Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 14 de maio de 2016

Hoje sim tem reunião.


Hoje sim tem reunião.

Turma! Hoje tem reunião, alegria de montão!
Chame a lobada os Sêniores e escoteiros
Pé na taboa sejam bem ligeiros.
Tem jogos, canções e fraternidade,
São amigos e tem plena liberdade.

Tem bandeira tem oração,
Irão cantar bela canção!
Vamos lobada brincar,
E os demais a escoteirar!

Feliz os aventureiros,
Jovens e leais escoteiros.
Grupo firme bela união,
A bandeira em saudação!

Isto mesmo, hoje é dia de festa,
Vamos explorar a floresta,
Pois hoje tem reunião,

Beleza, alegria de montão!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Na beira do caminho tinha uma flor, tinha uma flor na beira do caminho.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Na beira do caminho tinha uma flor, tinha uma flor na beira do caminho.

                             Era um sol do meio dia. Quente, fervendo o sangue do Escoteiro caminhante. Mal dava para olhar a frente de tão quente... O chapéu de abas largas tentava segurar os raios amarelos do sol poente. A camisa ensopada. Ele pensou em tirar o lenço e a camisa. Ficar com a camiseta que estava por baixo. Mas esqueceu desta vontade. Aprendeu a andar uniformizado onde fosse. Não importa se tinha alguém a vê-lo ou não. Há horas esperava encontrar uma arvore frondosa, a beira do caminho. Nada. A estrada era de terra e quase não cabiam dois veículos passando um pelo outro. Ele sabia que ainda tinha chão para percorrer. Não fora com sua patrulha pela manhã. Prova de matemática. Um mais dois cinco mais oito e ele aprendeu a tabuada assim nas jornadas da vida. Agora não. Não calculava a soma divisão ou a multiplicação. Precisava parar para descansar, mas e a árvore frondosa que não aparecia?

                            Tirou seu cantil e bebeu dois goles. Não mais. Ele não sabia quanto tempo de caminhada ainda tinha para encontrar um riacho. Ali era impossível. Tudo estava seco, nem o verde do campo se via. O chão do caminho era terra pura e vermelha. Se chovesse valha-me Deus o barro que formaria. Um, dois, quatro seis quilômetros de pé no chão. Sua mochila pesava. Ele estava acostumado. Bastava encontrar uma árvore frondosa, apenas um cochilo e ele andaria outros seis se necessário. E os pássaros? Ele não via nenhum. Naquele sol escaldante nem pássaro se arriscaria a voar pelos céus. Ele passou por ela. Na beira do caminho. Nem reparou. O sol não deixava. O chapéu quebrando a testa para esconder o calor e a claridade escondia as belezas que não existiam na beira do caminho.

                           Andou alguns passos e parou. Sua mente tinha gravado a flor na beira do caminho. Pensou o que seria e a mente o obrigou a lembrar. Voltou-se calmamente e a viu... Linda, vermelha, quase do tamanho de uma rosa. Mas não era uma rosa. Somente ela com sua planta a segurar como se fosse cair com o peso. Não havia vento, ela não se mexia. Mas era linda. A mais linda flor que ele tinha visto. Deu meia volta até a flor na beira do caminho. Quem pensaria que na beira do caminho tinha uma flor? Verdade, mas na beira do caminho tinha uma flor. Ficou de frente a ela. Viu que ela sorria e não se importava com os raios de sol que não penetravam nas suas pétalas. Tirou sua mochila e se agachou em frente a ela. Um perfume suave percorreu suas narinas. Gostoso, delicioso. Agradável de cheirar. Era um balsamo para manter o corpo firme. Aquela sublime fragrância jogava todo seu perfume no Escoteiro que caminhava no sol do caminho.

                       Ficou ali estático por minutos que se transformaram em horas. Ela a flor na beira do caminho o hipnotizava. Ele precisava prosseguir precisava chegar ao acampamento antes do anoitecer. Seus amigos da patrulha o esperavam. Então o sol se escondeu. Uma nuvem branca com pássaros esvoaçantes chegou. Um vento sul começou a soprar. A flor balançou na sua planta, mas não caiu. O Escoteiro procurou um galho e o fincou junto à flor. Do seu cantil molhou a linda flor da beira do caminho. Precisava seguir adiante. O tempo não espera, e ele olhou a flor pela ultima vez. Grande, Vermelha, quase do tamanho de uma rosa. O Escoteiro partiu olhando para trás. Uma enorme tristeza o invadiu. A flor da beira do caminho balançou de um lado a outro. Como se estivesse agradecendo o que o Escoteiro fez por ela.

                         Era só uma flor, uma flor vermelha linda a beira do caminho. E ele viu que na beira do caminho tinha uma flor, tinha uma flor na beira do caminho, tinha uma flor, no meio do caminho tinha uma flor...

(Baseado no poema de Drummond – No meio do caminho tinha uma pedra.).

domingo, 8 de maio de 2016

Minha homenagem a todas as mães Escoteiras do mundo!


Bom dia meus amigos e minhas amigas.
Minha homenagem a todas as mães Escoteiras do mundo!

