Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Vamos acampar?


Uma pequena crônica Escoteira.
Vamos acampar?

                 Doces palavras. Todos vibram. Até os faltosos mandam perguntar se podem ir. E quem prepara o acampamento? Monitores? Chefes? Pais? – Não importa, importa é a diversão da escoteirada. Até mesmo a lobada adora um acantonamento. E aí então aparece o cardápio. Cada grupo tem sua forma de ter um. Alguns as mães ajudam, outros mais ricos tem a nutricionista. A lista fica pronta, compras no supermercado, empacotar e lá vem o material de campo. Não vamos comentar aqui, pois já foi motivo de um artigo meu “Acampamento de Giwell”. (disponível em PDF) Não esquecer o pedido de autorização, o oficio ao Distrital e lá foram os bravos badenianos para o campo.

                  Já soube que tem pessoas de bem com a vida e na sua profissão a estudar a alimentação dos Escoteiros. Não desmereço e nunca vou desmerecer. Tudo que vem para melhorar a qualidade seja na formação como na alimentação Escoteira é valido. Mas como sou um chato de galocha tenho que dar meus pitacos. Claro que lembrando os velhos tempos. A alimentação? Ração A, B ou C. A “A” para atividades curtas de 12 a 15 hs, a “B” para as de dois dias completos a três dias. “E a C” para os acampamentos mais prolongados. Todos tinham sua lista em casa. Já sabiam o que levar. Sabiam de cor. – Arroz, feijão, batata e macarrão. Dois pedaços de linguiça, sal, gordura de porco (não havia óleo de cozinha na época) e tinha alguns que não esqueciam a pimenta ou uma cebola.

               Ninguém se dava ao trabalho de fazer compras para isto. Taxas de acampamento? Deus me livre. Não esquecer a querosene para o lampião. Em todas as casas não faltavam estas iguarias. Colocados em um potinho, em um saquinho bem embalado, no canto da mochila e lá no campo o intendente ou o cozinheiro juntava tudo. Claro, sem esquecer um pedado de sabão em barra. Fome? Ninguém passava. Não faltava também um bom peixe frito pego lá na lagoa e ou no rio. Verduras? O mato tinha de sobra. Lobrobô, Maxixe, abobora nas barracas dos rios, mandioca, goiaba, mamão, e para sobremesa uma “cana Cayana” Não esquecer um quati, um tatu, umas rolinhas gordinhas ufa! Delicia. Mas hoje esqueçam. Não podemos fazer isto. Uma vez Romildo queria matar um Jacaré pequeno. Matou. O Monitor era durão. Até que a carne não foi ruim. E viva a “Modernidade”.

              Como diz um amigo meu, nas grandes cidades se quer acampar pague. Pagar? Sim, tem a taxa do acampamento, tem taxa do fazendeiro ou recanto onde se pretende montar barraca. Nada é de graça. Hoje não se pode mais fazer o que fiz. E olhe, eu concordo. Proteção da fauna e flora faz parte da vivencia Escoteira. Mas uns peixinhos? Matar pássaros e bichos não pode e nem se deve matar. Assim em brinco com todos. Vai acampar? Leve carne da Friboi. Quem sabe o Tony Ramos aparece por lá para dar os parabéns. E o preço? Sei não. Mas o salário ôôô”.

  

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