Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Lembrando Patropi. Um grande poeta. Será que vale a pena, meu?



Lembrando Patropi. Um grande poeta.
Será que vale a pena, meu?

                   A última vez que coloquei o pé na estrada com uma tropa de escoteiros foi há muito tempo. Depois o os anos passaram, aqui e ali um curso que foi rareando, uma palestra uma vez ou outra e pluft! Vi-me aposentado e sem poder sentir minha mochila, meu cantil, minha faca, meu chapéu de três bicos e sem sentir mais o cheiro da terra, o nascer e o por do sol em uma montanha qualquer. Guardei na lembrança o escotismo que fiz quando criança e quando adulto. Os ultimos lobos e escoteiros que tive contato hoje são homens feitos. Pais de família. Cidadãos viventes em suas comunidades.

                  Ainda sinto uma ponta de nostalgia, mas diferente dos muitos que só lamentam o passado e de outros que acham saber fazer o presente e não sabem que não fizeram um passado para lembrar. Eu sei que no escotismo temos diversos tipos de pessoas. Afinal somos seres humanos. Apesar de transmitirmos uma filosofia de vida belíssima nem todos assimilam as benesses de uma vida pura, honesta, alegre e esquecendo-se de ver em cada passo a beleza inconteste do escotismo. Tem muitos ainda que procuram fazer do escotismo uma maneira de vida. Fazem o que sabem e não o que o escotismo é. Dizem que em todo ser humano existe um sonho de comandar. De ditar ordens. Alguns vão mais longe e sonham em fazer dos seus comandados uma sequência de suas vidas, do que são e do que foram.

                 Outros que galgaram postos de comando levam a sisudez de suas empresas, de suas maneiras e tratos com os colaboradores para o escotismo. Um manancial aberto e ali se sentem realizados.  A profissionalização é feita sem salário, mas com exigências. Não sei se estou certo. Acho que não. Vejo o escotismo de outra maneira. Vejo como um jogo para ser jogado com alegria e vontade de dar e servir. Vejo sempre um sorriso, uma palavra amiga, um incentivo a mais. Vejo uma fraternidade em muitos casos maior que irmãos viventes no mesmo lar. Vejo uma aceitação sem invenção. Vejo uma percepção do escotismo no seu natural. De vez em quando olho para mim mesmo e lembro as palavras do Comediante Patropi:

- Pô meu, cê parece que num sei! - Meu, do fundo do meu coração, você prá mim, é problema seu! - É o seguinte, quer dizer, eu também não sei, mas supondo que soubesse, eu diria, sei lá entende!

                Pois é, parece mesmo que num sei! Alguns me escrevem ou deixam comentários que mesmo se entendesse eu diria, sei lá entende! Falar o que? Responder o que? O que dizem não foi e nunca será o meu escotismo. Alegre, sorridente, amigo, sem interesses, respeito, sendo o primeiro a sorrir para o jovem. Mas não. Dizem que sou um contador de historias nada mais que isto. E histórias são historias. Outro dia cheguei a pensar em mudar o rumo dos meus contos. Escrever para outro público que não o Escoteiro. Queria plantar uma muda para mudar o modo de pensar de muitos, mas no fundo do meu coração, acho que não vou conseguir. Até penso e me lembro dele dizendo: - “Meu, daria para me incluir fora dessa?”, e “olhe, para compensar que cheguei atrasado, vou sair mais cedo!”.

                 Escrever dizem-me que é uma arte. Eu ainda não sou arteiro. Como o velho poeta Patropi dizia, “Às vezes a mentira é melhor que a verdade, quer ver? O que é tudo, e o que é nada? Nada é a ausência de tudo, e tudo a ausência de nada”. Para dizer a verdade eu não sabia que você sabia que ela sabia... E até parece que não sei. Caramba! Derrubei com o pé o sustentáculo principal da moradia campeira. Chutei o pau da barraca meu! 

                Acho que fora da realidade do meu saber tem um mundo maravilhoso que não vejo. Tem um escotismo feito do jeito que sempre quis. Quem sabe ele sim vai dar uma nova vida um novo rumo ao que eu penso ao que tu pensas, e o que os outros pensam? Risos. Até parece que não sei. Parece mesmo. Pois é meus amigos escoteiros com minha cultura, será que perdi alguma coisa? Não sou eu quem diz as coisas para vós? Não tá vendo como a comunicação é tudo meu? Claro, nunca serei politico, não sei mentir. Estou mentindo? Pô, e ninguém me avisa? Tudo bem, pá daqui, pá de lá, agora fui quando devia estar voltando.

             -: ”Rosa (rosa), nega (nega) Nega rosa Rosa nega”. Mais tem rosa que é rosa porque é rosa mais não é a minha rosa porque a minha rosa é rosa, mas, a minha rosa é nega Minha rosa Rosa nega...
Que loucura meu! Plies! Sem crise! Bicho. Fuiiii!

Obs. Orival Pessini  o Patropi (seis de agosto de 1944) é um humorista de televisão;

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