Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Retrospectiva escoteira de 2016.


Conversa ao pé do fogo.
Retrospectiva escoteira de 2016.

            E teve? Fiquei mais em casa que na companhia de meus amados escoteiros. Recebi muitos convites e na hora H eis que o danado e amado pulmão reclama assim como minhas belas pernas sempre admiradas. – Vado Escoteiro não saia se não corto seu ar! Ou então faço você cair! Estou mesmo pensando em levar os dois que estão comigo há setenta e cinco anos (setenta e seis em janeiro próximo) na minha Corte de Honra e deixar que minha antiga Patrulha Lobo decida seu destino. Mas queira ou não, eu não posso reclamar. Ri muito sem gargalhar, chorei um pouco sem berrar, me diverti com minhas escoteiradas no Facebook. Não foi um ano feliz em participar com amigos fora da minha Taba onde com minha amada Célia finquei o pé para não sair. Como um Urso, hibernando para sempre.

        Houve convites. Não tantos, mas fiz tudo para ir. E na hora H lá vem o pulmãozinho e a perninha que não me dão socego. Por outro lado escrevi centenas de histórias contando as sagas de escoteirinhos, lobinhos, seniores e guias, não me esqueci dos pioneiros, chefes e chefas de lobos e o escambal. Coloquei a disposição artigos, histórias e tantos temas escoteiros que foram mais de 1.500 chefes a pedirem meus escritos via e-mail. Como não sou sentimental (risos, logo eu?) escrevi artigos do que penso da nossa liderança escoteira nacional. Arre! Da regional pouco. Do distrito onde estou permaneci calado. Não gosto do que vejo, mas quem sou eu para criticar? Afinal se não me registrei na EB porque não quero ser dependente, pois sempre tem um para dizer que devemos ser obedientes e disciplinados. De uma coisa eu sei, dezenas de amigos partiram para as estrelas e logo irei encontrar todos eles para farrear escoteiramente.

            O bom de tudo é que recebi visitas. Bem não tanto, mas me fizeram feliz. Muitos me contaram seus dissabores, seus amores, suas jornadas Escoteiras e o que fizeram em 2016. Um Chefe uma vez me disse que no meu passado também existiu mau escotismo, chefes sem qualificações e etecetera e tal. Costumo dizer que no passado éramos poucos, mas francamente, nosso escotismo era gostoso (o tal Chefe disse que os meninos de hoje dizem o mesmo) continuando, nossas patrulhas ficavam por anos as fio juntas. Você chegava à reunião e lá estava à maioria com estrelinhas de metal de atividades de três quatro ou cinco anos, com fundo amarelo ou verde na camisa. Amizade era demais. Vivíamos juntos escoteirando por este mundo de Deus. Sem essa de pedir permissão a Deus e o mundo para escoteirar. EB! - “Liberta que sera tamen”.

        E hoje? A evasão bate a porta de muitos Grupos Escoteiros. Lá se vão meninos meninas e chefes voluntários. Dou risada de um comentário de um amigo: Voluntário é a pessoa que ajuda sem esperar nada em troca. Exceto o Voluntário Escoteiro que tem de pagar para ajudar e não esperar nada em troca. Boa essa! - Enfim não tiro o chapéu para muitos dirigentes. Já perdi a conta de cursos que aplicam ano a ano. Não era para ter melhorado? Sei lá se há preocupação com atividades de campo, pois isto é a chave do sucesso. Se nem tudo é doce de leite e ele está salgado a culpa é de quem? – Mestre, me disse uma escoteira, é da nossa liderança que tem muito papo sabem cobrar, mas o escotismo permanece no mesmo lugar. Caranguejo Chefe, um prá frente e dois prá trás.

         Para não dizer que não sai fui visitar amigos (poucos) em uma sede maravilhosa, arborizada e lá sentados ao redor do fogo, cantamos conversamos e vimos que fraternidade não tem hora e nem lugar. Foi para mim um bálsamo que estava precisando. Uma doce e saudosa recordação das centenas de fogos que participei. 2017 vêm aí. Não sei se terei mais condições de dar meus pulos fora da minha Taba armada no alto do Monte de Osasco. Sei que alguns irão me convidar. Farei tudo para ir. Dependo agora de meus filhos para me levarem. Dependo também do danado do meu pulmão e minha perna para colaborar. Espero que a Corte de Honra dê um jeito neles. Entro em 2017 acreditando que será melhor que o que se vai. Falei muito de flores e pouco de politica. Iria resolver? Esqueci, foi 2016 o ano que mais amigos se aproximaram e me desejaram tudo de bom. A Eles tenho que fazer uma curvatura de quarenta e cinco graus, tirar meu chapéu e dizer:


- OBRIGADO! Vocês fizeram parte de da minha vida. Eternamente agradecido. Seja no céu ou não farei questão de estar por lá para oferecer um abraço, um aperto de mão e um sorriso sincero. Até então, ou melhor, como diz o mineiro: - Inté migão ou migona!

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