Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dicas, sugestões e outros “bichos” para escoteiros.




Dicas, sugestões e outros “bichos” para escoteiros.

              Alguns gostam outros não precisam e assim ficamos em um meio termo. Se acharem válido coloquem em ação, se não apaguem (risos) e se já o fazem parabéns. Nada para mudar a rotina e tradição do Grupo, Tropa e Alcateia. Estas ideias vi em muitos grupos e algumas deram muito certo. Vamos a elas:

A Patrulha/matilha de Serviço

Nem sempre tem Grupos Escoteiros cuja sede comporte uma Patrulha de Serviço. Se isso for possível à ideia é valida. A vantagem é dar oportunidade aos jovens, sejam escoteiros ou lobinhos de colaborar na manutenção e limpeza da sede. Dependendo da estrutura do Grupo, é feito um programa anual onde se irá listar cada mês ou meses a responsabilidade da sessão do grupo. Compete ao responsável da sessão subdividir os dias de reuniões com as matilhas ou patrulhas se for o caso. É importante que se crie um sistema de prêmios, que pode ser uma taça, uma bandeirola ou outro para mostrar se os quesitos solicitados foram cumpridos. Na comissão que irá julgar deve se possível ter a participação de um representante de cada sessão acompanhada de um pai ou Escotista.
                A comissão deve orientar quem está responsável na semana, e todo o trabalho se possível deve ser feito em um dia que não atrapalhe as reuniões de tropa. No final quando do cerimonial de encerramento, claro que estará sob a responsabilidade da Patrulha ou matilha de serviço, esta solenemente passa o serviço para a que estiver escalada na próxima semana. É claro que pensamos não ser só dos adultos a responsabilidade pela limpeza na sede e esta deve ser dividida entre todos os membros principalmente os jovens. Lembro que a passagem do serviço e das bandeiras era uma cerimonia marcante e que motivava sempre a Patrulha a dar tudo de si.

Atividade de pais

Duas atividades de pais sempre deram resultados nos grupos que a implantaram.  Uma delas é fazer uma vez por mês ou quinzenal um encontro social do Grupo Escoteiro (vi grupos que fazem semanais, não sei se é valido) – Convidam-se os pais principalmente aos que vão levar os filhos se querem participar de uma atividade social sempre a noite dos sábados. Um dos membros da diretoria ou chefia oferece sua casa, claro desde que comporte o número de presentes esperado. Haverá sempre um rodizio com um dos pais oferecendo sua residência para o encontro. Espera-se que cada casal leve salgados e bebidas. O anfitrião nunca gasta nada de seu bolso. Pode-se começar, por exemplo, as nove e terminar onze e meia ou meia noite. Não esquecer que antes da partida a limpeza é de responsabilidade de todos. Um bate papo agradável faz com que a aproximação aumente entre os pais e escotistas e o beneficiário disto tudo é o grupo escoteiro. (conheci casos de encontros dançantes).
Outra é colocar no programa do grupo, uma vez por ano, uma atividade ao ar livre com todos os pais, (abrindo para a participação de parentes). Um local apropriado, com banheiros, boa aguada, e campo para atividades escoteiras. Isto mesmo. Saída pela manhã e retorno à tardinha. Um bom programa onde os pais irão formar em tropas escoteiras junto com os filhos. Eles escolheram entre sí como se dividirão ou então o Chefe responsável indica suas patrulhas.  São eles que na primeira vez na Patrulha escolhem o grito, o nome, o lema e devem manter entre sí uma relação escrita dos pais/patrulheiros para se quiserem entrar em contato entre si posteriormente. Cerimonial de bandeira, jogos, adestramento, pistas, sinais e formaturas são divertimentos garantidos sem considerar os gritos de patrulha. A apoteose é o fogo de conselho feito à tarde. Diversão garantida com as canções e esquetes preparados pelos pais. O programa deve ser feito pelo Escotista dirigente do grupo com a colaboração dos demais chefes. Obs. Os filhos participam junto com os pais nas patrulhas. Não esperem número grande no inicio, mas depois de dois ou três anos é difícil até controlar a participação de todos. 

