Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 7 de janeiro de 2017

Os anjos escoteiros moram no céu.


Os anjos escoteiros moram no céu.

                       Eu queria trazer de volta alguém do céu e lhe dar o último abraço. Passar o dia com ele só mais uma vez... Uma única vez... Queria lhe dar um beijo, sentir seu calor no meu abraço... E dizer adeus! Ou quem sabe eu poderia ouvir sua voz novamente, e se possivel dizer pela última vez: - Eu não me esqueço de você! – Hoje me lembrei dele e dela, são tantos! Meus olhos piscaram, senti uma coisa na garganta que há tempos não sentia. São assim as nostalgias que nos pegam de surpresa e nos fazem chorar. Elas chegam devagar, sem fazer alarde. Muitas vezes é uma música saudosa ou pode ser uma garoa fina de fim de tarde. A gente começa a lembrar-se e até sente alguém que se ama ou nutre uma grande amizade junto a nós. Mas são sobras de memórias que a gente nunca esquece. Dá uma vontade imensa de voltar no tempo, sentir de novo a alegria do momento, abraçar e dizer... Eu gosto de você! Mas sabemos que não é possivel.

Dizem que as nostalgias são coisas do momento, que elas vêm e se vão com o vento, que nos procuram por um instante quem sabe querendo nos fazer sorrir. Mas elas fazem renascer as lembranças e hoje me senti pequeno com tantas lembranças. Olhava o sol se pondo não sei onde, pois não dava para ver. As nuvens azuis sumindo fiquei pensando que somos pequenos demais para entender. Deu-me uma saudade tão grande que rebusquei em minha mente, porque eles e não eu? Foram tantos que se foram que mesmo sabendo que estão bem lá no céu à gente treme, a garganta dá um nó, e dá vontade de chorar. Mas a força da oração trás de volta as boas horas do passado, os bons momentos que se foram e isto nos ajuda a pensar que tudo tem uma explicação. 


É... Assim disseram os poetas: - Saudade é amar um passado que ainda não passou... É recusar um presente que nos machuca, e não o futuro que nos convida... Melhor é não deixar que a saudade nos sufoque que a rotina acomode que o medo impeça de tentar. Sem desconfiar do destino e acreditar em você. Gastar mais horas realizado que sonhando, fazendo que planejando, vivendo e esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu! 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Condecorações & Recompensas.


Condecorações & Recompensas.

                        Precisamos aprender a elogiar e agradecer aos nossos voluntários e nossos escoteiros. Por palavras por atos e por toda a gama de certificados, condecorações ou qualquer outro que possamos laçar mãos. Muitos dirão que isto é feito. É mesmo? Burocraticamente falando pode até ser. Precisamos provar que temos espirito Escoteiro? Provar que temos tempo suficiente para receber uma condecoração? Nossos registros anuais não provam o tempo que atuamos? Sinceramente? Acho burocrático demais os meios que temos para agradecer o voluntário escoteiro. Se o Grupo têm estrutura tudo flui mais fácil. A papelada é feita para que possam analisar através do papel e de letras que somos merecedores de alguma condecoração.

                        E fico a pensar o voluntário Escoteiro, com dez, quinze ou vinte anos se ele não fez enorme contribuição ao escotismo nacional. Fez ou não fez? Ele ficou atrás do dirigente nacional que recebeu uma alta condecoração só porque tem status? Ora bolas, todo sábado ele está lá, três quatro ou cinco horas dependendo da necessidade do momento. Vai acampar excursionar, participa de reuniões convocadas pelo distrito ou região, fica um ou dois dias ou mais em curso e isto não significa nada? Só uma gratidão bronze? Ouro? Nem pensar. Fica para os grandões. - Mas Chefe está lá no POR como receber. Está mesmo. Mas não concordo. Quando Regional visitava grupos no interior e na capital. Era um grande entregador de medalhas. Tem direito? Eu assinava em baixo sem papelada.

                       Hoje não, a porcentagem de quem recebe para mim não chega a dois por cento do efetivo adulto nacional escoteiro. E nem me venham com “parcimônias” e nem explicações que não vão me fazer mudar de ideia. Já basta cobrar por uma medalha. Nossa! Isto é demais. “Já pensou você convidado para uma cerimonia de políticos, vem o presidente te “tasca” uma medalha, dá um sorriso e diz: - Cem pratas” Dinheiro, cheque ou cartão? Tem desconto? – Mas Chefe! Tem que pagar para fabricar! Pois é. Nos anos 60, 70 e 80 a UEB era mais simples. Conseguiam patrocínio, e até mesmo ajudavam no transporte e taxas de cursos. Hoje? Ela é “pobrinha” não pode pagar.

