Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sábado, 25 de junho de 2016

Caminho a seguir ou caminho a evitar?


Caminho a seguir ou caminho a evitar?

Todas as manhãs em pergunto a Deus até onde poderei chegar. No fundo eu sei que até onde ele decidir a hora de parar. Meti-me em uma trilha deliciosa e que escolhi achando ser a melhor. Os anos vão passando, e vou ficando cada vez mais exigente comigo mesmo. É uma tragédia da vida quando descobrimos que ficamos velhos cedo demais. E sábios tarde demais! Risos. Passo o dia fazendo uma rotina que eu mesmo escolhi. Mas o melhor de tudo é escrever. Agora com dificuldade, um braço não quer colaborar. Exige só uma posição. Médico? O SUS não é tão fácil. Consegui uma consulta para fevereiro de 2017. Falta pouco. Claro se até lá eu conseguir continuar vivendo. Mesmo assim não desisto, sei que os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo que tenho pela escrita me faz enrugar a alma. Rataplã! Em frente marche!

Agora me meti a poeta e outros dizem que sou escritor. Logo eu. Poeta? Pequenos garranchos, cópias de grandes homens das escritas e lá vou eu fuçando na tecla uma palavra de amor, de sonhos, de amizade alegria e fraternidade. Isto ajuda? Tem gente que gosta? São poucos eu sei. Alguns dizem que foi bom, outros cultivam um curtir. E a vida vai seguindo. Já me disseram que não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar. Afinal nunca gostei de levar a vida tão a sério. Mas nos finalmente em me pergunto: - Até onde poderei chegar? Estou ajudando? Não basta agradar se a consciência não mudou. Um filosofo escreveu que os velhos gostam de dar bons conselhos para se consolarem de já não estarem em estado de dar maus exemplos. Não sei se dou bons exemplos. Não sou a perfeição escoteira na terra. Aprendi a amar este movimento, dei minha vida por ele. Tentei compreender as ilusões de muitos que chegaram e não souberam dar um abraço e um aperto de mão. Vem depressa correndo Escoteiro ajudar o cozinheiro a fazer o jantar!

Um outro poeta disse que com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos setenta anos de vida, aprender a ficar calado. Cacilda! Nunca consegui me calar. Queria em cinco minutos extravasar meus conhecimentos e passar para os outros. Será que o escotismo que fiz foi o melhor? Não. Não foi. Cada um escolheu seu melhor caminho. Visto da juventude, a vida é um longo futuro; a partir da velhice, parece um curto passado. Quando partimos num navio, as coisas na praia vão diminuindo e ficando mais difíceis de distinguir; o mesmo ocorre com todos os fatos e atividades de nosso passado. Eu deixei muita coisa para trás. Deixei muitas saudades e amizades. Deixei tempos de aventuras, de estradas de mochilão e chapelão. Outro filosofo disse que o que a mocidade deseja, a velhice o tem em abundância. Verdade? Alguém me perguntou? – Brilha a fogueira ao pé do acampamento, para alegria não há melhor momento!

Escrevendo e escrevendo. Ombro dolorido, mas se parar meu caminho das estrelas irá aparecer. Hoje escrevi tanto que até me cansei. Talvez eu esteja envelhecendo rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena. Minha soberba me condena. Meu passado não. Não aceitarei senões, não aceitarei conselhos de anões que no escotismo se fazem de doutores. Se eu estiver sendo útil me sentirei feliz. Sinceramente? Quando já não mais me indignar, terei começado a envelhecer. Fim chega por hoje. A tarde se aproxima a reunião ainda não terminou. Enquanto escrevo aqui estas saudosas linhas, uma patrulha correu mais para alcançar a vitória. E a lobada, na selva abençoada gritou avante VELHO LOBO! Sou eu? Risos. Senhor minha promessa, protegerás!

Uma linda tarde para você.

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