Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Qual a diferença entre escoteiros e bandeirantes?


Conversa ao pé do fogo.
Qual a diferença entre escoteiros e bandeirantes?

                   Desde 1909 até hoje essa pergunta ainda existe, com o passar do tempo essa pergunta teve diversas respostas. Muitos sempre tentavam comparar os dois movimentos em quantidade de membros, como em ocupação no espaço terrestre, e quem sabe interplanetário, mas extensa e complexa ficava a resposta para uma simples pergunta. Já podemos considerar essa pergunta uma questão para decidir uma prova de vestibular ou concurso, pois nem mesmo quem participa desses movimentos sabe responder essa resposta de maneira exata, precisa e matemática. Existem diversas formas de responder essa pergunta, muitas delas nem sempre agradam a todos, por isso a complexidade, pois como tentaremos responder aqui essa pergunta, acreditamos que ainda haverá muitas controvérsias.

                 Para começar a responder essa pergunta e tentar ser o mais completo e exato possível, iremos utilizar, aqui, algumas versões que foram coletadas, mas para ficar claro principalmente aos leigos no assunto, vamos primeiro explicar do que se tratam em geral esses movimentos que além de toda a diferença que existe entre eles, ninguém negará que esses dois movimentos são irmãos de mesmo pai e de mesma mãe. Antes de 1909 o Movimento Bandeirante não existia, aliás, esse movimento só começará a existir em 1919, e somente no Brasil. Mas existia somente o Movimento Escoteiro que é oficialmente iniciado em 1907, lá em Londres, feito somente para meninos, aprenderem brincando e explorando o mundo a se tornarem homens de bem.

                   Então em 1909, essa brincadeira conquistou algumas meninas, que seriam as primeiras “scout girls”, mas num mundo masculino. Eis que o Movimento Escoteiro ganhou uma tia, titia Agnes, irmã do Fundador do Movimento Escoteiro Mundial Robert Baden Powell, que logo depois daria uma mãe ao movimento, sua esposa Lady Olave Baden Powell. A partir daí temos dois movimentos irmãos de mesmo pai e mesma mãe, Movimento dos Escoteiros (WOSM) e Movimento das Escoteiras e Guias (WAGGGS). Até aqui acredito que a resposta está simples e tranquila, porem o movimento desses movimentos começou a complicar. E como estamos no Brasil, e a nossa pergunta ainda não consta onde Movimento Bandeirante entra nessa história, vamos pular para 1919 onde enfim o Movimento Bandeirante aparece e começa a complicar essa resposta. 

                   Em 1919 o Movimento das Escoteiras e Guias chega ao Brasil através, como consta nos registro, das mulheres da elite carioca (e juramos isso não é coisa de novela), que simplesmente implantaram o movimento feminino aqui no Brasil, fazendo uma pequena alteração como uma tradução e homenagem, para o nome Bandeirante.
Ótimo então ficava simples, se um garoto pedisse ao seu pai, que gostaria de ser escoteiro, bastaria levá-lo a um grupo escoteiro, onde diversos meninos iriam brincar e aprender sob os princípios do escotismo a se tornar homens de bem de uma maneira bem masculina. E se fosse uma menina bastava levá-la a um núcleo bandeirante, onde várias meninas aprenderiam e brincariam também sobre os princípios do escotismo, ou como seriam chamadas de bandeirantismo, a se tornarem mulheres de respeito.

                  Não seria nada de mais se em 1919, ser menina e participar de um movimento feminino não fosse visto como algo um tanto revolucionário demais, e olha que não era, pois as meninas aprendiam muito bem a cuidar da casa, a cozinha, a ser prendada, a ser uma ótima esposa, mas sem querer elas aprendiam um pouco mais é claro, mas essa versão talvez seja somente uma hipótese, afinal como o passar do tempo esses movimentos foram vistos também como algo careta e sinônimo de pessoas bobas que usam uniformes e meião. Mas confessamos que mesmo amando nossos uniformes por causa de tudo que eles significam para nós, sabemos que é meio ridículo passear por aí impecavelmente uniformizados, e quanto mais impecáveis estavam os nossos uniformes mais orgulho temos deles, cada distintivo, cada broche, o meião, o cinto, um chapéu, nosso lenço, às vezes rimos daqueles que não entendem. 

