Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Lord Baden-Powell of Gilwell, cidadão do mundo!


Lord Baden-Powell of Gilwell, cidadão do mundo!

                      Baden-Powell foi sempre um apaixonado pela África. Não só adorava este continente, mas também as suas pessoas e a sua cultura. Desde cedo que estudava os seus dialetos, procurando conhecer os povos africanos, respeitando-os como aliados e adversários. BP seguiu de perto o povo Zulu que se impressionou com o jovem militar britânico, sobretudo pela sua coragem e destreza. Este povo atribuiu-lhe vários nomes com base em aspectos da sua personalidade.

 M’hlalapanzi – O homem que faz os seus planos com cuidado;
 Kantankye – O homem do chapéu grande;
 Impeesa – O lobo que nunca dorme;

 Baden-Powell de todos os nomes que os Zulus lhe deram aquele que sempre admirou foi o de Impeesa, por considerar o maior elogio que jamais recebera.
Impeesa é o apelido dado pelos nativos da África do Sul para Baden Powell e significa "O lobo que nunca dorme" e refere-se à grande capacidade que tinha em planejar e perseguir seus inimigos.

Vem o que Baden-Powell escreveu como ser feliz, embora rico ou pobre.

Uma viagem de canoa é semelhante à viagem da vida. Um Velho marujo deve passar adiante os segredos da pilotagem. O único sucesso verdadeiro é a felicidade.  Dois passos para a Felicidade: - Levar a vida como se fosse um jogo e dar a todos amor. Os burmeses são um exemplo de povo feliz. A felicidade não é um simples prazer, nem consequência da riqueza. É mais o resultado do trabalho ativo, do que o gozo passivo de um prazer. Seu sucesso depende do seu esforço individual na viagem da vida. E de evitar certas escolhos perigosos. A autoeducação, em continuação ao que você aprendeu na escola é necessária. Vá para a frente com confiança. Conduz com o Remo a sua canoa.
Lord Baden-Powell.




A origem do apelido Baden-Powell

                                  Todos conhecem o nome do nosso fundador: Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. Entre os Escoteiros, é mais conhecido simples e carinhosamente por B-P. Estas iniciais do seu apelido parecem ter sido feitas à medida para o lema que adotou para o Escotismo: “Be Prepared”. Já quando criou e organizou a Polícia da África do Sul, em 1900, os seus homens adotaram o mesmo lema, coincidente com as iniciais do seu comandante. No entanto, Baden-Powell não nasceu com este apelido, mas apenas Powell. Ou seja, nasceu Robert Stephenson Smyth Powell, na família Powell.

                                  O pai de B-P, um professor universitário de renome, falecido em 1860, chamava-se Baden Powell, sendo Baden o nome próprio e Powell o apelido. Alguns anos depois do seu falecimento, a mãe de B-P meteu na cabeça a ideia de mudar o apelido da família para Baden Powell, para homenagear o seu falecido marido e perpetuar o seu nome. O advogado da família tratou da legalização do duplo apelido e, a 21 de Setembro de 1869, através de uma notificação pública, todos os membros da família tomaram o apelido Baden Powell. No entanto, este apelido trazia alguns embaraços ao irmão mais novo de B-P, Baden, que agora se chamava Baden Baden Powell.

                               O problema resolveu-se em pouco tempo, com a introdução de um hífen no meio do duplo apelido. A mãe de B-P demorou algum tempo para conseguir que os familiares e amigos se habituassem a usar o duplo apelido com hífen, mas a persistência valeu a pena, não escapando, contudo, a que a família se referisse a ela, na brincadeira, como a “senhora hífen”. Em breve, os colegas de escola do nosso fundador trataram de abreviar o seu apelido para B-P, assim como aconteceu com o resto do mundo.


Você sabia que Baden-Powell não nasceu Baden-Powell?  Seu nome inicial era Robert Stephenson Smyth Powell sem o Baden. Quer conhecer a história? Fique a vontade!




Memórias de Baden Powell

                    Depois de escrever o meu livro, Escotismo para Rapazes, eu naturalmente pensei que as organizações dos meninos iriam utilizá-lo pelo seu trabalho e haveria pouco para eu fazer sobre o assunto. Mas antes de muito tempo, na primavera de 1909, eu percebi que muito dessas organizações, centenas de garotos se formavam Tropas Escoteiras. Foi em 1909 que o rei Edward tinha tido sua conversa comigo sobre o movimento. Apesar de ter sido, em seguida, apenas na sua fase embrionária Sua Majestade viu tais promessas e possibilidades e por isto me incentivou a tentar fazer uma grande concentração.

                   Motivado eu fiz o que minha mente dizia. Um convite foi enviado a todos os escoteiros para em um determinado dia fazer um encontro no Palácio de Cristal, e isso resultou em um desfile com a presença de mais de 11.000 escoteiros. Foi o maior agrupamento de meninos, o que nunca tinha acontecido até agora e olhe que o movimento não tinha dois anos! Isso foi um pouco de uma bomba para mim. Vi que eu não podia continuar no exército e ficar com o escotismo. Devia deixar um ou o outro?

                  Mas do ponto de vista pessoal, eu tinha cinquenta e dois anos e era um tenente-general, e, portanto, no alto da escala profissional para a minha idade: ao mesmo tempo em que seria uma pena deixar esse novo crescimento vacilar e desaparecer, e ainda assim eu não conseguia ver ninguém que poderia ou iria levá-lo na mão naquele momento. Como eu já disse, o Rei havia me questionado sobre esse ponto e sabendo que ele tinha entendido completamente a ideia, deixei em suas mãos para dizer qual curso eu deveria tomar. Eventualmente, ele concordou que eu devia organizar os Escoteiros e isto foi o mais importante para mim. Então, pedi demissão do Exército.

E o escotismo floresceu!




Fraternidade Mundial.
Baden-Powell no encerramento 1º Jamboree Mundial, Olympia, Londres, Agosto 1920.

“Irmãos Escoteiros, peço-vos que façais uma escolha solene”. Existem diferenças de pensar e de sentir entre os povos do mundo, tal como existem diferenças físicas e de línguas. A guerra ensinou-nos que, se uma nação tentar impor a sua vontade particular às outras nações, uma cruel reação seguir-se-á inevitavelmente.

O Jamboree ensinou-nos que, se exercitarmos a tolerância mútua e o hábito de fazermos concessões recíprocas, então haverá compreensão e harmonia. Se for essa a vossa vontade, partamos daqui totalmente decididos a fomentar essa camaradagem entre nós e entre os nossos rapazes, através do espírito mundialmente espalhado da Fraternidade Escotista, para que possamos ajudar a desenvolver a paz e a felicidade no mundo e a boa vontade entre os homens.


Irmãos Escoteiros, respondei-me. “Unam-se a mim neste propósito.”

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