Uma linda historia escoteira

Uma linda historia escoteira
Era uma vez...

sábado, 29 de julho de 2017

Histórias de Baden Powell. Era uma vez... Lá em Brownsea:


Histórias de Baden Powell.
Era uma vez... Lá em Brownsea:

                  Nos meados de junho de 1907, certo dia, Robert S. S. Baden-Powell o primeiro Chefe Escoteiro do Mundo, escreveu cartas a alguns de seus velhos amigos do Exército e suas esposas que eram pais de rapazes de 11 a 14 anos, alunos de afamados colégios particulares: - Harrow, Eton, Chaerhouse e outros. Ele dizia: - Proponho-me a realizar um acampamento com 18 rapazes selecionados, para aprender escotismo durante uma semana nas férias de agosto. O acampamento por permissão generosa de C.Van Raalte, será realizado na ilha de Brownsea em Poole. E continua sua carta delineando o adestramento que os rapazes teriam e assegurando aos pais que tudo estava cuidadosamente planejado. O fornecimento de alimentos, a cozinha e as medidas sanitárias. Incluiu uma lista de material de acampamento e roupas.

                  Dias depois enviou convite semelhante às Companhias de Brigada de Rapazes (Movimento juvenil já existente) de Bournemouth, dando a três outros rapazes que fossem alunos de escolas secundárias do governo, ou empregados em fazendas ou filhos de operário. O efetivo pretendido de 18 se elevou a 21, pois todos queriam acampar com o herói de Mafeking que 217 dias defendeu esta cidade situada na Guerra dos Boers. Mas tarde B-P decidiu levar como seu “Ajudante” um sobrinho de 9 anos, órfão de pai. Convidou seu companheiro de armas o Major Kenneth McLaren para seu assistente. No anoitecer do dia 31 de julho todos os participantes do que seria o 1º Acampamento Escoteiro do Mundo se encontraram na ilha de Brownsea na costa sul da Inglaterra. Do dia seguinte em diante e durante sete dias B-P por a prova do que ele chamava “Esquema do Escotismo”.  Até hoje todos os Chefes Escoteiros do Mundo ainda podem dar aos seus escoteiros as mesmas emoções, seguindo fielmente o programa realizado no Acampamento da Ilha de Brownsea.

                     Na primeira manhã os rapazes formaram quatro Patrulhas com os mais velhos como monitores. As patrulhas receberam seus nomes e cada rapaz recebeu as fitas de Patrulha de cores distintas para por no ombro: - Maçaricos-amarelo; Corvos-vermelho; Lobos-azuis; Touro – verde. As fitas tinham 2,5cm de largura em dois pedados de 45 cm de comprimento, dobrados ao meio e pregados com alfinete de segurança sobre os ombros. Cada Monitor portava um bastão curto, com uma bandeira triangular branca tendo a silhueta de cabeça do animal de Patrulha pintada em verde. Os monitores usavam um distintivo, uma flor de lis de feltro branco na frente do boné escolar. Não havia uniformes. Cada membro da patrulha recebeu um número: - Monitor numero um, sub número 2, e assim por diante. As responsabilidades da rotina diária de trabalho foram explicadas. As Patrulhas foram localizadas no campo cada uma com uma barraca.

Histórias de um rico passado Escoteiro:

               “Os jovens foram divididos em quatro patrulhas: Corvos, Lobos, Maçaricos e Touros (assim estes foram os primeiros nomes usados por patrulhas escoteiras). As patrulhas acampavam por sua conta, sob a direção de seus próprios monitores, com total responsabilidade pela sua honra de levar adiante os desejos do Chefe e com grande eficiência”.

              “Mas as memórias mais vividas de todas eram os fogos de conselho, antes das orações e do apagar das luzes. Ao redor do fogo à noite Baden-Powell nosso Chefe nos contava algumas histórias assustadoras, conduzia ele mesmo o canto Eengonyama e com seu jeito inimitável atraia a atenção de todos”.

“Eu ainda posso vê-lo como ele ficava diante da luz, alerta, cheio de alegria e de vida. Um momento grave, outro alegre, respondendo todas as questões, imitando o chamado dos pássaros, mostrando como tocaiar um animal selvagem, contando uma história curta ou dançando e cantando ao redor do fogo. Mostrava uma moral, não apenas em palavras, mas usando histórias e convencendo a todos os presentes, rapazes e adultos, que estavam prontos para segui-lo em qualquer direção”.

