Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Escotismo, uma maneira gostosa de ser feliz.



Crônicas de um Chefe Escoteiro.
Escotismo, uma maneira gostosa de ser feliz.

Era uma mesa simples. Nada diferente de tantas que ele um dia viu fazer. Era sua primeira. Teve a permissão de construí-la só. Era um desafio que ele mesmo fez para si. Decidiu com o Monitor onde seria o campo escolhido era grande e ela não deveria ficar longe da cozinha. Viu os outros planejando atividades mil. Sabia que sempre fora assim. Pensou como seria. Quantas achas de madeira, quantos bambus. Multiplicou, fez da álgebra a parte final para não errar as medidas de sua mesa. Mãos a obra. Uma machadinha e um facão eram instrumentos preciosos. Proximo ao bambuzal viu dois eucaliptos. Estavam autorizados no corte. Quando o primeiro caiu ele ia gritar “madeira”! Mas sentiu tristeza, pois ela ele sabia morrera nas mãos de um Escoteiro. Alguém lhe disse que cortando vinte centímetros acima da terra as mudas ao redor dariam outras três. Não ajudou, mas deu para esquecer a tristeza momentânea.

Arrastou-a por quinhentos metros. Longe. Não foi fácil. Voltou para os bambus e fez o mesmo. Tirou a camisa escoteira. O sol a pino, mas não dizem que os Escoteiros não se assustam com nada? Uma estaca e lá esta ele cortando e medindo sua madeira e bambus. Tudo pronto agora era fazer os buracos. Seriam quatro. Quarenta centímetros de fundo no mínimo para que a base fique forte. Uma hora, duas três. Estava agora terminando. Quantas amarras deu? Quantos nós fez? Agora fazia simultaneamente duas costuras de arremate. O suor não perdoava. Correu até o regato e lavou o rosto, deitou na beirada e bebeu a água pausadamente com a própria boca. Olhou de longe sua construção. Foi mais perto, pôs a mão na cintura fazendo pose. Olhou de um lado, passou para o outro. Estava deslumbrado com o que fez. Ninguém na patrulha observou ou elogiou. Puderas afinal isto era uma rotina de todos. Pegou a lona, jogou pela viga mestra, já tinha fincado a primeira forquilha. Ele ria da lona torta. Aguarde dona lona, ele disse. Mais quatro espeques. Pronto. Podia chover canivete.


No jantar viu quando todos pegaram seus pratos suas canecas e se dirigiram para a mesa. Ele foi o último. Queria vê-los todos em volta e sentados. Um espetáculo a parte de quem fez. Oraram. Senhor obrigado por esta refeição, obrigado pela natureza bela que nos deu para viver uns dias, obrigado senhor pela água límpida do córrego, obrigado senhor pela noite, pelos vagalumes e pela Dona Coruja que vai nos olhar com seus olhos espantados. Amem! Ele baixinho completou: - E pela força que me deu por ter feito a sala de jantar da patrulha. Obrigado Senhor. E ele dormiu tranquilo. Os calos nas mãos iriam fazer efeitos no dia seguinte. Os ossos do corpo doíam e iam piorar, mas ele não se importava. Tinha feito sua parte. Ele não era o único era mais um na patrulha. Dormiu feito um anjo e sabia que este dia seria para ele o inicio de muitos outros que iria mostrar a força de trabalhar em grupo. Isto é escotismo!

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