Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Agulhas Negras - Onde a aventura começa.


Vez ou outra publico a pedidos, contos ou artigos escritos por meus amigos aqui do Facebook. Quem sabe poderá surgir um contista, pois somos tão poucos e quando mais melhor. Se você tem um conto, uma história ou mesmo quer comentar sobre escotismo me mande um e-mail com sua publicação. (ferrazosvaldo@bol.com.br). Sendo válida será publicado. Abraços!

Conversa ao pé do fogo.
Agulhas Negras - Onde a aventura começa.
Uma história contada e escrita pelo Chefe Nobuo Otaguro do Grupo Escoteiro Indaiá-235 SP e a mim enviada pelo Escoteiro Igor Lucio o qual orgulhosamente publico.

                            Vinte e um de novembro de 2015 duas horas da manhã. Cinco jovens seniores do Grupo Escoteiro Indaiá iniciam uma das suas grandes aventuras. Afinal são seniores e sabem que os desafios foram feitos para eles. Não foi o primeiro e nem seria o último acampamento. Uma atividade programada, conversada e planejada nos seus mínimos detalhes. Seniores são assim fazem tudo com muito amor e a espera do grande dia para a viagem até O Parque Nacional do Itatiaia no Rio de Janeiro foi de muita ansiedade, amor, emoção e alegria. Finalmente o grande dia chegou. Uma breve parada em Jacareí e chegamos à entrada do parque. Viajávamos desde as duas e meia da manhã. A chefia sorridente, os seniores esperando a grande jornada. Sete horas e quinze minutos na entrada do parque começamos a nossa grande aventura. Uma caminhada gostosa, sofrida, mas cheia de vontade de conhecer de fazer um escotismo como os seniores gostam. O Pico das Agulhas Negras era famoso, conhecido em todo Brasil. Sonhos de muitos em passear nas suas trilhas, ver imagens lindas de flores silvestres, nascentes de águas límpidas a convidar para beber.

                         O clima agradável da primavera naquela manhã nos embebia com o ar puro sem nenhuma poluição e nossos pulmões sorriam naquele ambiente fantástico. Uma flora e fauna endêmica, um céu de brigadeiro prenunciava uma jornada inesquecível. Nada como sentar a beira da trilha, beber uma água de cascata, uma breve refeição e a subida tem início. Nem todos são mateiros e o cansaço, a falta de prática de exercícios físicos regulares, a altitude toma conta do meu corpo e de muitos outros seniores desacostumados com subidas íngremes e altas. As dores e câimbras em todos nós não impedia o desejo de alcançar o cume da montanha. A cada para nos tocávamos com a maravilhosa vista e ver ali o vento, ainda o orvalho da manhã, as flores que apareciam nos dava a certeza da existência de Deus. Quatro rapazes e uma jovem iam descobrindo a cada passo que o obstáculo é para ser transporto e não desistido. Todos se sentiam como se estivessem no centro do universo, principalmente pela vista maravilhosa, pelas nuvens que se espalhavam aos seus pés, pois a altitude os deixou acima delas.

                       Quanta emoção para aqueles cinco jovens. Cada um distintamente diferente um do outro, mas com o mesmo ideal. Nunca haviam escalado assim uma montanha, nunca haviam experimentado uma emoção tão grande. Como é doce e linda a liberdade. Olhar o ar que passa o vento que nos toca, o prazer de sentir a brisa no rosto, o sol morno da manhã aquecendo a pele e o poder de ouvir o grito da natureza e ver quanto somos pequenos diante dela. Ao nosso lado naquela caminhada inesquecível três adultos experientes nos acompanhavam. Conhecedores natos das trilhas e caminhos até o cume. Não sei por que um dos adultos mais experientes, montanhista, já havia escalado varias vezes aquelas serras não se sentia muito bem. Eu e mais o Davi conduzimos a Tropa, tentando manter o equilíbrio até o cume. Foram quatro horas de escalada. Não existe alegria maior que ver que a aventura foi completa. O brilho intenso nos olhares dos jovens, o sorriso aberto e franco em cada um, a vista incrível do alto da montanha nos trazia emoções nunca vistas. Ali perdido naquele espaço infinito esquecemo-nos das nossas dores, do cansaço, da sede e de tantas coisas, pois agora sabíamos que fizemos a coisa certa.

                       Nunca mais esquecerei esta jornada. Nunca mais esquecerei os amigos jovens e adultos que ao nosso lado botaram pé na estrada e cantando o Rataplã viu como é linda uma conquista como a nossa. Agradeço a Deus pela oportunidade de viver essa aventura junto de tão jovens e grandes amigos, tenham a certeza de que se algum dia vocês resolverem voltar a esta montanha inesquecível eu estarei junto.
Sempre Alerta!


Obrigado ao Andrey, ao Igor, ao Carlos Daniel, ao Robert e especialmente a guia que nos deu novo animo de enfrentar a dificuldade. Abraços a você Isabela Ribeiro. 

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