             Naquele inesquecível acampamento se aprendeu a construção de abrigos, fazer colchões, acender fogo, cozinha mateira e todos se divertiam com os jogos que eles faziam. O jogo "Caça ao Urso" - Um dos rapazes maiores é o urso e tem três bases nas quais ele pode se refugiar e estar a salvo. Ele leva um pequeno balão de borracha cheio de ar nas costas. Os outros rapazes estão armados com bastões de palha amarrados por um cabo (ou jornal enrolado) e com os bastões procuram fazer estourar o balão, enquanto o urso está fora da base. O urso tem um bastão semelhante com o qual procura tirar os chapéus dos caçadores. Se isto acontecer o caçador está morto, mas o balão do urso tem de ser arrebentado para que ele seja considerado morto.

               O bivaque feito só pela Patrulha foi sensacional. As Atividades Práticas da Natureza foram demais. Relatórios de observação da natureza - “Envie suas Patrulhas para descobrirem por observação e relatarem depois, coisas como essas: Como o coelho silvestre cava sua toca? Quando um grupo de coelhos é assustado, um coelho corre apenas porque os outros correm ou olha ao redor para ver qual é o perigo, antes de também correr? Um pica-pau tira a casca para apanhar os insetos no tronco da árvore, ou apanha-os pelo buraco, ou como é que os acompanha? etc.”.

                  Baden Powell era um esplêndido contador de estórias. Tinha um espantoso estoque de anedotas sobre os heróis de todos os tempos. Para seu próprio uso, ele havia criado um código de ética, baseado nos códigos dos Cavaleiros do Rei Arthur e nas suas próprias reflexões. Agora ele pode procurar instilar nos rapazes os mesmos ideais, contando-lhes as façanhas dos heróis admirados pelos jovens e imprimindo em suas mentes a ideia de “Boa Ação Diária”.

                  Quem assistiu sentiu os grandes debates que BP teve nesta ocasião com os rapazes. Foi ali que viu cristalizar o seu pensamento e a formular um código aceitável para os rapazes: A Lei e a Promessa Escoteira. Ele experimentou jogos que lhe pareciam capazes de por em relevo e dar expressão prática aos traços de caráter que ele desejava que os rapazes possuíssem. Ele pôs à prova a lealdade e a esportividade deles em jogos de equipe com regras estritas. Pôs à prova a coragem deles com alguns golpes e chaves simples de jiu-jitsu, e a disciplina e obediência num jogo em botes - a caça à baleia.

Voltando no tempo. Brownsea. Um acampamento que ficou na história!

Baden-Powell, um homem além do seu tempo. Reviver é não esquecer nunca mais!

Abertura: - Era uma vez... Lá em Brownsea:
 - “Eu ainda posso vê-lo como ele ficava diante da luz, alerta, cheio de alegria e de vida. Um momento grave, outro alegre, respondendo todas as questões, imitando o chamado dos pássaros, mostrando como tocaiar um animal selvagem, contando uma história curta ou dançando e cantando ao redor do fogo. Mostrava uma moral, não apenas em palavras, mas usando histórias e convencendo a todos os presentes, rapazes e adultos, que estavam prontos para segui-lo em qualquer direção”. – 110 anos de Brownsea, onde tudo começou! 

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Crônicas de um Chefe escoteiro. Os donos do poder.


Crônicas de um Chefe escoteiro.
Os donos do poder.

               Entra dia sai dia, vai mês entra mês e lá se foram quase setenta escoteirando. Aprendi tanto e me senti o homem mais feliz do mundo como escoteiro. Adotei uma causa maravilhosa voltada para um tipo novo de educação, através do aprender fazendo, tudo ao ar livre, no campo, fazendo coisas que nunca fiz eu costumo pensar que ainda não aprendi nada. O que adianta aprender o que é honra? Caráter? Ética e respeito? O que adianta fazer uma promessa e dizer que faremos o melhor possível para cumprir uma lei? Afinal não sou juiz e nem Salomão para julgar alguém e os que se comprazem a fazer do escotismo a sua moda esquecendo que temos uma Lei e uma Promessa.

               Tento ser autêntico, mas tem muitos que não são assim. Eles estão errados? Porque eles se julgam superiores, se colocam em um pedestal como se fossem os donos da verdade será que eles merecem nosso respeito? Pergunto-me se são escoteiros, imbuídos no espírito fraterno, no espírito de servir e a ser cortês. Abusar dos mais humildes, daqueles que se sentem indefesos e se mostram como os donos do poder é papel esperado de um líder ou um Chefe escoteiro? Hoje já velho mudei muito. Antes nunca levei desaforo para casa. Achava que se aprendi a fazer a massa e sabia fazer o pão não tinha que dar explicações a ninguém. Não é bem assim. Somos um movimento voluntariado e, portanto normas devem ser obedecidas, mas tudo sobre  a prisma da ética e do respeito pessoal.

