Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

“Tonho” Uma história quase real.


“Tonho”

Uma história quase real.

                     Na janela olhava os passantes sem falar. Sua mente corria solta tentando costurar os erros e acertos de sua vida. A conversa com Tico foi à gota. Não foi a primeira e sabia que não seria a última. – Chefe, Prisco meu amigo que é Escoteiro no outro grupo me disse que sou pirata. Perguntei a ele o que significava – Ele disse que o Chefe dele dizia que éramos intrusos e não tínhamos direitos. Tentou me convencer a passar para eles. – O que fazer quando um Escoteiro seu diz isto para você? Outras vezes um ou outro que não sabiam das diferenças perguntavam: - Chefe, porque não podemos participar das atividades e acampamento deles? – Afinal não somos todos irmãos? – Seria sua culpa? Tinha sido Escoteiro, fez uma promessa, amava a seu modo o movimento. Admirava o método do fundador. Agora adulto resolveu fazer uma Tropa. Uma experiência, sem a estrutura de um Grupo Escoteiro. As exigências para iniciar não o agradaram. O registro mais ainda. Soube que as normas eram cobradas para tudo.

                    Não tinha diretores. Para dar uma satisfação convidou a mãe de Ricardo uma simples lavadeira para ser a presidente. A Tropa cresceu. Dois anos e agora estavam completos. Vinte e oito escoteiros. Menos de um ou dois saiam por ano. A procura enorme. Não queria quantidade e sim fazer o escotismo que acreditava. Confiava nos monitores, às patrulhas saiam sozinhas, acampavam sozinhas. Dar responsabilidade era sua maneira de ver a formação escoteira. Fora assim com ele. Quando Juvenal o procurou para dizer que ia organizar um Grupo filiado a Direção Nacional ele o parabenizou. – Precisamos de mais escoteiros disse. Mas não foi bem assim. Exigiram de Juvenal o distanciamento. Ele queria fraternidade e encontrou animosidade. Os meninos de um e outro se conheciam, mas na farda eram desiguais. Agora eram piratas, ameaçados de extinção, diziam que seriam levados as barras dos tribunais.

                   Ouviu ao longe o cantar do Hino Rataplã. Eram os Touros chegando do acampamento. O povo da cidade aplaudia. Os escoteiros com suas mochilas, tralhas e carrocinha de peito estufado marchavam com garbo. Pararam em frente sua janela – Sempre Alerta Chefe! Patrulha Touro se apresentado após o acampamento! – Sorriu. As preocupações ficaram para trás. Ele sabia que formava meninos para serem o futuro da nação. O escotismo não tinha dono era de todos. – Sempre Alerta Touros! Parabéns! Estou orgulhoso de vocês!   

Nota:

Nada contra Grupos Escoteiros de todas as associações. Nasci e vou morrer na UEB mesmo sem meu registro. Mas se os demais irmãos escoteiros seguem o método de Baden-Powell aplaudo. Infelizmente muitos da União dos Escoteiros do Brasil não pensam assim. Triste, pois dos mais de 160 países que praticam escotismo Badeniano o Brasil é um dos poucos a ser intolerante com outros que querem ter sua bandeira e sua associação. Agora eu pergunto: - O sexto artigo só serve para os que pertencem a mesma associação? (O Escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros).

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