Conversa ao pé do fogo.
“Castas” – existem mesmo no escotismo?
“Na sociedade liberal, vivemos em uma
cultura onde muitos acreditam que qualquer um pode ascender em termos sociais e
econômicos por meio de riquezas acumulas. Contudo na Índia, trabalho e riqueza
são parâmetros insuficientes para que possamos compreender a ordenação que
configura a posição ocupada por cada indivíduo. Nesse país, o chamado regime de
castas se utiliza ade critérios d natureza religiosa e hereditária para formar
seus grupos sociais.” Entende-se em sociologia, que castas são sistemas tradicionais, hereditários ou
sociais de estratificação, ao abrigo da lei ou da prática comum, com base em
classificações tais como a raça,
a cultura,
a ocupação profissional, etc.
Sei que muitos estão achando graça, mas olhe preste atenção e vais ver
que tem um bem perto de você que se acha previlegiado. Sem perceber ele já
pertence a “casta” ou assim pensa. Pode ser pelo cargo, pelo seu tempo de
movimento ou mesmo pelo seu gráu de conhecimento escoteiro. Portanto pertencem
a uma “casta” importante. Os famosos “chefões”, “grandes chefes” “Velhos Lobos”
e muitos outros títulos que existem por aí. Os novos ficam admirados, desejando
ser igual e lutam por isso. (nem todos) Os demais que não ligam para isto acham
isso patético não dando a menor atenção a estes que se acha acima da
fraternidade que tão bem nos caracteriza.
Voce não acredita? Ou voce é humilde o bastante para não ver ou é
inteligente o bastante para deixar passar ao largo e não rir. Outro dia
comentei com alguns amigos que um dia se continuar assim, teremos um deles
dizendo – Sabem com quem está falando? Risos. Bem, sob o ponto de vista
linguistico é uma frase feita. Talvez o agravante do singnificado encontra-se
justamente nas circunstancias em que ela é proferida. O tom de voz, o status de
querer ser. Risos. Estão rindo eim? Mas olhe ainda existe em nosso movimento
esta casta.
A
casta dos dirigentes, a casta dos Insignia de Madeira, de Comissários, de
Diretores e para completar a casta da equipe dos formadores. Esta é incrivel a
subserviencia para conseguir mais um “taquinho”. Conheci um que fez tudo para
conquistar um deles. Quando recebeu ficou doente por cinco meses. Maldição? Risos.
Alô! Sem generalizar. Só alguns que ainda não se tocaram que o escotismo é uma
grande fraternidade e que vivem a “jactar-se” de tudo o que somos, mas não
fazem o que sempre fomos. Amigos e irmãos dos demais escoteiros. Fiquem
tranquilos. Eles são menos de 0,5% do nosso efetivo adulto. Portanto uma
insignificância. Mas como são chatos!
Veja bem o que comentou Fernando Pessoa, um célebre poeta – Às vezes
ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar vale a pena ter nascido.
Risos. Isso não diz nada, é apenas um poema. Melhor continuar o raciocinio
dele. – Precisar dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um
dependente. Acho que compliquei mesmo. Melhor é voltar à casta. Só não vê quem
não quer. A uma sede de poder surda sendo praticada em diversos orgãos
escoteiros. Do mais simples ao mais importante. Não sei bem quem seria o mais
importante. Os lá de cima ou os aqui de baixo. Risos.
Mas seria tão bom que não houvesse a casta. Seria dificil é claro. Um
dia disse para mim mesmo: Amigo, se houvesse ganhos financeiros no escotismo
seria uma luta desigual. Se sem salário a sede do poder é grande e com o
salário? Graças ao bom Deus estes são em número irrisorio. Mas como irritam.
Não se tocaram ainda. Andam dando pulinhos, olham para você como voce fosse um
“coitado”. Se por acaso encontram outro acima dele, correm para bajular. Risos.
Não estão acreditando? Tentem participar onde a “casta” se reune. Todos sabem
onde. Risos.
Pois é. A casta existe. Pelo menos para mim. Eu vivi tudo isso no
passado e vejo até hoje no presente. Interessante é que pouco se manifestam.
Falam pouco. Ar professoral. Claro, são superiores, eles pertencem à casta dos
nobres. Dos aquinhoados com o poder. Eu peço a Deus por eles. Acredito que isso
é antigo. Quem sabe BP conheceu alguns antes de fazer sua viagem. Quando no
passado estive em vários seminários nacionais e sul americanos e até em um
jamboree, fiquei boquiaberto. A casta fazia parte de muitos paises. Não era só
daqui não. E o pior de alguns jovens tambem!
Cheguei a ver e tive que conter o riso de um jovem americano com uma
turba atrás querendo trocar distintivos e ele não dando à mínima. E os adultos
chefes então? Minha nossa! Tinha cada um que precisava fazer o sinal da cruz e
passar de lado. Graças a Deus que tinham milhares que eram de uma humildade
enorme. Por eles valeu a pena as centenas de dólares que gastei.
Mas chega por hoje. Um dia tenho certeza todos irão se abraçar e dizer:
- Meu amigo, a empatia é muito útil para nos escoteiros. Não seria bom se voce
fosse leal, cortês, amigo e humilde? Não seria bom se falasse bom dia, e dizer
eu gosto de você? Não iria demonstrar que és educado e tem respeito pelos
demais? O fato por voce saber mais, ter um lenço mais bonito não significa que
não possa ser cordial e ajudar de maneira gentil aos seus irmãos escoteiros.
Mas faça isso de uma maneira simples para que todos possam ver em voce um
exemplo bom a ser seguido.
E abaixo a “casta” escoteira. Risos e risos.
Desse modo, quando Jesus disse que certas castas de
demônios não saem se não por meio da oração e do jejum, os discipulos
simplismente pensarem em sí mesmo, em como seus corações tinham aprendido o
rito de dizer – “Sai em nome de Jesus”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário