Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Vocês conhecem a guerra no Brasil?


As crônicas de um aposentado.
Vocês conhecem a guerra no Brasil?

             Não gosto de misturar alhos com bugalhos. Considero-me um expert em escotismo. Conheço profundamente. Arrosto mesmo que sou bom nisto, sei fazer já fiz e os resultados foram bons. Escotismo para mim não tem segredos. Mas estive pensando se não devia escrever outros temas do nosso dia a dia. Alternar escotismo e as coisas da vida. Claro que no livro arbítrio todos têm direitos a pensar e acreditar em suas convicções e de maneira nenhuma quero mudar uma concepção de ideologia ou pensamento. Vamos lá. Alguns estão postando nas redes sociais sua discordância ou revolta do que se passa em Gaza, na Palestina por forças armadas de Israel. O numero de mortos a cada dia aumenta. Muitas crianças e ficamos a pensar até onde vamos. Não dou razão a ninguém. A guerra, dizem que só os mortos conhecem seu fim. Mas vocês sabiam que temos uma guerra surda e muda em nosso país? Uma guerra que a cada dia tira a vida de um jovem ou adulto, que não respeita a cor, o credo ou a classe social?

               Os acidentes em moto estão ceifando a vida de muitos. Quem se sente dolorido por ter perdido um ente querido sabe como é. Não adianta falar que respeito às leis de trânsito resolvem. Eu mesmo fico boquiaberto quando estou dirigindo nas ruas de São Paulo. Tenho um filho que usa uma moto para trabalhar. Rezo por ele todos os dias. Ele tem esposa e dois filhos. E quantos a cada dia morrem deixando para trás seus filhos e esposa? Você sabia que só em São Paulo Morrem cinco por dia? Mais que o dobro é internado em hospitais? Muitos destes voltaram para casa em uma cadeira de rodas. Li que as mortes em todo Brasil superam as 40 por dia. 40? Isto mesmo. Faça o calculo 120 por mês, 1.440 por ano. E os feridos quantos são? Isto não é uma guerra? É, temos mesmo uma guerra no Brasil. Sei que muitos desfraldaram uma bandeira para evitar esta guerra. Ela machuca, ela dói quem perde um ente querido sabe como é.

                As guerras existem deste o começo do mundo. Nós humanos sempre queremos defender nossas ideologias, nossas crenças, nossas raízes e é um orgulho em dizer que se for preciso darei minha vida pelo meu país. Mas aqui temos uma guerra e pouco se comenta. As leis são criadas, mas que se preocupa? Lei? Ora a lei! Se ela é boa para mim ótimo. Se não que ela se dane. Culpar o motorista? O motoqueiro? Culpar as leis? Porque não acabar com esta guerra? Qual a solução? Não perguntem para mim, perguntem para quem morreu quem bateu, quem está chorando a morte de um que se foi ou então para as autoridades e aqueles que estão a pedir votos prometendo tudo. Afinal guerra é guerra, e vence sempre o mais forte. O automóvel. Ele seria o culpado? Procurar culpas não sei se adianta, pois prantear um ente querido que nunca mais vai voltar não é fácil. É como um punhal encravado no coração para sempre em uma mãe, em um pai e em irmãos que o amavam.


                    Vamos lutar para que acabe as guerras no mundo. Não só a da Palestina. Existem muitas outras que devemos levantar nossas bandeiras. O Cristo veio ao mundo para muitas coisas, a principal é que ele sempre dizia - Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Não é só palavras para tentar amenizar a dor de uma perda. Atos e fatos e ambos os lados deveriam parar por um minuto nas estradas, nas ruas e pensar – O que posso fazer para ajudar? Sei que isto é impossível. Voltemos nosso pensamento para o Brasil. Morrem jovens, morrem adultos, morrem velhos, São mais de 1.400 mortes de motoqueiros por ano. O mesmo número ou mais que serão condenados a viver em uma cadeira de rodas pelo resto da vida. Quem sabe o dobro daqueles que terão sequelas pelo resto da vida. As doenças que matam existem em todo o mundo, mas aqui fora as doenças temos uma guerra. Tem muitos perdendo a vida por nada. Não adianta esconder, aqui também tem uma guerra que mata sem dó e sem piedade. Mas afinal, quem liga? Quem se preocupa? O que estes candidatos hoje dizem? Tem solução?

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