Queria escolher um símbolo de mãe escoteira para homenagear todas as mães deste pais e de muitos outros que se orgulham em ser um Badeniano. Ano passado escolhi Olave St. Clair Soames mais conhecida como Olave Baden-Powell para receber a homenagem em nome de todas as mães Escoteiras e também aquelas simpatizantes do nosso movimento. Porque não Maria Pérola Sodré? Para mim e para muitos que a conheceram uma das maiores escotistas do Brasil. Filha de Benjamim Sodré e de Alzira de Castro Sodré nasceu em novembro de 1922 no Rio de Janeiro. Desde que nasceu vivenciou o Escotismo e o Bandeirantismo onde fez sua promessa em 03 de novembro de 1933. Foi Fada, Bandeirante, Guia e passou a atuar como Chefe Bandeirante em 22 março de 1942.

Em junho de 1951 ingressou na UEB como Chefe de lobinhos. Fez o CAB de lobinhos, a parte II da IM Lobinho. Sua parte III da IM foi conduzida por João Ribeiro dos Santos um grande Chefe que além de diversas literaturas Escoteiras também Foi Escoteiro Chefe da União dos Escoteiros do Brasil. Fez diversos outros cursos importantes e em 1962 foi nomeada por Gilwell Park como Akelá Líder para o Brasil. Foi Comissária Nacional dos escoteiros do Mar onde atuou intensamente organizando o II, III e IV Ajuri Nacional dos Escoteiros do Mar, além de diversos fóruns de jovens. Fez o curso de Arrais, de Patrão e Técnico de Mar. Maria Pérola DCIM foi distinguida com o título de Adestradora Emérita da UEB. Dirigiu centenas de cursos em diversos estados brasileiros e no exterior. Nunca cobrou um centavo e fazia questão de pagar com seus próprios proventos a viagem de ida e volta. Sua vida sempre foi pautada pelo lema das Bandeirantes – Semper Parata (sempre pronta para cumprir os seus deveres com Deus, com a Pátria e com o próximo).
Em 1976 um forte terremoto em Nicarágua, sua primeira atitude foi doar sangue para ser enviado aos feridos. Dias depois embarcou como voluntária para Manágua onde se juntou aos escoteiros nicaraguenses num árduo trabalho de apoio as vítimas.

Excelente professora de Matemática era frequentemente procurada por pais que estavam precisando de aulas de reforço para seus filhos. Quando perguntada o valor do seu trabalho dizia: “Cobro aquilo que você puder dar, mas, em vez de me pagar, dê a quantia a alguém que esteja precisando mais que você”. Em 1983, recebeu do Conselho Regional dos Escoteiros do Mar a tarefa de ser seu representante junto à Ilha da Boa Viagem que, em 1937, a pedido do então Comandante Benjamin Sodré, havia sido cedida pelo Ministro da Marinha aos Escoteiros para ali serem administrados cursos para a formação de chefes escoteiros. Maria Pérola ocupou essa função até bem recentemente. Em algumas oportunidades em que os ânimos se exaltavam numa reunião (sim, isso também acontece no Escotismo), era Maria Pérola que, naturalmente, assumia o comando para restaurar a ordem e a tranquilidade. Certa feita, numa reunião de Assembleia Nacional, as coisas estavam quase chegando às vias de fato quando ela se levantou e começou a cantar “Prometo neste dia, cumprir a Lei..”; em segundos, todos a acompanhavam e tudo voltou ao normal.

Foi agraciada com o Tapir de Prata, Medalha Velho lobo, e foi homenageada pelos relevantes serviços prestados as vitimas do incêndio do circo em Niterói em 1962. Recebeu ainda a Comenda do Mérito Arariboia pela prefeitura de Niterói. A Medalha Fitz Weber pelo Rotary Club. Um fato curioso é que Maria Pérola recebeu o Tapir de Prata em duas oportunidades, em 1979 e em 1991. Descuido da UEB? Não! Merecimento! - Se o pai, Benjamin Sodré, era o Escoteiro Número 1 do Brasil, o Número 2 não pode ser de mais ninguém! Graças a Deus tive a honra de tê-la como Diretora do meu Curso Básico ramo Lobinho e do IM do mesmo ramo. Muitas vezes também fui honrado em recebê-la na minha humilde casinha em Belo Horizonte.

Através desta grande Escotista homenageio todas as mães que se dedicam de uma forma ou de outro ao Movimento Escoteiro Mundial. Sabemos que mãe é sinônimo do verbo amar: - Eu te amo, nós te amamos hoje e sempre! Sabemos que uma flor é bela, uma paisagem pode ser bela, mas a imagem de uma mãe transcende tudo aquilo que os olhos entendem por beleza. Seria bom se o dia das mães fosse comemorado todos os dias. Afinal elas merecem. Não são as coisas bonitas que marcam nossas vidas, mas sim as pessoas que têm o dom de jamais serem esquecidas! Meu lugar favorito é dentro do seu abraço.


Feliz dia das Mães, para todas um forte aperto de mão um abraço e que o mundo sorria aos seus pés!