequeno lembrete pelo monitor e comigo a sós. Sorri agradecido. Nunca mais se repetiu.

domingo, 22 de janeiro de 2012

SE MAOMÉ NÃO VAI A MONTANHA, A MONTANHA VAI A MAOMÉ!



Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé!

           Já há algum tempo, alguns escotistas de grupos longínquos comentam sobre estarem sempre sós. Não recebem visitas. Se quiserem conhecer ou conversar com os dirigentes tem de se locomover, muitas vezes só o Diretor Técnico, pois nem todos podem acompanhá-lo. E na volta ficam desanimados, pois esperavam uma ótima recepção e foi sim uma decepção.

         Eu conheço o tema. Passei por isso no passado. Mas não posso imaginar que hoje ainda seja assim. Pensei que houvesse mudanças. Afinal não mudam tudo? Fico feliz quando vejo chefes anunciando aos quatro ventos – Um novo manual! Como ir a lua em sonhos profundos! Outros dizendo: Agora temos o caminho a seguir. Nossos dirigentes conseguiram completar o que faltava. Risos. Eles gostam. Receberam mais mudanças. Batem palmas. Não participaram das discussões. Mas agora acreditam que tudo vai mudar. O escotismo será outro com a viagem a lua! Risos.

        Mas vamos voltar ao tema. Muitas vezes não existe distrito na área. Se existir é o distrital o responsável para fazer as visitas. Pelo menos uma em cada dois meses. Não visita técnica, nada disso, visita de amigo com amigos. Um sorriso para todos. Sem criticas e mesmo não gostando do que vê, elogia. Parabéns pela luta chefes. Participa do Cerimonial de Bandeira. Um olhar camarada para os jovens. Alô escoteiro e lobinhos! Estou honrado em conhecer vocês!

       Mas se o distrito não existe, é função do dirigente regional. Mesmo com distrito vocês não imaginam a alegria de receber a “autoridade” no grupo. Um orgulho para todos. Mas são muitos podem dizer. Impossível. É possível sim. Porque não fazer anualmente uma Indaba do distrito ou da área onde compareceriam todos? Claro com uma finalidade. Não reunir por reunir. Mas cá prá nós, sem arrogância. Sem essa de chefão. Humildade. Meus irmãos!!! Claro, é assim que você irá dizer. Afinal você é o dirigente e o líder de todos, eles esperam muito de você.

       Leio algumas atas dos dirigentes nacionais. Sempre e elas sempre dizem da dificuldade de se locomoverem até o local designado para a reunião dos membros nacionais. Não tenho pena. Risos. É obrigação. Aceitou? Então vá a luta. E olhe, é importante ir nestas reuniões, mas ir também as regiões escoteiras. Não mandar um representante. A coisa mais “pedante” e “chata” é o tal de representante. Ele chega com ar de importante e não é nada. Pode até ser uma ótima pessoa um ótimo Escotista, mas não decide nada. Conheci no passado um Escoteiro Chefe, que visitava quase todas as regiões escoteiras. Uma alegria recebê-lo. Um perfeito cavalheiro.

      Não vou entrar muito no tema, mas não seria maravilhoso receber a visita de um dirigente regional ou nacional em seu grupo? Em seu Distrito? Em sua Região? Que motivação seria. Ele o dirigente máximo conversando com os chefes, ouvindo o que eles têm a dizer, brincando com os lobinhos, escoteiros, seniores, já pensou! Impossível? Ora, ora. Montanha, acorde, Maomé te chama!

     Mas me desculpem. Estou escrevendo falando o que não devia. Sei que vocês recebem sempre a presença deles em seus Grupos Escoteiros. Ainda bem. Fazia isso no passado. Fico contente que ainda fazem. Então não preciso alongar mais no tema. Meu abraço fraternal a todos os Grupos. Agora sou feliz, sei que a felicidade também está com vocês!

Sempre Alerta!