Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

quarta-feira, 22 de março de 2017

Donald Trump em carne e osso!


Donald Trump em carne e osso!

                Marido! O que você fez? Olhei para a Célia. Estava espantada com um telegrama na mão. – Eu Célia? Eu não fiz nada. Sou inocente. Juro por Deus! Palavra de Escoteiro! – Não vá me dizer que a turma da UEB resolveu me julgar na Comissão de Etica. Não pode, não tenho registro! - Não é isto marido, eu acredito em você. Afinal somos alma gêmea. Mas leia este telegrama. Comecei a ler e me assustei. O telegrama era curto seco e grosso. Dizia:

- Chefe Osvaldo, preciso urgente do Senhor aqui na Casa Branca. Chegando me procure no n. 1600 – Pensilvânia – Ave – NVV, Washington DC 20.500 EUA. O nosso embaixador Peter Michael McKinley que ficou no lugar da Liliana Ayalde nomeada pelo Obama irá pessoalmente buscá-lo em uma SUV preta, com cinco agentes secretos da CIA todos treinados na marinha americana. Não vá falhar, lembre-se dos velhos tempos!
Assinado: - Donald John Trump – 45º Presidente dos Estados Unidos.

                    Minha nossa. Nunca pensei em vê-lo outra vez. No ultimo acampamento lá pelos idos de 1958, no Deserto de Atacama no Chile eu dei nele uma puxada de orelha: - Trump, todo mundo trabalhando e você pintando o cabelo de roxo? Ele chorou igual bebê chorão. Gritei para ele – Não chora Escoteiro é macho. – Ele riu baixinho. Vado Escoteiro, e as meninas Escoteiras também são macho? Se não fosse Diego Constanza chileno nosso monitor eu não sei o que faria. Foi uma bela atividade. Fizemos uma lista de endereços para futuros contatos. Escoteiro são assim, se encontram e são irmãos para sempre. Nunca mais ouvi falar no Trump até que ele foi eleito presidente dos EE. UU. Era demais para mim.

                     Nem respirei para pensar melhor e uma SUV cantando pneus parou na porta da minha casinha pequetita. Cinco agentes secretos da letal unidade Seals da Marinha Americana desceram. Isto mesmo, aquela que matou Osama Bin Laden. O embaixador com aquele topete tipo americano, como se fosse o rei do mundo, gritou para mim: - Estou com pressa. Trump tem pressa. Não fica molengando! – Gritei para a Célia: - Pega meu bastão de duas e meia polegada um metro e setenta e com ponteira de aço. Vou mostrar a este gringo que gritar só com a mãe dele! Não ouve mais conversa. Socaram-me na SUV e nem deu para despedir da Célia.

                     Vendaram-me e não gostei. Sei que enxergo pouco e a operação de catarata no olho esquerdo não ficou lá estas coisas. O direito tudo cinza. Em Cumbica fomos direito para a ala VIP. Assustei. O Boeing 747-200B. 7 chamado de Air Force One lá estava. Nossa! – O Trump em pessoa veio me buscar? Uma loura desbotada com um lenço roxo no pescoço, sem anel e amarrado nas pontas me empurrou. Sobe logo velhote! Vai de carona, o Vice Presidente Mike Pence indo para o Alasca recebeu ordens do nosso Presidente para vir aqui buscá-lo. Se fosse eu iria levar você de teco-teco! Eita loira que merecia ser amarrada em uma pioneiria daquelas feita pelo CAN em Curitiba. Eita! Como são mal feitas! Kkkkkk.

                     Dormi toda viagem. So me serviram um pãozinho com mortadela e água. Malditos americanos! Mas eu sabia que não era assim. Tomaz Jeferson quando acampamos em Minesota foi um perfeito cavalheiro. Abraão Lincoln que me deu a Medalha de São Patrício quando fizemos aquela grande excursão pelo rio Mississipi sempre foi um cavalheiro. Descemos na base aérea de Andrews, situada próximo a Washington. De lá dois marines educados (me fizeram continência) me levaram em um Helicóptero Executive One um USMC N. 1. Na casa Branca Donald me esperava na porta. Estava sozinho e triste. Abraçou-me choroso e disse que naquela manhã havia perdido parte do seu patrimônio de 4,5 bilhões de dólares. Precisava de mim para ajudá-lo a recuperá-lo.

                     Ora ora, me fez vir aqui para isto? Vado Escoteiro, em nome da nossa amizade. Lá nos escoteiros éramos assim um por todos e todos por um? Aqui eu não sei em que posso confiar. Sei não. Confiar no Trump? Quando eu e ele fizemos uma jornada em 1961 para fotografar Ursos-Polar no Ártico e ele veio com aquela conversa mole que a pele valeria uma fortuna. Mama mia, que Escoteiro era aquele? Entramos no Salão Oval. Sentei e logo cinco diretores do CAN apareceram. Tá danado. Aqui não presidente, porque trouxe esta cambada? Um deles veio em minha direção. Apresentou-se com presidente do Conselho de ética. Disse que eu ia comer o pão que o diabo amassou. Peguei o bastão que segurava a bandeira dos Estados unidos, rodopiei ia dar uma bastonada e levei um catiripapo no nariz.


                Acordei gritando e dizendo que sou velho, mas sou mineiro, e não levo desaforo para casa! Osvaldo! Osvaldo! Acorde! Já estou cansada destes seus pesadelos. Levantei, fui para minha varanda. Uma esquadrilha de aviões da USAF, oito A-10 Thunderbolts II e seis Lockheed AC-130 fizeram um voo rasante na minha humilde morada. Corri para dentro. Enfiei-me embaixo da cama. Rezei muito. Prometi respeitar a UEB (com os dedos cruzados). E seja lá o que Deus quiser! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário