Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jogando conversa fora. Como Contar Histórias.

Jogando conversa fora são artigos em série onde quatro chefes discutem temas que no dia a dia vemos em nossas atividades escoteiras. Eles simplesmente levantam o problema que deixa para os leitores chegarem as suas próprias conclusões. Este é o sexto série. Os anteriores já foram publicados aqui. Se ainda não leu e quiser ler, peça pelo meu e-mail. Em PDF. elioso@terra.com.br



Conversa ao pé do fogo. Parte VI.
Jogando conversa fora. Como Contar Histórias.

                - É mesmo uma contradição, para desligar o computador clica-se no menu iniciar – Risos. – Vou lhe dizer francamente, todos os dias o computador me ensina algum. – Ensina a todos nós disse a Akelá. – Matheus já tinha servido os quatro. Desta vez o petisco era um frango a passarinho no ponto! – Digam-me, vocês contam histórias na tropa? – Claro que sim. Mas diferente eu acho de vocês lobinhos – Um Fogo de Conselho não pode ficar sem uma história. - Principalmente as de terror! Disse o Chefe Sênior – Eles adoram. Já soube de muitos que tremeram para voltar as suas barracas – Dizem que existem técnicas para isto é verdade? – Não sei. Já conheci muitos bons contadores de histórias. – Mas e então, como contar? Como atrair a atenção e quanto tempo deve durar a história? – Olhe, acho que tudo isto depende da história, depende do programa que vocês estão desenvolvendo.

                - Algum de vocês sabem onde se origina a palavra Shope? – risos gerais – Eu sei, Chopp vem do Schopp e é uma medida de volume. Equivale a 300 ml. Com o tempo a palavra passou a designar a bebida. – "Dê-me uma mulher que ame a cerveja e eu conquistarei o mundo." Sabe tudo este Chefe. Em breve vai ser um chefão lá nas cortes dos chefões. – A Pizzaria está vazia hoje – Matheus! O que houve? Sábado e vazio? – Não, hoje é carnaval, meus clientes gostam do bloco que fizeram e vão se divertir cantando e pulando – Eu conheci um Chefe que contava historias improvisando – Ele virava para a turma e dizia: - Me deem o tema e lhe darei uma boa história – Outro que conheci fechava os olhos, abria, imaginava onde estava e “pumba” saia outra história espetacular. – Eu sei como é – disse a Akelá – Outro dia contei uma nova parte da História de Mowgly – Eles gostaram? – Nada disto, um gritou – Akelá não tem uma de terror?

                 - Matheus sem fazer nada viu que os copos estavam vazios e logo trouxe outra rodada. Trouxe da cozinha especialmente para eles um bolinho de carne que deixou todos encantados querendo mais. – Um dia eu li que para cada sessão, para cada ocasião existe um tipo de história – Não sei não, mas não deve ser contada por mais de dez ou quinze minutos. – Se vocês notarem alguém abrir a boca ou olhar para o lado é hora de encerrar, insistir é fazer perder o interesse para uma próxima vez. – Eu já vi uma Chefe contar uma história de um criador de gado – tirou assim do ar e contou – A meninada não despregava os olhos dela. Ficou até meia noite contando – Claro se a narrativa, os gestos a impostação da voz estiver no contexto da história todos irão gostar. – Quer saber de uma coisa? – A perfeição não pode ser concebida só por uma boa história. Ela tem que ter alem da personagem uma boa dose de cerveja – E riu a vontade. – Mudando o tema da cerveja, eu nunca esqueço que as minhas historias são memorizadas, pois ainda não tenho o traquejo de criar e inventar na hora.

                    - Me disseram que vivenciar a história é o passo mais importante – Pode até ser e já vi alguns envolverem-se com ela de tal maneira que era como se todos nós ali presentes estivéssemos juntos junto às personagens – Mas já vi outro que se envolveu tanto com seus gestos e traquejos que a historia serviu para virar uma grande piada – Matheus! A saideira! – Já? Falta dez para as onze. – Estou com sono – Hoje vou dormir e contar uma história para mim – Mas esqueci de perguntar, é válido quando existe entre o Contador de História e os participantes dar espaço para duvidas, perguntas ou quem sabe pedir para mudar a história? – Sei lá! – Acho que pode sim. Como chamam hoje nos programas de TV? – Interagir! – Isto mesmo. Muitas vezes a falta de entusiasmo e do teor da história muitos passam a querer interagir e é uma hora perigosa. – Muitos falando e comentando jogam todo o trabalho organizado por terra.


                   - Despesas dividas iam saindo quando um disse – Sabem, existe uma coisa que me afeta profundamente. Os homens que não acreditam em seus lideres e contadores de história e aqueles outros que não gostam de uma boa cerveja! – Gargalhas gerais – Akelá não quer dividir o taxi? Não. O ônibus é barato, minha casa não é longe e tenho o passe livre – Viva a Akelá! E salta uma cerveja estupidamente gelada prú batalhão... E vamos botar água no feijão! 

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