                    Tenho um pequeno “montinho” de medalhas. Todas entregue quando era Comissário Regional em Minas Gerais. Não pedi nenhuma, mas a UEB na época achou que eu merecia. Sai da corte dos reis e nunca mais vi a cor de uma. - Chefe! (este cara é demais) – Chefe! Basta fazer o processo. “Bão” isto. Sendo da corte não precisava agora precisa. Corrija-me se estiver errado, tem um tal de SIGUE que sabe da sua vida. Desde é claro que mantiver seu registro e seus dados anuais. Ora bolas! Tire uma lista e mande entregar a todos que estiverem nela as medalhas que tem direito! Sem cobrar, por favor! Para que o caixa tão crescente se não reverte aos que realmente precisam? Gostaria de ver um dia eles os Grandes Presidentes da EB, entregando uma medalha a alguém importante e depois dizer: Doutor! São cem pratas!

                  Enfim, posso estar errado, mas não sabemos agradecer aos nossos voluntários. Se eles estão em grupos padrão, com uma estrutura perfeita, com liderança sobejamente preparada então eles estão em casa. Depois de dez ou quinze ou vinte anos, alguém na liderança do Grupo vai lembrar-se dele e dar uma medalhinha de bronze! De bronze meu! Já tá bom demais! Ouro nem pensar! – Outro dia me convidaram para um encontro de antigos escoteiros. – Chefe vai ter entrega da Medalha Velho Lobo. Se registra, entre no SIGUE siga as normas, entre na fila, faça o pagamento, se eles te aceitarem poderá sonhar com uma. Se não vá até a Ponte dos Remédios e se jogue de cabeça no Rio Tietê! Kkkkkk. Gosto de zombar!

                 Mas falando sério a EB e Regiões não levam a sério nossos voluntários. Os valentes se matam, se esfalfam, fazem de tudo para um escotismo supimpa formando cidadãos. E o pior, ou melhor, que eles fazem tudo o que a EB não faz. Copiam no seu SITE ENCANTADO, fotos, publicações, dizeres espetaculosos e vão ajudando no Marketing que a EB devia fazer. Enquanto isto ano a ano muitos vão saindo. Tristes, sem medalhas sem agradecimento, sem mesmo uma cartinha dizendo sobre seu aniversário. Nada mesmo. Nem sei mesmo quando um deles parte desta para melhor se a família recebe algum comunicado de condolências por parte da EB.


                 Chega de conversa fiada. É hora dos meu medicamentos e da minha inalação. Banho primeiro. Rotina de velho dodói não é mole. Mas olhe se você se encaixa no que eu disse se nunca recebeu nada e nada vai receber, não fique triste. Um grande Escoteiro Chefe do passado um dia me disse: - Chefe Osvaldo, não é você quem precisa do escotismo... É ele quem precisa de você!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Comentários de Baden-Powell. Educação.


Comentários de Baden-Powell.
Educação.

Uma das mais importantes possibilidades que se encontram diante de nós é a Educação. Temos, por outros caminhos, chegado às mesmas conclusões que chegaram autoridades educacionais com suas experiências.

Resumidamente, o segredo da educação eficiente é QUE CADA ALUNO APRENDA POR ELE MESMO, EM VEZ DE UM INSTRUTOR CONDUZINDO-O AO CONHECIMENTO ATRAVÉS DE UM SISTEMA ESTEREOTIPADO. O método consiste em levar o jovem a perseguir o OBJETIVO de seu treinamento, e não entediá-lo com os passos preliminares de início.

As autoridades educacionais já nos reconhecem como cooperadores na mesma esfera de ação, o objetivo de ambos é produzir cidadãos saudáveis e prósperos. Elas se ocupam do desenvolvimento intelectual, nós caminhamos um pouco mais para o desenvolvimento do “caráter” que, afinal de contas, é o atributo mais importante para prevenir as doenças sociais da inatividade e do egoísmo, e dá melhores oportunidades de uma carreira de sucesso em qualquer direção da vida.

Estamos desenvolvendo esforços para ajudar as autoridades educacionais em todos os aspectos que podemos. Elas estão trabalhando inteiramente de acordo conosco em vários centros importantes.

Janeiro de 1912

domingo, 1 de janeiro de 2017

Conversa ao pé do fogo. Panelas.


Conversa ao pé do fogo.
Panelas.

¶No acampamento, o nosso tormento,
é ter que usar PANELAS.
Pois o alimento requer cozimento,
e ao fogo vão as PANELAS¶.

         Dizem e eu assino embaixo que o escotismo é maravilhoso. Dizem também que nosso líder comentava que escotismo se faz no campo e o acampamento é o melhor meio para ensinar honra ética e formar caráter. Perfeito. Tem aqueles que adoram um grande jogo, outros amam fazer uma bela pioneira. E aqueles que se sentem bem com uma lauta refeição no campo. São coisas que marcam principalmente o Fogo do Conselho. Mas meus amigos, e lavar panelas quem gosta? Dei uma olhada no filme da minha vida Escoteira. Consultei amigos daquela época, fiz uma pesquisa tipo as da UEB em Grupos Escoteiros e a conclusão? – Ninguém, mas ninguém mesmo gosta de lavar panelas. Soube de um Escoteiro novato que gostava e hoje faz terapia de grupo com um Psiquiatra. Mas por que não gostam? Elas não são importantes? Porque os chefes são tão exigentes na limpeza das panelas? Afinal em cada casa os Escoteiros sabem que não fazem isto. A mamãe ou a empregada que se virem.