A recepção na Teia da Aranha

         Muito conhecido, mas vamos à sugestão para quem não conhece. Com um rolo de sisal, a teia se inicia próximo à entrada da sede. Ela é passada em vários lugares. Na altura de axila do jovem. Se possível entrelaçando por cima e por baixo. Ninguém vai entrar na sede sem passar pela Teia da Aranha. O responsável fica no inicio da teia e a cada um que chega para reunião, orienta que ele irá passear na teia, desde o inicio até o final. De olhos vendados. Quando chegar ao fim da teia deve se posicionar onde está e deixar a teia rumo ao local do cerimonial de bandeira. Sempre de olhos vendados. Quando achar que estiver na posição deve ficar parado sem tirar a venda. Ao sinal de um apito longo termina o jogo e todos podem retirar a venda. Todos que se aproximarem mais do local do cerimonial são aos vencedores. Nota – Pode ser feito com todos os participantes ou somente com a sessão que se interessou. Caso seja com todos, deve ser feito de comum acordo. A cada 20 metros sempre um Escotista de plantão para eventualidades. Cuidado para não tomar o tempo do programa já feito pelas sessões.

Valeu? Se sim não deixem de colocar seus comentários, pois tenho dezenas de dicas escoteiras. Lembrem-se, nada novo, tenho certeza que quase todos os grupos já fizeram e aqui fica para os que ainda não conheciam.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A arte de contar histórias.



A arte de contar histórias.
              Há muitos e muitos anos atrás, tive a curiosidade de aprender como criar desenvolver e contar uma boa história, principalmente nos fogos de conselhos, em dias chuvosos ou então em lampiões do conselho ou mesmo aos lobinhos na Pedra do Conselho. Achava que estava faltando algum no meu adestramento, pois sempre fui um fã incondicional quando jovem, de boas histórias. Tive a sorte de ter bons contadores de histórias no passado e achava que agora era minha vez. Quem sabe poderia trazer uma nova experiência que divertisse os escoteiros.
              Mas como contar, como atrair a atenção, qual o tempo? – bem tudo isto foi aos poucos sendo assimilado e aprendido e fui fazendo pequenos estudos aqui e ali, ficava horas em frente ao espelho e eis que me achei um contador de histórias (razoável, é claro). Um filme na época me chamou a atenção, tratava-se de Entre dois Amores, onde Meryl Streep, contava histórias para Robert Redford, de uma maneira simples, misteriosa, carismática, com um suspense próprio, e criativo. Não memorizava a história antes, simplesmente solicitava um tema, e dava inicio a narração.
               Ela através do tema (dado por Robert Redford na história) imaginava um inicio criativo e aos poucos desenvolvia a história como se estive lá, vivendo com o personagem as peripécias e daí o final vinha naturalmente e de uma maneira espontânea. Assistindo o filme podemos tirar melhores conclusões, pois ela a sua maneira (uma grande atriz), explica como dar o início o meio e o fim. (aconselho aqueles que querem se iniciar como contador de histórias, que assistam ao filme).
              Iniciei minha saga de Contador de Histórias em um acampamento. A noite era escura, sem luar, e o local descampado, poderia quem sabe dar uma boa história.  Perguntei aos monitores (era um acampamento de monitores e subs) se queriam uma história e qual seria o tema dela. Claro, sempre tem aqueles que pedem uma história de terror.
              O Fogo de Conselho fora montado próximo a um riacho com muitas pedras e muitas folhas além de varias madeiras formando um pequeno remanso. Olhei para uma pedra saliente das demais e vi um índio (em meus pensamentos), olhando para mim, com os olhos vermelhos, parecendo soltar faíscas e foi então que começou minha vida de Contador de Histórias em Fogos de Conselho e claro em algumas atividades especiais. A história do Índio que foi obrigado a fugir de sua tribo deu o que falar. Depois disto contei muitas histórias. De terror, aventuras, ficção, e em lendas que aprendi a criar.
               Experimente e você verá que não é difícil. Deixe que os jovens e as jovens o ajudem quando sentir dificuldade. Em pouco tempo, teremos mais um grande contador de histórias, a deslumbrar jovens com sorrisos lindos, marcados pela chama do fogo em uma clareira qualquer. O espelho é um grande professor. Use e abuse dele. Risos.
                Para cada atividade, seja em Fogo de Conselho, em conversas ao Pé do Fogo ou em um dia chuvoso na sede, existe um tipo de história. Crie a sua com ajuda deles e verá que vale a pena sentir o suspense, junto a eles numa noite qualquer, escura ou com luar, com a chama do fogo clareando tudo e verás que se a história for boa, sentirás a respiração solta ou presa dependendo da narrativa. Quanto ao tempo, não vá muito longe, enquanto o interesse estiver presente, tudo bem. Dez ou quinze minutos é o tempo ideal para uma boa história ou até que sinta que o interesse está diminuindo.
                 O processo de estímulo e incentivo para se contar uma história são inúmeros, mas sua eficácia depende de como o contador os utilizará. Não há “fórmulas mágicas” que substituam o entusiasmo do contador.
Quem aspira ser um bom contador de histórias, deve desenvolver alguns passos importantes em seus preparativos:
               Procurar vivenciar a história. Envolver-se com ela, fazer parte dela e sentir a emoção dos personagens e ao apresentá-la atrair os ouvintes para a magia da história; ao apresentar a história, falar com naturalidade e dar destaque aos tópicos mais importantes com gestos e variações de voz, de acordo com cada personagem e cada nova situação. No entanto, é preciso cuidar para não exagerar nos gestos ou nas entonações de voz;
             Oferecer espaço aos ouvintes que querem interferir na história e participar dela. Quem se sente tocado em seu imaginário sente necessidade de participar ativamente no desenrolar da história. O importante é que nessa hora não haja pressa, contando ou lendo tudo de uma só vez. É preciso respeitar as pausas, perguntas e comentários naturais que a história possa despertar, tanto em quem lê quanto em quem ouve. É o tempo dos porquês;
                 Toda história e toda dramatização devem ser apresentadas com entusiasmo e paixão. Sempre devem transparecer a alegria e o prazer que elas provocam. Sem esses componentes, os ouvintes não são atingidos e logo perdem o interesse pelo que está sendo apresentado.
                   Segundo Abramovich (1993), “o ouvir histórias pode estimular o “desenhar”, “o musicar”, “o sair”, “o ficar”, “o pensar”, “o teatrar”, “o imaginar”, “o brincar”, “o ver o livro”, “o escrever”, “o querer ouvir de novo”
..... Afinal, tudo pode nascer dum texto!”Os escoteiros ao ouvir histórias, vivem todas essas emoções”. Afinal, escutar histórias é o início, o ponto-chave para tornar-se um leitor, um inventor, um criador e quem sabe um grande escoteiro.
Que tal começar a contar uma história? Comece agora: - Era uma vez...