             Com o passar do tempo outra hipótese seria que por serem movimentos irmãos, mas talvez também por isso um tanto concorrente e competitivo pela atenção, os movimentos começaram a se misturar, então meninas poderiam ser escoteiras e meninos poderiam ser bandeirantes. Hoje isso já é visto como algo comum, mas existem histórias de que as meninas no movimento escoteiras mesmo aceitas, só poderiam participar realizando tarefas consideradas exclusivamente “de mulher”, mas no movimento bandeirante por ser feminino, não existia tarefa só “de mulher” então os meninos aprendiam logo a dividir todas as tarefas, mas se sentiam umas menininhas e muitas vezes tinha vergonha de dizer que eram bandeirantes.

                Desta maneira o Movimento Escoteiro por toda sua origem e formação masculina ainda tem uma forte presença de aspectos masculinos em suas atividades, e aparência, o que atraí muito meninos e meninas que tem como interesse, atividades mais bruscas, mais agressivas, mais robustas, mais físicas, coisa de pai pra filho. E o Movimento Bandeirante por outro lado pela origem feminina, atraí mais meninos e meninas que gostam de atividades mais delicadas, mais detalhadas, mais floreadas, ou coisa de mãe pra filha. Mas aqui entra outro fato que pode confundir os interessados em ingressar em qualquer um dos movimentos, vale também considerar a característica do grupo escoteiro ou do núcleo bandeirante, pois pode haver núcleos bandeirantes que tem uma forte característica do movimento Escoteiro, como o contrário onde um grupo escoteiro com muitas características do movimento bandeirante. Afinal assim como conhecemos muitos escoteiros que se tornaram bandeirantes, como deve haver também muito bandeirante que se tornou escoteiro. 

                Aí surge uma pergunta por que ambos os movimentos que são tão parecidos não se tornam um só? Diríamos que isso é somente uma questão burocrática de briga de irmãos, que se divertem em sempre discordar que são parecidos.
Mas vamos à parte física das diferenças:

Escoteiro
Bandeirante
- símbolo flor de lis (três pétalas)
- símbolo trevo de três folhas
- associado ao WOSM (Mundial)
- associada à WAGGGS (Mundial)
- União dos Escoteiros do Brasil
- Federação de Bandeirantes do Brasil
- uniforme da cor do tipo de escotismo e/ou faixa etária
- uniforme azul marinho, e azul marinho e branco.
- lenço colorido conforme o grupo escoteiro
- 6 cores de lenço conforme faixa etária
- nomenclatura: lobinho, escoteiro, pioneiro, sênior, chefe.
- nomenclatura: abelha ou zangão, fada ou mago, B1, B2, guia, guia-auxiliar, coordenador (a).
- lei: o escoteiro é...
- lei: ser bandeirante é... (antes era: a bandeirante é...).

                  Está mais tranquila agora acha que está com sua pergunta respondida? Pois não fique não, pois a intenção aqui não é essa, e como dissemos antes esse blog é bandeirante e tem a missão de dizer que ser bandeirante é muito melhor que ser escoteiro, e ainda que for bandeirante do Núcleo Piratininga é muito melhor que ser bandeirante de qualquer outro núcleo, mas como “Ser Bandeirante é valorizar a estima e a amizade”, temos que falar muito bem de nosso irmão escoteiros e bandeirantes, mas como também “Ser Bandeirante é ser leal e respeitar a verdade”, confessamos sim que estamos puxando algumas sardinhas a mais para o nosso lado. 
Artigo retirado da Internet.




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