Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 19 de março de 2015

Crônicas de um Velho Aposentado. Que país é esse?



Crônicas de um Velho Aposentado.
Que país é esse?

Que País é Esse?
Legião Urbana – Compositor Renato Russo.

Nas favelas, no senado, sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.
Que país é esse? Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia, na Baixada fluminense
No Mato grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso, mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis ao descanso do patrão
Que país é esse?
Terceiro Mundo se for, piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas dos nossos índios num leilão.
Que país é esse? Que país é esse? Que país é esse?

Primeiro ato: - Ministro da corte, famoso pelas viagens com a sogra à França em jato pago pelo seu estado, pagou por uma simples apresentação seiscentas mil pilas a uma cantora famosa na inauguração de um hospital que até hoje não funciona. Agora é um Chefe educador ou era. Vai transformar ou iria transformar a Pátria Educadora em nosso país do futuro (deles é claro). Chama de achacadores (Enganados – ultrajados) uma turba eleita pelo povo. Estes se sentem ultrajados (?) e convidam para o dito cujo se explicar em sessão plenária. Ele foi, falou o que devia ou não devia? Confirmou que muitos ali achacam Dona Presidenta. A turba caiu de pau, se sentiu ofendida, pode? O Presidente da turba o mandou embora. Suma seu porcalhão! Aqui não! Sou o galo do pedaço! Já prometi um balaço no Janot! Ele foi sorrindo, chegou no palácio e meteram o pé na bunda dele. Suma! Tá desempregado! Aí eu pergunto – Que país é esse?

Segundo ato – Mil promessas, mil mentiras, o país seria muito mais que Xangrilá o pais da felicidade no seu segundo mandato. Eleita colocou as garras de fora. Seu compincha da fazenda foi fazer criar boi no raio que o parta. Colocou um novo na fazenda de criação de gado. Corta aqui, corta ali, a luz sobe, a água falta, a inflação sobe, a mulher diz: - Marido a feira está mais prá lá do que prá cá! Dizem que nossa caderneta nacional de poupança brasileira acabou e a chinesada tomou conta. Não tem mais farra para Salario Família, Minha Casa minha vida (eu até hoje nem chamado fui) e por aí vai. E viva o FMI do FHC. O Povo se revolta, quase dois milhões  as ruas para existir um  Impeachment contra a mandatária do país. Um instituto famoso diz que seu prestigio não passa de dez por cento. Está caindo mais que dente podre na boca do pobre. A corte berra, reuniões se fazem acontecer. Agora todos os dias lá está ela na TV propagandeando seus feitos. Eu mato a saúva e salvo o Brasil! Ela diz. E eu pergunto: - Que país é esse?


Terceiro ato – Um Presidente que não gostava de estudar, disse que o Brasil seria outro depois dele. Alardeava que o petróleo é nosso (nunca ganhei uma gota, só paguei, portanto não era meu). Que um tal de pré-sal iria mudar o Brasil. Escola de graça, hospital de graça, remédios de graça, que a saúde iria ser bombástica. Putz. Dois anos esperando uma operação de catarata. Ligo para o hospital e pergunto: - Oi chegou a minha vez? Aguarde seu merda, tem milhares na sua frente. O Presidente atente ao compadrio que fez para governar. Coloca em postos chaves homens de confiança. Deles é claro. A roubança antes calada nas esquinas do mensalão, agora petrolão foi descoberta. Milhões e milhões de dólares ou melhor euros na Suíça, na França, no raio que o parta. Um juiz fodérrimo está levando toda à cambada para o xilindró. Um alto dono de empreiteira reclama que tinha mordomo para limpar seu traseiro e agora tem de agachar para dar sua borrada diariamente e sem papel. Limpa com o dedo moço! Está explicado que País é esse!

Quarto ato – Publique-se! Novo código civil. Agora o país vai mudar. Novas normas, novos atos; - Roubou? Danou-se. Matou? Xilindró – E a dona do Brasil diz que vai acabar com a corrupção. E eu dou risadas pensando se acredito. Quem será o novo homem que o poderoso PMDB vai indicar para a Pátria Educadora? E ainda falta a Vale, as elétricas, a Roubobrás e tantas que fazem a festa dos cupinchas – E aí eu pergunto: - Que país é esse?


Quinto ato – Vem aí o Congresso Nacional ou melhor Assembleia nacional Escoteira. Micharia. Coisa de quinhentos e poucos mangos para ficar lá. Dizem que lá não tem achacadores e nem corrupção (?). Se for você não vai ver eleições dos mesmos de sempre, conversas nas salas escuras para aprovar o que cada presidente regional quer, gente andando aqui e ali, abraçando, sonhando em ter um carguinho lá. E os de sempre batendo ponto na diretoria dos mandatários. E aí eu pergunto: Que país é esse? Ou melhor, que escotismo é esse?   

quarta-feira, 18 de março de 2015

Mensagem do Homem Triste



Mensagem do Homem Triste

Passaste por mim com simpatia, mas quando me viste parado, indagaste em silêncio porque vagueio na rua. Talvez por isso aumentou o passo e, embora te quisesse chamar, a palavra esmoreceu-me na boca. É possível tenhamos suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati, em vão, de oficina a oficina, de fábrica em fábrica, de loja em loja... 

Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar dignamente o meu pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade, e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despediram-me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão. Não sei se notaste quando o guarda me arrancou à contemplação da vitrina, a gritar-me palavras duras, qual se eu fosse vulgar malfeitor. 

Crê, porém, que nem de leve me passou pela mente a ideia de furto; apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno a casa. Ignoro se observaste as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando-me embriagado, só porque eu tremesse encostado ao poste; afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo não tive coragem de explicar-lhe que não tomo qualquer alimento, há três dias... A ti, porém, me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação. 

Agradeço a dádiva que me estendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver. Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou teu irmão.


B O A     N O I T E!