Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 19 de março de 2013

Cursos Técnicos. Vale a pena?



Conversa ao pé do fogo.
Cursos Técnicos. Vale a pena?

“A maior ameaça a uma democracia é o homem que não quer pensar pôr si mesmo e não quer aprender a pensar logicamente em linha reta, tal como aprendeu a andar em linha reta”. A democracia pode salvar o mundo, porém jamais será salva enquanto os preguiçosos mentais não forem salvos de si mesmos. Eles não querem pensar, desejam apenas ir para frente, seguindo a ponta do nariz através da vida. E geralmente, estes, alguém os guia puxando-os pelo nariz!
- Saia da sua estreita rotina se quer alargar sua mente.
Baden Powell.

    Outro dia vi um comentário de uma Chefe sobre um curso técnico de Arte Mateira que fez e mostrando as fotos. Senti sem estar junto a ela o seu sorriso estampado no rosto. Pensei comigo, que falta fazem estes cursos hoje em dia. Deviam ter uma procura imensa por parte dos nossos Escotistas. Quando vemos tropas em atividade ao livre fazendo tais atividades sinto que ali está a verdadeira essência do escotismo. Infelizmente não é isto que vemos sempre. Fico triste quando vejo uma tropa tentando passar em uma Falsa Baiana feita pelo Chefe, ali junto ao jovem como a pensar que ele pode cair. Um por um. Os demais fazem o que? Sistema de Patrulhas? Não seria melhor dar uma corda para cada Patrulha e dizer – Façam vocês mesmo. Depois um jogo com todas tentando atravessar?  Que façam mal feito. Não é isto que diz nosso método? Por isto acho válido os cursos técnicos.

Sempre ouço dizer que nosso movimento pretende a formação e o adestramento de lideres. Não só dos chefes como dos jovens. Fazendo isto iremos fornecer não só a boa cidadania, iniciativa e desenvolvimento de suas potencialidades físicas mentais e espirituais. Se as atividades ao ar livre fosse como pensou BP a procura seria grande e a evasão iria diminuir. Infelizmente sem querer ofender a quem quer que seja, temos uma grande maioria de Escotistas-não-formados atuando como amadores. Esquecem que nosso Movimento é uma fraternidade livremente aceita, não tem caráter de obrigação e aí vem à parte mais importante. – O adulto só atua com supervisão. Se Isto é feito, se o jovem participa de uma sequencia de atividades adaptadas a sua idade, exercitadas é claro ao ar livre, e assim ajudando uns aos outros, não se esquecendo de confiar-lhes responsabilidades temos certeza que seu caráter será modificado. Bons programas para o jovem faz com que ele aprenda a cooperar e liderar.

Chamam-nos de saudosistas, mas vejam que a rápida expansão do Movimento Escoteiro durante os primeiros anos, foi devido ao método novo de educação, que se apresentava de uma maneira simples e que atraia os jovens pela sua simplicidade. Recorria a uma linguagem fácil, muito afastada dos termos técnicos utilizados no mundo pedagógico e sociológico de hoje. Dizem alguns e eu confirmo que talvez seja esse um dos motivos para não citarem Baden Powell ou o Escotismo como fonte originária dessas ideias e técnicas. Nosso movimento tem uma finalidade tão séria que exige em alguns casos uma abordagem de qualidade profissional.

Acredito que vocês sabem que nos países avançados, a prática da demonstração e a da descoberta, às atividades ao ar livre, a aprendizagem em pequenos grupos de fazer para aprender, são técnicas escoteiras que conhecemos de outra maneira. Por nossa culpa e pela repetição pura e simples destas técnicas, dos jogos e até a ausência do método nas atividades praticas da tropa, trouxe aos olhos do público um desinteresse e em alguns casos alguns educadores nos consideram um Movimento excessivamente infantil e nos domínios da educação somos vistos como atrasados e ineficaz.

 Como isto acontece e as autoridades educativas não tem levado a sério o Escotismo e não nos considera como um importante meio para completar a educação. Precisamos com urgência concentrar nossos esforços não só na seleção e formação dos chefes. Não se nasce líder, mas é possível formar e adestrar um líder. Isto leva mais que algumas semanas para ingerir informações e conhecimentos. Meses para desenvolver a competência e anos para que esta competência se torne um hábito de comportamento. Acredito e sei que é evidente que o homem tem necessidade de direção e orientação, mas não é porque tem nos faltados recursos e sim imaginação. 
  
     - Quando BP reuniu em 1907 na ilha de Brownsea na Inglaterra 20 jovens de diferentes meios socioeconômicos e educativos, ele trouxe uma enorme contribuição educacional que, na época estava estagnado. Assim o Escotismo veio dar uma visão mais abrangente às escolas e estas é que estão tirando partido das técnicas escoteiras de demonstração, observação e dedução, aplicando-as às suas classes. Às técnicas de aprender fazendo e tentar fazer sem saber, até descobrir o certo através do erro, sempre foram partes do método Escoteiro. Confiar no rapaz para que ele próprio seja responsável pela sua auto-educação e disciplina sempre fez parte do Escotismo. Dar liberdade ao espírito de competição e da aventura, através de jogos, acampamentos e excursões. Este é o Programa Escoteiro e que bem realizado se mantém na liderança das técnicas até hoje empregadas.

Tudo isto se resume em aprender, se adestrar, conhecer e claro, fazer um escotismo gostoso, divertido e com simplicidade. Se cada um se conscientizar de sua responsabilidade e tentando aprender nestes cursos técnicos, procurando junto aos seus monitores aprenderem mais mutuamente, dando  eles liberdade de ação então é claro que nossos objetivos poderão ser alcançados. Vamos então aprender e deixar que os jovens remem sua própria canoa. Nosso papel é de orientação e mais nada. Pensem sobre isto! 

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