Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 29 de outubro de 2016

Hoje tem reunião, alegria de montão.


Hoje tem reunião, alegria de montão.

Hoje tem reunião e tem piadas Escoteiras para você contar e rir com seus amigos:

Primeira: Chefe Laércio foi visitar a família do Lobinho Nonato. Ficou impressionado em vê-lo tão sossegado e quieto. Diferente quando na Alcatéia e na matilha. – Nonato, ele perguntou: - Você em casa é sempre assim? – Claro que não Chefe, é que a mamãe me da dez pratas toda vez que eu ficar quieto quando recebemos visitas e lá na sede vocês não me dão nada!

Segunda: De manhã, a mãe foi bater na porta do quarto do filho: - Filho acorda! – Ele respondeu ainda deitado na cama. - Hoje não vou à reunião dos escoteiros! E não vou por três motivos: estou morto de sono, detesto aquele Grupo e não aguento mais os chefes! E para encerrar mãe, nem uma medalha ainda me deram! - Mas você tem que ir, filho! E por três motivos: você tem um dever a cumprir, já tem 45 anos e é o Diretor Técnico!

Terceira: Alguns minutos depois da Akelá Marilda gritar lobo, lobo, lobo ela tropeça e leva o maior tombo. Afobada levanta-se rapidamente, ajeita a saia que foi até a cabeça e com um sorriso sem graça brinca: - Lobos, vocês viram a minha ligeireza? Paulinho um Lobinho gozador brinca: vimos sim Akelá. Só que a gente conhecia por outro nome!

Quarta: Lourenço um lobinho sapeca chega correndo em casa e diz pra sua mãe: — Mãe, eu joguei uma bomba na mesa do Diretor Técnico do Grupo. - A mãe gritou com ele... — Você está louco? Volta e pede desculpa para o seu Diretor Técnico.  — Mas mãe, que Diretor Técnico? Ele sumiu!


E chega por hoje, vamos lobear, vamos escoteirar, será que se pode dizer seniorar e Pioneirar? Sei lá, mas a todos desejo uma feliz e uma supimpa reunião! 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Anotações de Lord Baden-Powell.


Anotações de Lord Baden-Powell.

A EDUCAÇÃO.
Uma das mais importantes possibilidades que se encontram diante de nós é a Educação. Temos, por outros caminhos, chegado às mesmas conclusões que chegaram autoridades educacionais com suas experiências. Resumidamente, o segredo da educação eficiente é QUE CADA ALUNO APRENDA POR ELE MESMO, EM VEZ DE UM INSTRUTOR CONDUZINDO-O AO CONHECIMENTO ATRAVÉS DE UM SISTEMA ESTEREOTIPADO.

O método consiste em levar o jovem a perseguir o OBJETIVO de seu treinamento, e não entediá-lo com os passos preliminares de início. As autoridades educacionais já nos reconhecem como cooperadores na mesma esfera de ação, o objetivo de ambos é produzir cidadãos saudáveis e prósperos. Elas se ocupam do desenvolvimento intelectual, nós caminhamos um pouco mais para o desenvolvimento do “caráter” que, afinal de contas, é o atributo mais importante para prevenir as doenças sociais da inatividade e do egoísmo, e dá melhores oportunidades de uma carreira de sucesso em qualquer direção da vida.

Estamos desenvolvendo esforços para ajudar as autoridades educacionais em todos os aspectos que podemos. Elas estão trabalhando inteiramente de acordo conosco em vários centros importantes.

JOGO
O jogo é o primeiro grande educador - isto é tão verdade para os animais como para os homens. Ensinamos aos Lobinhos, nos jogos, pequenas coisas que os tornarão capazes, a seu tempo, de fazer outras maiores a sério. Para o rapaz, o jogo é a coisa mais importante da vida. Um dos objetivos do Escotismo é proporcionar jogos e atividades de patrulha que possam favorecer a saúde e a robustez do rapaz e ajudem a desenvolver o seu caráter.

O futebol, o basebol, o basquetebol, as gincanas, a natação e os jogos escoteiros são, a meu ver, a melhor forma de educação física, porque a maioria deles contribui também para a educação moral, e a maior parte deles nada custa nem exige campos bem tratados, aparelhagem, etc.

É importante organizar, tanto quanto possível, os jogos e competições de tal modo que todos os Escoteiros participem, visto que não pretendemos ter apenas um ou dois jogadores brilhantes entre uma massa de inaptos. Todos devem exercitar-se e todos devem ser razoáveis jogadores.

Baden-Powell Janeiro de 1912.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

A Faca do Escoteiro.


Crônicas de um Chefe Escoteiro.
A Faca do Escoteiro.

