Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

terça-feira, 6 de junho de 2017

Tirei o dia para mudar o Brasil! Há vagas para Chefes Escoteiros como ministros de Estado.


Tirei o dia para mudar o Brasil!
Há vagas para Chefes Escoteiros como ministros de Estado.

Recebi um telegrama do Congresso Nacional. Assustei, pois não confio em nenhum dos congressistas e nem tenho amizade com nenhum. Senadores e Deputados são difíceis separar o joio do trigo. A tal frente parlamentar escoteira é pura enganação. Abri o telegrama. Não é sempre que recebo um e porque não ler?

Caro Chefe Osvaldo.
Se o Presidente atual da Republica do Brasil for destituído do cargo, contamos com o senhor para substitui-lo. Fizemos uma pesquisa e a maioria dos congressistas são a favor de sua escolha pelo modo indireto. Se achar que deve ficar mais tempo, estamos de acordo. Mudaremos a constituição e vamos aprovar todas as leis que o Senhor assim decidir! Soubemos que os escoteiros são pessoas de honra, de caráter e levam a sério a ética seja no escotismo ou fora dela. Sabemos do valor de sua palavra, de sua lealdade e de assumir compromissos sem reclamar e dar tudo de si para que os sonhos dos escoteiros sejam uma realidade.
Aguarde Chefe Osvaldo. Logo que o atual presidente sair iremos até sua casa para conversarmos pessoalmente. Dos seus amigos (?) do Congresso:
Presidente do Senado Eunicio de Oliveira.
Presidente da Câmara Rodrigo Maia.

Chamei a Celia para dividir as palavras do telegrama. Ela me olhou e disse: Marido não serei nunca uma primeira dama. Não vou gastar com cabelereiros, com butiques de luxo. Não terei cozinheiros famosos, pois adoro fazer descobertas na cozinha. Morar no Palácio do Alvorada não é prá mim. Dizem que lá tem assombração! E olhe ter seguranças atrás de mim é o fim da picada. Olhei em seus olhos e concordei. Vida dura até hoje, pobre mas feliz o que faria como presidente? Deveria mudar minha maneira de ser?

Pelo sim pelo não uma coisa eu faria de imediato. Falaria a verdade. Se fizer promessas farei tudo para cumpri-las. Iria mostrar aos três poderes, Executivo, Judiciário e Legislativo que não haveria mais salários. A força dos lideres seriam seu altruísmo, sua abnegação e sem ambição de ser o melhor. Ensinaria e iria exigir que a filantropia, a caridade, a bondade seria condição para participar no Congresso Nacional. Seriamos iguais perante a lei. Todos quando precisassem iriam utilizar o SUS para dar exemplo. Não só eles suas famílias também.

Não teríamos escolas para ricos. Todos iriam estudar onde a maioria dos estudantes brasileiros estudam. Ninguém iria morar próximo ao lago Paranoá. As moradias seriam iguais aos que recebem hoje pelo programa Minha casa, minha vida. Não aceitaria de maneira nenhuma Artistas de TV, jogadores de futebol, cantores se candidatarem para o congresso nacional. Eles que começassem primeiro como vereador e depois deputado estadual. Teriam de aprender e mostrar suas qualidades pensando em servir e não ser servido.

Acabaria com os partidos. Iria existir somente um o Partido de B-P. Eu sei que não teria condições de governar sozinho. Iria pedir ajuda dos amigos chefes escoteiros para lutarem ao meu lado, sem salário é claro. Seria uma forma de abnegação para mostrar que não vivemos e nem sonhamos com riqueza.

E assim fui pensando, pensando o que poderia fazer como Presidente do Brasil. Será que teria condições? Será que alguém algum dia iria me derrubar e assumir para voltar tudo como antes? Não confio em alguns ministros do STF. Não sei e sinceramente? A ideia não me agradava. E o escotismo brasileiro eu iria exigir do Ministro da Educação um tratamento especial? Pensei e pensei. Se for com os arautos do poder que hoje estão lá não vale a pena. Afinal a riqueza da UEB hoje não seria a minha UEB do amanhã. Vestimenta a 400 paus? Melhor não comentar. Mas se fosse Presidente o que poderia fazer para ajudar a escoteirada do Brasil a fazer um escotismo de raiz e não de invenções da modernidade?

Minhas ideias como Presidente brotavam sem parar. Melhor consultar a todos os associados da UEB e pedir opiniões. Democracia, afinal não falo tanto sobre ela? Já estava me entusiasmando quando centenas de carros começaram a chegar a minha porta. Eram chefes advindo de todo Brasil. Todos querendo ajudar mas eis que aparece um Alto Dirigente da UEB, aquele risonho dizendo: - Sem salários vão todos para a comissão de ética! Fui até ao porão, peguei meu bastão de duas e meia polegada com ponteira de aço. Iria mostrar quem era eu. Afinal logo seria o Presidente do Brasil.


Mas tudo que é bom ou mau dura o tempo necessário para acordar. Sempre a Célia que me acorda me dando um beijo gostoso na face e nos lábios. Marido, acorda, tem aí no portão quatro agentes de segurança do congresso nacional. Disseram que vieram buscá-lo. O que eu digo para eles? Putz Grila! E agora José?

Hoje é dia para escrever o dito pelo não dito. No último que postei um Chefe não gostou. Saiu dos meus amigos e se mandou. Paciência. Não vou escrever só o que todos gostariam de ler. Afinal estou velho demais para dizer só o que alguns querem ouvir. Mas não se esqueçam, se for Presidente vou contar com vocês. Ninguém vai ter rabo preso com ninguém. Tudo é diversão. Se não gostar reclame com Baden-Powell, ele é o único responsável por eu ainda ser escoteiro!

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