terça-feira, 10 de julho de 2012

REMINICENCIAS (PARTES) DO CONTO DE KIPLING – A EMBRIAGUES DA PRIMAVERA




REMINICENCIAS (PARTES) DO CONTO DE KIPLING – A EMBRIAGUES DA PRIMAVERA

- Porque não morri nas garras dos dholes, gemeu Mowgly. Minha força esvaiu-se e não foi veneno. Dia e noite ouço um passo duplo no meu caminho. Quando volto à cabeça sinto que alguém se esconde atrás de mim. Procuro por toda parte atrás dos troncos, atrás das pedras, e não encontro ninguém. Chamo e não tenho resposta, mas sinto que alguém me ouve e se guarda de responder.
Se me deito, não consigo descanso. Corria a corrida da primavera e não sosseguei. Banho-me e não me refresco. O caçar enfada-me. A flor vermelha está a ferver em meu sangue. Meus ossos viraram água. Não sei o que...
- Para que falar? Observou Baloo. Akelá disse que Mowgly levaria Mowgly para a alcatéia dos homens outra vez. Também eu o disse, mas que ouve Baloo? Bagheera, onde está Bagheera? Esta noite se foi? Ela também sabe disso, é da lei.
- Quando nos encontramos nas Tocas Frias, homenzinho, eu já o sabia acrescentou Kaa. Homem vai para homens, embora a Jângal não o expulse.
- A Jângal não me expulsa, então? Sussurrou Mowgly.
- Os irmãos Gris e os outros três uivaram furiosamente: - Enquanto vivermos ninguém, ninguém ousará...

– Mowgly lembrava quando se mudou da Alcatéia de Seone. É hora de parar de correr. Ele viu uma pequena cabana onde via uma luz. Cães latiram. Ele emitiu um profundo uivo de lobo, que fez os cães calarem e tremerem. Escondido nos arbustos Mowgly também tremeu. Por outro motivo. Conhecia aquela voz. Entendeu o que ela dizia. Lembrava bem. Quem está aí? Quem está aí? Mowgly gritou baixinho: - Messua! Messua! – Quem chama? Respondeu a mulher com voz trêmula. – Nathoo! Respondeu Mowgly. – Vem meu filho. Ela se lembrou. O acolheu, deu-lhe de beber e comer. Cansado Mowgly deitou-se e dormiu sono profundo. 
– Mowgly acordou e ouviu o irmão Gris chamando-o lá fora. Messua olhou para ele. Era um Deus da Jângal, reconheceu. Quando o viu sair abraçou-o. Volte sempre disse. A garganta de Mowgly apertou-se. Disse quase chorando – Voltarei – sim voltarei. Ele gritou com lobo Gris – porque não vieste quando o chamei? – Não foi tanto tempo assim, ainda ontem estávamos junto respondeu. Você sabe, o tempo das Falas Novas chegou não te lembras?
                    - Irmãozinho, que aconteceu? Porque estás comendo e dormindo na Alcatéia dos Homens? – Se tivesse vindo quando o chamei isto não teria acontecido. – disse Mowgly - E agora como será? Perguntou o lobo Gris – Ele ia responder quando viu uma mocinha trajada de branco em direção a alcatéia dos homens. Mowgly a seguiu com os olhos até ela ser perder ao longe. E agora? Perguntou de novo o Lobo Gris. Agora não sei... Respondeu suspirando. Lobo Gris calou-se. Mowgly também. Quando abriu a boca foi para dizer a si próprio: - A Pantera Negra falou a verdade. Disse que o homem sempre volta para o homem.
                       - Raksha, nossa mãe também disse. E Akelá na noite do ataque dos Dholes, e também Kaa, a serpente da rocha. - completou Mowgly. E tu irmão Gris, que disse tu? – Eles te expulsaram uma vez. Disse o Lobo Gris. Eles queriam te lançar na flor vermelha. Mandaram Buldeu te matar. São maus, insensatos. Foste admitido na Jângal por causa deles. - Para! Que estás dizendo? - - Lobo Gris respondeu - Filhote de homem, senhor da Jângal, filho de Raksha, meu irmão de caverna – O teu caminho é o meu caminho. A tua caça é a minha caça e tua luta de morte é a minha luta de morte.
                       Mowgly já tinha resolvido o que fazer. – Vá, disse – Reúne o Conselho na Aroca, irei dizer a todos o que tenho no meu coração.   
Em qualquer outra estação aquela novidade teria reunido na Roca o povo inteiro do Jângal; - Lobo Gris saiu pelas planícies chamando a todos. O Senhor da Jângal volta para os homens. Vamos à Roca do Conselho. Todos respondiam – Só no verão, venha você e ele cantar conosco! – Quando Mowgly chegou a Roca, encontrou apenas lobos irmãos. Baloo que estava quase cego e a pesada Kaa. – Termina aqui o teu caminho, homenzinho? Disse Kaa – Grita o teu grito! Somos do mesmo sangue, eu e tu, homens e serpentes!
Lembra-te que Bagheera te ama, disse ela por fim, retirando-se num salto. No sopé da colina entreparou e gritou: Boas caçadas em teu novo caminho, senhor da Jângal! Lembra-te sempre que Bagheera te ama. Tu a ouviste murmurou Baloo. Nada mais há a dizer. Vai agora, mas antes vem a mim. Vem a mim, ó sábia rãzinha!
- É difícil arrancar a pele, murmurou Kaa, enquanto Mowgly rompia em soluços com a cabeça junto ao coração do urso cego, que tentava lamber-lhe os pés.
- As estrelas desmaiam, concluiu o lobo Gris, de olhos erguidos para o céu. Onde me aninharei doravante? Por agora os caminhos são novos...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Conversando com o "Velho" Escoteiro