¶Lá o carvão e a fumaça,
põe tisna no caldeirão.
Dentro se é macarrão,
fica um grude que não sai não¶.

         O hino do Ajuri Nacional do Rio de Janeiro tem uma estrofe que diz – ¶ Se ele é gaúcho, você do Amazonas, debaixo das lonas são todos irmãos, qualquer cor ou classe, qualquer raça ou credo lavando as panelas são todos irmãos¶. Arre! É isto mesmo? Lavar panelas para sermos irmãos? Rsrsrs. Sei que cada um entendeu. Afinal pegar as sebentas e agachar em um riacho ou ficar curvados em um tanque, limpando, esfregando aquelas negras queimadas, nojentas, sebentas, para muitos é um horror. Imagine os novatos pata tenra. Já vi alguns deles gritarem – Deixa que eu lavo! E dá aquele sorriso que todos nós conhecemos. – Todos os outros da patrulha batem palmas. Coitado, nem sabia o que estava dizendo. Era terminar e o Monitor dizer – Limpas? Faz favor Escoteiro, toma vergonha na cara e lave direito! Depois quando o noviço crescia na patrulha ele chegava à conclusão que já tinha direito de escolher e falar sim ou não e empurrar a função para um novato chegando. Panela nele!

¶Foi-se o alimento, chegou o momento,
de ter que lavar, PANELAS.
Negras, queimadas, nojentas, sebentas,
nas mãos, nos dão as PANELAS¶.

              Não esqueço o dia que o Pinta Silgo da Patrulha Coruja chegou correndo na casa do Jaci Cata Prego, Monitor da patrulha e disse para ele: - Monitor! Monitor! Acabou o suplicio. – Porque respondeu Jaci Cata Prego – Elas estão sendo aceitas. – Elas quem? As meninas Monitor, as meninas. Agora a função é delas, afinal sempre foi. Não é a mamãe, a titia a vovô quem lavam? Melhor que elas comecem agora desde cedo para aprender! Bem nem todas as patrulhas e patrulheiros são revoltados em lavar panelas. Eu mesmo em cursos Escoteiros sorria azedamente quando lavava panelas só para demonstrar meu espírito Escoteiro. Putz! Que idiotice! Mas pense bem, se você é menino e entrou em uma patrulha, viu que as panelas eram poucas logo pediu a sua mãe para doar uma. Qual ela vai escolher? Claro, as amassadas, as mais negras e as mais sebentas. Elas existem em sua casa? Em principio você nunca prestou atenção, mas cuidado quando pedir uma doação.

¶Chega à chefia no meio dia,
para inspecionar, PANELAS.
E os escoteiros respondem fagueiros,
não existem mais, PANELAS¶.

          Sei que existem exceções. Conheci um grupo que de tão podre de rico levava senhoras contratadas para lavar as panelas. Quem pode, pode quem não pode se sacode! E tem aqueles que lutaram para arrumar um dinheirinho e compraram aqueles famosos conjuntos de panelas. Uma cabia dentro da outra. Beleza. Mas no segundo acampamento não se encaixavam mais. Que houve? – Ficaram amassadas, pretas, sebentas e puxa vida agora eram sucatas! Rsrsrs. Bem falando em exceções encontrei patrulhas excelentes, com panelas brilhando e fazia gosto fazer a inspeção na sua intendência. Eram poucas é verdade. Observando quase todos da mesma idade, com o mesmo conhecimento técnico Escoteiro, cada um mais experiente que o outro, enfim patrulha que sempre pensamos em ter em nossos grupos. Como ali só havia mateiros sabidos, ou todos lavavam juntos ou ninguém lavava nada. E sem essa do Monitor mandar e ficar numa boa.

¶Lá o carvão e a fumaça, põe. . .

           Estou sabendo que no escotismo moderno isto não vai mais existir. Agora é pedir uma “quentinha” e elas chegam rapidamente. Um bifinho, um arrozinho, um feijãozinho, um tomatinho e dois pedacinhos de batata frita e pronto. Dizem que será lei e que breve estará nas paginas do POR. Afinal se muitos sonham com as barracas existentes na nave Enterprise que os Escoteiros do futuro usam porque lavar panelas? Veja o que existe na nave NCC-1701-D a mais moderna: - Aperta-se um botão e lá esta ela a barraca armada. Dentro cama de casal, geladeira, TV por assinatura, Kit completo de chuveiros e banheiros. Telefone, interfone, vídeo game, Tablet e smart fone, o que mais você vai querer? Lavar panelas? Putz Chefe, nem morto, nem morto. Afinal agora temos uma vestimenta ultramoderna e o senhor quer nos levar aos tempos da caverna?

  ¶Lá o carvão e a fumaça,
põe tisna no caldeirão.
Dentro se é macarrão,

fica um grude que não sai não¶.