Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Podemos servir de exemplo?


Hora de dormir, amanhã é outro dia...
Podemos servir de exemplo?

                     Cada um tem o direito de pensar e agir conforme suas convicções. É um direito democrático. Estamos passando por uma fase de transição em nosso país. Nem sei quanto vai durar. Pode ser que em centenas de anos ainda não iremos atingir o consenso de concordância mútua. Se você age de maneira nervosa a cada esquina onde passa com seu carro discute, grita e se não tem a calma suficiente para cantar e pensar em flores quem sou eu para criticá-lo. Se você em pleno dia de semana tem tempo para protestar junto a milhares de outros por algum que acredita porque seria eu a discordar? Afinal você tem tempo e eu não tenho. Se você sabe que seu filho vai lá nestes protestos e é preso ou mesmo uma selvageria policial acontece com ele o que posso dizer? Ele é inocente? Bem o meu não estava lá. Eu o eduquei de outra maneira. Ele era um Escoteiro.

                   Isto até que é compreensível. Uns querendo mais direitos, mais condições de vida e outros aproveitando a boa fé para prejudicar alguém que não prejudicaram você ou todos que estão ao seu lado. Parar uma cidade e alardear que são os tais, prejudicando o cidadão com seu veículo que depois de um dia de luta em seu emprego volta para casa cansado e eis que: - Centenas de pessoas estão na rua, fechando tudo, batendo no seu capô, chutando, riscando e amassando seu veículo não se entendo este modo de protesto. E quando uma ambulância ao socorrer alguém não consegue chegar a tempo em um hospital por causa de ideologias e/ou fatos que não estão em minha opinião dentro dos princípios do respeito mútuo. Não encontro justificativa para isto. O meu direito termina onde começa o seu. Eu tento entender a mágoa de muitos, alguns tem e não podem e outros podem e não tem. Como justificar um  panelaço, a vaia? Fiz como todos as minhas escolhas. Se eu escolhi errado o erro foi meu. Não sou fã da presidenta, não votei nela, mas ela a maior autoridade no país e queira ou não merece o respeito dos que votaram nela e dos demais brasileiros.    

                  Respeito não significa concordar, apoiar. Respeito sim por uma autoridade constituída. Pecamos por amar um país lançar uma bandeira do Brasil no ar, cantar nosso Hino Nacional e não sabermos respeitar quando se faz a ocasião. Nossos filhos estão aprendendo a vaiar, a defender bandeiras sem saber se são certas ou erradas. Nossos exemplos se perdem, mas não julguemos que tudo vai mal. Não são todos. Uma pequena parcela em ação e outra em casa tomando posições. Um amigo meu que foi visitar o Japão ficou várias horas em uma esquina só para provar que alguns japoneses jogam papel no chão, cospem e falam palavrão. Ele desistiu cinco horas depois. Ainda bem que no escotismo ensinamos civilidade, amor à pátria, cidadania e a todo o momento lembramos o que é ética e honra. Mesmo assim fico triste quando convidado para um aniversário em casa de um Escoteiro e ao sair fico penalizado com o responsável que me convidou. O chão cheio de copos e papel. Mesas sujas e uma grande falta de respeito com os demais que ali estão. E cantar os parabéns? Não cantam, inventam, misturam a letra e música. São escoteiros? Não devem ser. Mas estavam de uniforme. Pobre Brasil. Quanto tempo ainda para ver e sentir que meu direito termina onde começa o seu? – “Eu te amo meu Brasil, eu te amo, ninguém segura à juventude do Brasil”!


Boa noite meus amigos. Sonhem sonhos bons e que a paz permaneça por longos anos com todos.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A origem da Flor-de-Lis no Escotismo


Conversa ao pé do fogo.
A origem da Flor-de-Lis no Escotismo

                     Em 1924, Lord Baden-Powell escreveu um artigo pouco conhecido, provavelmente editado na revista The Scout, que a seguir transcrevemos: “O emblema é uma flor de lis, símbolo de paz e pureza”. A história da flor de lis enquanto emblema remonta há muitos séculos atrás, senão mesmo milhares de anos. Na Índia antiga, simbolizava a vida e a ressurreição, enquanto que no Egito era um atributo do deus Hórus, cerca de 2000 anos antes de Cristo.

                   Alguns anos atrás, enquanto era ajudante de campo no meu Regimento, descobri que alguns jovens recrutas eram pouco melhores do que rapazes meio educados. Após alguns anos, quando comandava um esquadrão de cavalaria na Irlanda, treinava os meus homens a serem exploradores, para além dos seus deveres ordinários de combater nas fileiras.

                  Ensinei-os a encontrar o seu caminho através de territórios desconhecidos lendo e desenhando mapas e redigindo relatórios daquilo que tinham visto cada homem por si, de noite e de dia; a atravessar rios com os seus cavalos, cozinhar a sua comida, seguir rastos e a manterem-se camuflados enquanto observavam o inimigo. Pensei que algum mérito lhes era devido e conseguir autorização do Departamento de Guerra para conceder a cada homem que se qualificasse como explorador, um emblema que o distinguisse.

                     Escolhi a flor de lis, que apontava no norte nas bússolas, pois, tal como o compasso, estes exploradores podiam mostrar o caminho certo para atravessar um território desconhecido. Quando os Escoteiros começaram, anos mais tarde, usei o mesmo emblema para eles, pois, tal como nos exploradores militares, que através do desenvolvimento do seu sentido de dever e hombridade podiam prestar uma ajuda valiosa ao exército, assim os Escoteiros podiam prestar um igualmente valioso serviço ao seu país.

                      O atual significado que se deve ler da flor de lis é que aponta na direção certa e para cima, não virando nem à esquerda nem à direita, uma vez que estes caminhos poderiam levar de novo para trás. As estrelas nas pétalas também podem ser interpretadas como indicação de caminho a evitar, embora o seu significado mais conhecido seja o dos dois olhos do Lobinho que se abriram antes de se tornar Escoteiro, quando obteve a sua insígnia de 1ª classe ou a 2ª estrela. “As três pétalas da flor de lis relembram ao Escoteiro os três artigos da sua Promessa.” Baden-Powell.


Nota – A nova flor de lis da UEB aqui não é mencionada.