Conversando com o "Velho" Escoteiro

Não era um tema novo. Repeteco por assim dizer. A realidade é cruel, mas eu já tinha conversado com o "Velho" Escoteiro muitas vezes a esse respeito. Não adianta dizer que temos de fazer “assim e assado“.  A realidade está presente em nossa vida, no Grupo, Região e na própria Direção Nacional. Ou aceitamos e insistimos em nossos ideais ou nos afastamos. Cada um tem sua maneira de ser, de pensar e agir.
Ele me dizia sempre que não importa o cargo. Importa o que está sendo feito, mesmo que leve tempo. Aquela senhora que vai lá sempre, varre a sede, é prestativa é tão importante com o Chefe de sessão ou o presidente. - Nós dependemos de todos - dizia - O Grupo Escoteiro é como uma grande família. Cada um tem suas obrigações e responsabilidades. Se ali tem amizade e fraternidade, os jovens têm a ganhar. Garanto que o grupo que atua assim está no caminho certo.
Conheci Grupos que não iam bem. Havia divergências entre novos e antigos. Os Escotistas achavam que os Diretores eram pessoas que estavam ali para servi-los. Estes pôr sua vez, tinham dúvidas de suas responsabilidades, pois sempre confundiam técnica escoteira com atividades burocráticas ou paralelas. O Método e Programa não eram bem conhecidos. Durante algum tempo aceitavam a liderança e depois se afastavam.
Outros mais interessados deixavam suas funções de dirigentes e participavam como Escotistas. Achavam que a falta de bons chefes poderia ser suprida, pois o elemento humano qualificado não existia e se havia interesse porque não participar? A partir do momento que começavam a aprender a conhecer e participavam em atividades próprias de adultos, mais se entregavam a tarefa de educadores. O movimento precisava deles e eles sentiam isso. Infelizmente uns poucos não compreendiam bem suas novas responsabilidades. Alguns faziam o certo, outros tentavam modificar e com o tempo as divergências começavam a aparecer. Em qualquer atividade você podia contar quantos vieram do próprio grupo.
Participei de muitas reuniões de Executiva em todos os níveis. Na maioria dos casos sempre se voltavam para o Diretor Técnico, tentando achar as respostas ou seu apoio. Acredito que o que falta é uma melhor compreensão das responsabilidades e deveres de cada um. Tenho meus direitos e deveres, mas todos que colaboram na organização também os têm. Quando não tinha nada o que fazer no Grupo que prestava a minha colaboração, gostava de observar não só os jovens, mas os pais e parentes que acompanhavam seus filhos as reuniões e podia observar o interesse deles.
O Escotismo é interessante. Você nunca ouviu falar e quando ouve não interessa muito (os leigos). No entanto se observar e participar espontaneamente pôr algum tempo é picado pelo mosquito invisível e basta um convite e lá está você, de uniforme e tentando dar o melhor de si. O "Velho" Escoteiro sempre me dizia que tudo é válido, se os resultados esperados são alcançados. Infelizmente sou obrigado a dar razão a ele em alguns pontos. – Olhe meu caro jovem Chefe, dizia ele, o amor dos chefes é grande, muito. Fazem de tudo para que a juventude que está em suas mãos floresça conforme é o propósito do escotismo. Mas tudo é muito difícil.
 Você hoje dificilmente encontra um grupo com todas as suas sessões completas. No passado, tive a oportunidade de ver tudo isto. Grupos com vinte quatro lobinhos, vinte e quatro lobinhas, tropa Escoteira masculina e feminina ambas com trinta jovens. E a Sênior e a guia? Três patrulhas? Quatro? Pioneiros?  Pelo menos doze? Você tem visto isto hoje? E olhe, era comum no passado.
      Fiquei pensando no que o "Velho" Escoteiro dissera. Uma exceção quando se encontrava grupos assim. Programas. Método, alegria, fazer o jovem se sentir feliz e querer voltar sempre. Um tema que eu iria abordar com o "Velho" Escoteiro em uma próxima vez. E você? O grupo que colabora tem condições de ter sessões completas? Escotistas atuantes, interessados e bem adestrados?