Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O esforço para fazer a promessa.


Conversa ao pé do fogo.
O esforço para fazer a promessa.

- Eu me lembro até hoje de como foi difícil para “tirar“ as provas de Noviço.  Uma época que tínhamos de “ralar” para se conseguir um distintivo, uma especialidade. Quando você via um com Segunda Classe podia se orgulhar. E a Primeira Classe? Ali estava um Escoteiro padrão. Era função do Monitor e eu sempre a pedir a ele para me aprovar logo. – Calma Escoteiro, ele dizia. Vamos com calma, dê tempo ao tempo. São três meses para você fazer seu “estágio”. Eu louco de vontade de vestir meu uniforme. Foi conseguido com sacrifício, pois era de família pobre. Comprei peça por peça. Todos os dias eu o olhava com carinho. Estava perfeito no guarda roupa. Engomado. Aprendi com o Monitor como passar e engomar quando necessário. O cinto já havia recebido várias “graxas” para “amaciar” o couro e fazê-lo durar mais. O metal brilhava, pois eu não economizava na pasta de dente (usada naquela época para manter o metal e seu brilho). 

Aguardava com ansiedade o dia da minha Promessa. Já sabia ela de cor e salteado e tinha até treinado em frente ao espelho, a “pose” que iria fazer. Só quem passou pôr isso sabe o valor da Promessa. Naquela época ninguém vestia o uniforme antes da promessa. Acho que foi por isto que sempre me orgulhei em vesti-lo. Lembro-me do Chefe mandando voltar para casa, jovens que chegavam com ele. A disciplina fazia parte da nossa tropa. Nosso Chefe dizia que precisamos aprender o tempo certo para tudo. – Você não precisa correr para alcançar seus sonhos. Sua luta no dia a dia lhe dará força para conseguir todos eles, os sonhos de sua vida.

- Entendia perfeitamente o significado da Promessa e da Lei Escoteira. - Era sempre assunto no “Conselho de Patrulha”. A Corte de Honra tinha aprovado minha promessa e o próprio chefe conversou diversas vezes comigo a respeito. Mamãe ria quando me via no espelho - De novo filho? De novo sim. Eu sempre me olhava com o uniforme e me orgulhava. Lembro-me que o Chefe disse um dia que Baden-Powell nosso fundador dizia que o uso correto do uniforme e a elegância na aparência, tornam-nos motivo de credito para o movimento. Por outro lado um Escoteiro desleixado, mesmo vestido, pode causar aos olhos do público uma péssima impressão sobre todo o movimento Escoteiro. E ele dizia que se lhe mostrassem alguém assim ele iria provar que aquele Escoteiro não conseguiu pegar o verdadeiro Espírito Escoteiro. Completava – Ele não se orgulha de ser um membro da nossa grande Fraternidade.

Marcou-me profundamente estas palavras. Daí em diante iria me portar com um verdadeiro Escoteiro, não só nas palavras e ações, mas também na minha apresentação pessoal. E Quando chegou o dia da minha promessa foi o mais feliz em minha vida. Aquele uniforme tinha um valor tremendo. Lutei pôr isto. Mereci usá-lo. Os desafios das demais provas seriam mais fáceis agora.

Nunca mais esqueci aquele dia. A Promessa Escoteira marca por toda a vida! Ela nunca vai ser esquecida e olhe, não importa a idade. Desde menino até a idade da saudade. Quem fez sabe disto.

“Prometo, pela minha honra, fazer o melhor possível para cumprir meu dever para com Deus e a minha Pátria. Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e obedecer a Lei do Escoteiro”!

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