Maria Luíza Corsi Cassiani é Guia. Trás no sorriso todo
seu amor ao escotismo. É paulista de Pedreira, mas morando hoje Americana/SP.
Logo será uma pioneira. É uma Escoteira de corpo e alma, acredito que a Lei e a
Promessa ficarão gravadas para sempre em seu coração. Difícil dizer quanto
tempo ficará no movimento. A impressão é de que vai ser para sempre. Escreveu
uma história, melhor um sonho. Muito bom. Nele expressa seu interior e o que
pensa do futuro. Convido a todos a lerem o Mundo e o Sonho de Maria Luiza. Vale
a pena. Sejam bem vindos.
Chefe Osvaldo
Meu mundo, meu sonho.
Estudos, sonhos,
promessas, metas, mudanças, realizações, palavras que não saem da minha cabeça
desde que comecei a planejar meu futuro e decidi qual seria minha carreira
profissional. Pensar no futuro fica difícil quando ele se torna mais próximo, e
me lembro com facilidade quando eu jurei que isso demoraria muito para chegar.
O mundo que eu
sempre sonhei pode se tornar real, só falta um pouco mais de tempo e logo eu o
farei existir. Um mundo em que eu pudesse observar pessoas trabalhando com
seriedade, onde inexistisse a corrupção, se enxergasse a inocência das crianças
nas brincadeiras de rua, no qual os mais novos aprendessem com os mais
experientes. Se soubesse conviver em harmonia mesmo com extremas diferenças e a
ética fosse o mais sábio principio valorizado pelos habitantes deste mundo tão
sonhado por mim.
Quando me deparei com a juventude, percebi que eu podia começar a
transformar o mundo com mudanças simples até que eu conseguisse chegar aonde eu
queria. Foi aí que entrei no movimento escoteiro. No escotismo, eu aprendi
valores que contribuíram muito para minha formação pessoal e, principalmente, à
minha honra. Aprendi como dar audácia à minha palavra, ajudar o próximo em toda
e qualquer ocasião, conviver em ambientes naturais onde, muitas vezes, só tive
o básico para viver, dar meu melhor possível em todos os meus deveres, ter
disciplina e o fundamental: virei um exemplo nos ambientes que convivia. Cada
acampamento lava minha alma, compõe um milhão de histórias, deixa cicatrizes no
corpo inteiro e cria amizades para toda a vida. Esses amigos são também minha
segunda família, pessoas que nunca me abandonam. O escotismo é uma escola pra
vida.
Melhor que lições de vida para eu poder seguir a trilha rumo ao meu
mundo sonhado, é ter apoio. Meus pais me apoiam muito nos estudos, no meu
estilo de viver e sempre me apontam o melhor caminho a ser seguido. Em busca de
ajudar o próximo, dei início a outro trabalho voluntário, dessa vez, auxiliando
meu pai na criação da Fanfarra da APAE, com 60 alunos e profissionais
participantes. Todas as sextas feiras, meu pai e eu compartilhávamos os
ensinamentos para aqueles seres iluminados, os quais mudaram a minha vida, me
permitiram ser uma pessoa ainda mais sentimental. Fizeram-me ver a vida ainda
mais linda quando eu enxergava os pequenos detalhes que me rodeavam, e me
ensinaram que quando a gente ajuda alguém sem esperar recompensas, a gente
sempre recebe algo em troca.
Eu ajudei meu pai a criar a
fanfarra e recebi o carinho de cada aluno. Uns demonstravam mais, outros nem
tanto, mas cada um me conquistou de um jeito, e ganharam minha total admiração,
porque sempre foram muito empenhados mesmo com suas dificuldades.
Através de muito esforço, em árduos sete meses de ensaio, a Fanfarra da
APAE, sendo formada pelos excepcionais da instituição, abrilhantou a avenida no
desfile cívico de aniversário da minha querida cidade natal e, no ano seguinte.
A Fanfarra foi premiada no livro Pela Arte se Inclui do Ministério da Cultura
do Estado de São Paulo, como uma das 20 melhores iniciativas do Estado voltada para
pessoas com deficiência. Um ápice de orgulho ver que a minha existência
começava a ser útil.
Neste mesmo ano, decidi
fazer um curso técnico que me abriria novos caminhos na minha carreira. O curso
fica em um município há aproximadamente 75 km de minha cidade natal. Ele se
tornou a maior meta para o ano. Saí de casa aos 15 anos para fazer o curso de
um ano e meio, e concluir também os últimos anos do ensino médio. Morando com
uma senhora que eu conheci no dia que eu fui fazer o “Vestibulinho”, estou
concluindo o terceiro ano do ensino médio e o último semestre de Técnico em
Serviços Jurídicos.
Estar longe da minha família e dos meus amigos, não ter o conforto e a
liberdade de estar na minha casa é muito difícil, porque sempre fui muito
apegada à união familiar e valorizo muito minhas amizades, porém a experiência
que eu adquiri durante este ultimo ano foi algo importante precioso para mim. Convivo
com gente que me trata com um carinho especial, de tal maneira que se estabeleceu
uma ligação que jamais será rompida, pois está sendo uma fase que cheia de fatos
que me ensinaram muito.
Hoje eu sei que meu esforço me traz muitos resultados, e quando penso em
um mundo melhor, logo me imagino formada em Direito e seguindo carreira como
juíza. Lutando pelo mundo com justiça, de tal modo que eu possa ser exemplo
para os jovens que se empenham por um futuro melhor.
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