Conversa ao
pé do fogo.
Hinos canções
Ajuris e o escambal.
“No grande jogo da vida, a Lei do Escoteiro é a nossa Lei”.
Chefe João Ribeiro dos santos.
Viemos do norte, do sul e do
leste, viemos do oeste,
de todo Brasil. Das praias, dos papas, Dos campos dos montes e
Dos horizontes de todo Brasil. Das grandes cidades,
Das vilas mais belas, Das casas singelas De todo Brasil.
Mochila nas costas bandeiras ao vento.
de todo Brasil. Das praias, dos papas, Dos campos dos montes e
Dos horizontes de todo Brasil. Das grandes cidades,
Das vilas mais belas, Das casas singelas De todo Brasil.
Mochila nas costas bandeiras ao vento.
Para o acampamento de todo o
Brasil
Eu gosto de cantar. Saudades de uma
viola, uma harmônica a tocar em uma clareira em uma noite de luar. Ouvir
sinfonias Escoteiras as mais belas no piscar das estrelas e junto a amigos
queridos. Ninguém esquece as horas que passamos em volta de uma fogueira, vendo
uma ave trigueira a passar por ali... E sorrir batendo suas asas ao sabor do
vento e partir. O Escoteiro e rápido em entender os ruídos da noite, as
fagulhas que dançam como fantasmas amigos e desaparecem no céu. – De onde é
você? Sou do norte diz um escoteiro em alto e bom som. – E eu do Sul diz
sorrindo um gaúcho qualquer. – Não se
esqueçam de mim sou do leste e este é meu amigo do oeste. Viemos de longe de
todos os horizontes do rincão brasileiro. Tem muitos de nós a voar por aí nas
asas ligeiras da imaginação e dizer: - Nasci em grandes cidades, morei nas
vilas mais belas, em casas singelas de meu Brasil brasileiro. Sou peão sou
boiadeiro e hoje Escoteiro com minha bandeira solta ao vento, eu estou indo
para o acampamento de todo Brasil!
Se ele é gaúcho. Você do amazonas, De baixo da lona são todos irmãos
Qualquer cor ou classe, Qualquer raça ou credo
Despertam bem cedo são todos irmãos
Fazendo a comida universitários Peões e operários
São todos irmãos. Nascido em palácio, nascido em favela
Lavando a panela, são todos irmãos.
Escotismo é assim, a gente dá as
mãos, um sorriso, um sempre alerta gostoso, e se ele é gaúcho valente, ou se é
um amazonense, não importa, pois debaixo das lonas são todos irmãos. Não
importa quem você é, se é escoteiro é amigo sincero, e não importa sua classe
ou cor, seja de que raça ou credo for. Esperamos alegre o amanhecer, agora
somos todos irmãos, e quando formos fazer a comida, se eu sou peão de boiadeiro
e você universitário brioso brasileiro não importa somos todos irmãos. Olhe ali
aquele, nasceu em um palácio de ouro e o outro na favela dos anzóis, mas agora
juntos cantando no riacho, lavando as panelas eles dão as mãos, pois são todos
irmãos. Aqui não se chora, aqui se ama, corremos pelos campos, brincamos de
farol, na praia do arrebol. É bonito demais, a Escoteirada jogando a laçada
fazendo mais amigos seja de onde for.
O Ajuri Nacional, Do Rio de
Janeiro,
É o marco triunfal do ano escoteiro,
Comemoramos o centenário de Baden-Powell o fundador,
E do escotismo o cinquentenário,
Do acampamento da Ilha de Brownsea,
Na Ilha do Governador.
É o marco triunfal do ano escoteiro,
Comemoramos o centenário de Baden-Powell o fundador,
E do escotismo o cinquentenário,
Do acampamento da Ilha de Brownsea,
Na Ilha do Governador.
É uma epopeia que poucos puderam
viver. Viver nas campinas, nas praias mais lindas, sentindo o sabor do vento,
nos acampamentos de todo Brasil. Quem não foi viveu lá também. Se nasceu em
outra era está lá também. Afinal esta toada, tocada em noite enluarada encantou
os céus do Brasil. Não existe ninguém que se vestiu Escoteiro e cantou o ano
inteiro não se lembre desta prosa, que de tão formosa ficou para sempre no
coração de todos nós. Podemos um dia nesta terra querida aprender outra canção,
mas igual a esta, desculpe eu não sei não!
Nota – Em comemoração ao
centenário de nascimento de B-P e os 50 anos da fundação do Escotismo, a UEB
realizou em fevereiro de 1957 no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador
Zona Norte do Rio de Janeiro, o II Ajuri Nacional, cuja Canção “AJURI NACIONAL”
composta pelo Chefe João Ribeiro dos Santos, falecido em 19/03/1970, aos 59
anos, é lembrada até hoje nos cancioneiros escoteiros.
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