                  Outro dia alguns amigos comentaram sobre o uso da faca escoteira. Não sei se existe ainda a prova exigida para seu uso. Antigamente se usava do lado direito preso ao cinto. Eu usei muito. Orgulhava da minha, uma brasileirinha da mundial. Era um orgulho em estar com uma e me sentia bem, pois achava que completava a indumentária. Na Tropa ninguém usava sem ser segunda classe e ter passado nas provas exigidas. Sabíamos que era para uso em atividades mateiras, cortes simples de cordas, quem sabe descascar uma laranja, mas neste caso melhor o canivete Escoteiro.

                   Quando fui Chefe de Tropa e  depois Chefe Sênior era exigente quanto a isso. Sempre fui a favor do uso desde que o jovem esteja preparado se esforçou para ter este direito. Porque não usar? Existe por parte de muitos a ilusão de que é uma arma. Pode influenciar no futuro. O público não vê com bons olhos. Será? Durante anos e anos eu usei, autorizei jovens a usarem nos acampamentos, ah! Nos acampamentos. Eles andavam aqui e ali soberbos com suas facas mateiras. E olhem, nunca soube de nenhum deles até hoje, já homens feitos com a ilusão de andar armado. E o público? Muitos deste “público” me perguntam onde andam os escoteiros e sua faquinha?

                É gostoso no campo portar uma faca. Dá-nos uma sensação de segurança. Eu tinha uma mundial simples. Já vi relatos de cada uma de tirar o sono. Dizem que são lindas. Nunca vi principalmente as importadas, mas quem era eu para ter uma delas? A minha eu tratava-a com carinho. A capa de couro, ou melhor, a bainha sempre engraxada, por dentro talco de bebê para proteger a lamina e não deixar enferrujar. Usou? Primeiro limpar antes de colocar na capa. Sabíamos que faca não é para cortar madeira quiçá poderiam servir para cortar uns gravetos para o fogo. Saber entregar e carregar assim como o machado simples ou do lenhador, ou mesmo o facão mateiro era uma arte. E cerimonia de entregar a ferramenta a outro Escoteiro era um espetáculo a parte para ser visto. Saber afiar era outra. Quando jovem tivemos um campeonato de lançamento de facas. Tínhamos facas especiais para isto. As nossas não. Não foram feitas para impacto.

              Disseram-me que para fabricar uma boa faca consiste em modelar a lâmina, através do processo de forja ou de desbaste, aplicar um tratamento químico conhecido como têmpera que confere a dureza ao fio da lâmina. Costumava proteger o cabo com um protetor plástico que esticava quando colocado e depois se firmava. Lembro-me do meu Chefe e eu mesmo dizendo aos escoteiros e seniores sobre a faca. Explicava sobre a lâmina, sobre o cabo ou empunhadura, a ponta ou ponteira, o fio ou gume, o desbaste, onde era o dorso, o ricasso, a guarda, o pomo e o cordão. Para ser sincero eu mesmo não dava muita importância às estas nomenclaturas. Para mim o mais importante sempre foi o saber conservar, limpar, usar e manusear. Feito isto que os escoteiros usassem suas facas. Acho e poderia dizer com certeza que sempre foi e pode ser uma forma de motivar os jovens na senda Escoteira. E tenho certeza qualquer um sonham em poder ter uma faca e coloca-la na cintura.

                  Até mesmo nas reuniões de sede, nas atividades ao ar livre e principalmente nos acampamentos aprovo o uso desde é claro que o portador esteja bem ciente e preparado. Se ele é um bom Escoteiro, se foi adestrado suficientemente tenho certeza que ele sentirá orgulho no uso da faca. Irá olhar para os outros e dizer – Façam como eu. E um dia também usarão a sua. Mas olhe, respeito os chefes que são contra. Não vou dizer a eles que nunca usaram e, portanto não sabem a importância de uma faca presa no cinto do lado direito de um Escoteiro ou Escoteira, bem uniformizado (a). A faca e o cabo de dois a cinco metros não pode faltar no uniforme. Bem enrolado a moda Escoteira. O que? Isto é passado? Amado passado! Porque não voltas novamente? – Ainda lembro na sede ou no campo das inspeções rotineiras – Escoteiro? Sim Chefe! – Me mostre sua faca! – Eu a pegava pelo cabo, entregava conforme padrões de segurança e deixava o Chefe ver o talco protetor, pegava com carinho no dorso e dava para ele o cabo. Ensinou-me assim. Segurança! E ali ficava a sorrir de orgulho!


