Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

domingo, 14 de abril de 2013

Jogando conversa fora. Mística&Cerimônias.




Jogando conversa fora são pequenos post, onde abro um pequeno comentário de determinado assunto visando uma discussão mais ampla. São quatro chefes que após o final da  reunião, tiram o uniforme e vão a uma pizzaria jogar conversas fora. Até agora são oito post. Neste primeiro o tema é da Mística& Cerimonias. Irei publicar um semanalmente, mas se alguém quiser receber todos façam o pedido em meu e-mail elioso@terra.com.br – Lembre-se só no e-mail. Aqui não posso enviar.
Divirtam-se.

Conversa ao pé do fogo. Parte I.
Jogando conversa fora. Mística&Cerimônias.

                      - Nunca pensei deste modo. Para dizer a verdade, eu vou levando na base do feijão com arroz – Na Alcatéia nós temos. Ainda não como você expôs, mas a temos – Estou cansado. Vim aqui hoje para não faltar. Mas acho que só vou beber um chopinho e mais nada – Porque isto meu irmão? Não foi Benjamim Franklin quem disse que a cerveja é a prova viva de que Deus nos ama e nos quer ver felizes? Confia – Vamos tomar nossos quatro chopes e pronto. Ei Matheus! O de sempre – Ele já acostumou conosco (Matheus o garçom e proprietário da Pizzaria). – Então as cerimonias que fazem são sempre as rotineiras? – Bandeira, oração – Inspeção – Jogo e etc? – Mas existe maneira de mudar? Afinal as nossas cerimonias não são uma espécie de tradição?

                     - Não sei, andei pensando. Li sobre isto ano passado – Os jovens gostam de cerimonias místicas – Gostam mesmo? – Acho que sim. Só não confundir misticismo com fenômenos sobrenaturais. Eu sei que existem tradições místicas que os que fazem se orgulham de sua junção ao pensamento racional. Quem sabe as ligadas à filosofia de uma tradição – Não estou entendo nada – Expliquem-se – Depois. Agora vamos saborear pois a cerveja me faz sentir da forma que gostaria de me sentir sem cerveja – risos. Matheus caprichou nos chopes. E acompanhado por ótimas empadas de camarão. Este Matheus é demais – Me disseram que existe uma tropa Sênior que criou tradições em várias cerimonias escoteiras. Mesmo com a Rota Sênior é preciso fazer uma serie de provas para ser aceito – Fáceis? – Dizem que sim. Depois o recruta participa de uma cerimonia mística onde é recebido pelos Monitores encapuzados, e em local de difícil acesso. Dizem que tem bandeira, espada e comes e bebes. As fazem em Vales, picos, montanhas etc – E isto é bom?

                      - Sei que muitos que assim o fazem juram segredo. Não contam para ninguém – Veja os heróis do passado – Mantem segredo de muitas organizações e as ordens carismáticas que participaram. Eles criaram um conjunto de regras e etiquetas para que os noviços possam fazer corretamente. – Eu também já ouvi falar nisto. Criaram costumes, tradições, lendas, danças que se tornaram um mito na vida da tropa – Sei de uma que as promessas só podem ser feitas em fogo de conselho. E só lá podem fazer o juramento – Dizem que a bandeira vem através de um cabo, já desfraldada, iluminada pela chama do fogo, e o Chefe grita alto – Quem vem lá? Um patrulheiro que deseja ser um valente Escoteiro! E assim começa a promessa terminando com um anrê gritado enquanto ele salta na fogueira de um lado a outro por três vezes – Parece interessante. Matheus! Outra rodada! E não se esqueça da empadinha. Está deliciosa.

                      - Pode até ser que nas tropas funcione mas na Alcatéia não sei. – Mas e a mística da Jângal? Ela é tão extensa para ficar presa a uma pedra do conselho, um grande uivo, um totem, danças e uma Roca. – Pode até ser. Os lobos tem mais sonhos que os escoteiros. Quando contamos para eles o que aconteceu na Jângal prestam a maior atenção. – Mas não sei como fugir do cerimonial inicial e final das reuniões e até não sei se é válido – Eu faria uma experiência. Pelo menos uma vez a cada quatro reuniões – Já pensou a surpresa? Começar uma reunião sem o cerimonial? E na tropa? – Acho que vale  a pena pensar. Pensar firme pois dizem que toda mudança deve ser feita paulatinamente. - O que fazemos hoje virou um hábito de comportamento – Pois é. Mas não sei não, toda rotina cansa.

                        - Matheus! A saideira! - Já? – Onze horas meu amigo. E hoje não sei se eu aproveitei bem do álcool ou se foi ele quem se aproveitou de mim. – todos riram – Vamos com calma, se Deus soubesse que nós beberíamos cerveja, nos teria dado dois estômagos – Risos e risos. – Mas encerrando, acho que vou pensar sobre isto. Precisamos criar raízes em tropas e alcateias. Raízes com tradição, com cerimonias interessantes que marcam. – Acho que eu também vou pensar – Eu soube que uma tropa fez do livro de Atas da Corte de Honra a mais secreta de todas – Mandou fazer uma proteção com vidro, onde o Livro de Ata fica guardado e fechado a cadeado. Fica exposto na parede da sala. Quem entra vê o livro e não pode ler - Segredo! Segredo! As Cortes de Honra são secretas. Quantos meninos sonham em ser Monitor só para descobrir aquele segredo?

                           Boa noite Matheus. Não esqueça, você é nosso convidado. – Quem sabe? Quem sabe? – Gosto de ver vocês aqui todo sábado à noite – Gosto de ver vocês tomarem os chopes, calmos, sem gritos, alegres sem serem espalhafatosos. Vocês sempre serão bem vindos aqui – Olhe Matheus, sem duvida a maior invenção da história da humanidade foi à cerveja – Eu admito que a roda também foi, mas a roda não desce tão bem como uma cerveja e uma Pizza! – todos riram e se foram – Três deles racharam um taxi a Akelá foi de ônibus. Hoje mais alegre, nos disse que agora estava assim por ter terminado com o noivo – Amor! Estranho amor! -  Durma-se com um barulho desses!          

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