                  Minha faca Escoteira está guardada até hoje. Não a uso mais a não ser se for a um acampamento ou uma excursão. Acampamento eu? Claro meu amigo, em sonhos! Mas gostaria de ver os escoteiros e as escoteiras como outrora. Respeitosos! Disciplinados! Vigilantes! Sempre Alertas! Boas ações feitas! Sorriso no rosto! Uniforme impecável! Treinados e prontos a demonstrarem suas aptidões e suas faquinhas do lado. Sei que existem muitos por aí neste mundo de Deus que ainda usam. Mas as facas, humm! As facas estão sumindo. E atrás delas muitos jovens cujos sonhos de serem heróis se perderam na modernidade. Minha faca Escoteira. Hoje não sei se é um acessório proibido. Ontem liberado. Hoje? Nem pensar. Precaução? Bem cada um sabe onde o calo aperta, mas se pudesse ser um Chefe Escoteiro elas voltariam. Sem sombra de dúvida! Meus amigos e amigas, que saudade da faca Escoteira!

domingo, 23 de outubro de 2016

Nó górdio.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.

Nó górdio.

            Sempre fui um apaixonado de técnicas escoteiras. Nada eu deixava passar sem aprender. Lembro que treinei tanto Morse em uma cigarra que um
Chefe de Estação conhecido do meu pai disse que eu quando crescesse seria um ótimo telegrafista. Não fui graças a deus. Risos. O Morse foi meu caminho por anos. A patrulha tinha nos dedos a maneira correta de conversar por Morse. Um segredo que ninguem nunca contou. Não deu muito certo o Morse por sinais de fumaça. Demorava demais. Semaforas eu gostava também, mas nem tanto como o Morse. Dificilmente saimos para acampar sem um bom par de bandeirolas de semaforas e uma boa lanterna. Naquela época as lanternas não duravam como hoje. Era comum quando acampavamos em patrulha cada uma tinha em seu campo um portico para transmitir o Morse e a semáforas em cima dele. Era obrigatório sempre ter dois membros nas transmissões. Um para transmitir e outro para orientar o transmissor.

           Mas um dia a patrulha ficou “encucada” quando soube que existia um nó que ninguem nunca desatou. Chamava-se Nó Górdio. Qualquer um da patrulha fazia tranquilamente com os olhos fechados ou com as mãos as costas pelo menos dezoito nós escoteiros e mais quinze de marinheiros. Nonõ da Patrulha Morcego tinha um irmão marinheiro. Era ele visitar a familia e lá estavam todos da patrulha encostados nele para aprender nós que ainda não sabiamos. Foi ele quem contou sobre o tal nó Górdio. Era uma lenda que envolveu o Rei da Frigia e Alexandre, o Grande. Ficou famoso como metáfora de um problema insolúvel (desatando um nó impossível). Bem a historia é longa e não vou contar todos os detalhes, mas só para saber tudo começou com o aviso de um Oráculo que um sucessor do rei da Frigia iria chegar. Chamava-se Górdio. O moço chegou e foi coroado Rei. Chegou em uma carroça, pois era pessoa humilde e amarrou a carroça em uma coluna com um nó que ninguem conseguiria desfazer.

       Dizem que Górdio reinou por muito tempo e deixou como herdeiro seu filho Midas que expandiu o império, mas ao falecer não deixou herdeiros. O Oráculo ouvido novamente declarou que quem desatasse o nó seria o rei. Quinhentos anos se passaram e ninguem conseguiu. Muitos anos depois Alexandre o Grande ouviu esta lenda ao passar pela Frígia. Foi até o templo de Zeus e viu o nó Górdio. Não conseguiu desfazê-lo. Pegou a espada e cortou o nó. Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou o Rei de toda a Ásia Menor. O marinheiro riu depois de contar e completou – E daí também que deriva a expressão “cortar o nó górdio” o que significa resolver um problema complexo de maneira eficaz. Achamos a história interessante, mas e como fazer o tal nó? O marinheiro não sabia. Muitos anos depois me mostraram a foto do nó. É este perguntei? Quem me mostrou riu e disse não ter certeza.

        Sei não, mas nunca fui tão severo como São Tomé que dizem dizia só vendo para crer. Mas uma coisa eu tenho certeza naquela época se aceitava todo tipo de desafio. Muitos demoraram anos para desvendar, mas outros as patrulhas buscavam “céus e terras” e nunca desistiam. Nós e amarras, costuras de arremate, armadilhas de todos os tipos, conseguir tirar uma pena de um gavião vivo, transportar por corda um doente na maca por cima de um riacho, transmitir Morse e Semaforas deitado, de costas, e até pendurado por uma corda de cabeça para baixo eram desafios normais. Mas quer saber? Até hoje não desvendei como fazer e desmanchar o manhoso Nó Górdio das longiquas terras da Frigia.