               Até aí tudo bem estou de pleno acordo. A hierarquia tem de existir para funcionar a engrenagem do escotismo. O que não posso admitir é esta arrogância, esta falta de cortesia de amor ao próximo e principalmente o respeito. Isto é fraternidade? Abusam da autoridade com os oprimidos e não falo do poder civil, nada disto, falo do poder escoteiro. Podem até me contradizer que não existe tal poder. Será? Uma liderança que exemplarmente não dá satisfação a ninguém que decide temas que interessam a todos sem consulta se apoiam na miragem estatutárias para dizer que a organização tem normas e isto lhe dá o poder que possuem?   

              Vi na Internet um pequeno artigo de Nilton Mendonça que me chamou a atenção. Ele assim escreveu aos que pensam serem os donos da verdade e do poder. – Não quero glorias nem tão pouco me glorificar. Quero apenas o respeito! Seu respeito. Não preciso que me diga de que lado nasce o sol, eu só quero seguir a minha vida. Eu me escrevo em letras grandes, o meu EU é somente... Eu, meu nome. Quero contenta-me em viver fazendo, e sendo feliz, jogando fora as opiniões, as outras opiniões. Guarde pra você o que me diz respeito e só me fale se for realmente pra corrigir o que penso que é normal. Ele continua dizendo o que pensa sobre este poder que se acha superior a todos.

             Eu me pergunto quem são essas pessoas que dizem ser donos da verdade, donos da razão. Quem são esses que dizem ser politicamente corretos, mas não sabem nem mesmo o significado da palavra respeito e fraternidade. Quem é essa massa que na hora de decidir o futuro diz não querer saber de nada e depois ficam se perguntando quem são os responsáveis por tal baixaria? Quem são esses que não usam máscaras, mas fingem ser seu amigo e depois nem mesmo fingem lhe conhecer. Quem são essas pessoas que saem as ruas por motivos banais e fúteis e depois ficam a murmurar baixinho sua insatisfação pelo que realmente acham que é importante?

             Sei que cada capitulo que escrevi até hoje não é novo, ele já foi extinto da memória de muitos. Sempre teremos estes que se dizem escoteiros, que se acham acima do bem e do mal, que tomam atitudes não condizentes com o respeito, com a verdade, nunca olhando nos olhos e dizendo o que se deveria dizer. Está se espalhando como uma pequena epidemia em todas as camadas escoteiras que pensam que são os donos do poder e da verdade. Não vou chamá-los de ignorantes. Afinal ignorantes não são os que não sabem a verdade, ignorantes são os que se afirmam serem donos da verdade absoluta.     

             Não posso julgar a cada um que resolveu sair do Escotismo reclamando destes lideres que nem deviam estar atuando no escotismo que Baden-Powell tão bem definiu como um movimento fraterno e universal. Quando Lideres nacionais ou regionais, quando chefes de Unidades locais passam a se achar donos da verdade, a tomarem atitudes sem antes ver e ouvir a quem de direito, a se tornarem juiz sem ter poder para tal, me lembro de um líder de Gilwell Park já falecido que escreveu:


- Se nos tornarmos arrogantes, complacentes e a nos fazermos passar por demasiado auto-suficiente, então - e apenas com essas coisas - poderemos arruinar o Movimento. Feliz palavra de John Thurman. Muitos associados adultos, rapazes e moças estão saindo. Reclamam das atividades, reclamam do poder que alguns exercem sem ver a voz da razão. Precisamos meditar. E ele finaliza: - Os únicos capazes e possíveis de por o escotismo a perder são os próprios chefes e dirigentes. Nada mais a dizer!

Nota: Escrevo este artigo, copia de muitos que já escrevi no passado, pois sempre acreditei que somos um movimento ético, verdadeiro sem sonhos de poder já que nossa finalidade é gloriosa, pois estamos trabalhando com jovens pensando que eles no futuro terão tudo aquilo que acreditamos na Lei e na Promessa Escoteira. Sei que nunca devemos ter a pretensão de sermos os donos da verdade; porque as nossas verdades jamais serão unanimidade para os outros.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Uma pequena crônica pela manhã. SAPS? Deus me livre!


Uma pequena crônica pela manhã.
SAPS? Deus me livre!

                   Eu me divirto quando publico esta antiga crônica pelas mensagens recebidas. Muitos tentando explicar e outros concordando. Claro que tem lógica escrever SAPS, mas dizer a viva voz? Bem alguns já me disseram que eu devia preocupar com outras coisas e deixar o SAPS de lado. Pode ser que tenham razão. Mas tentem compreender, sou um velho chato de galocha, Criador de casos e contador de Causos! Risos. Como vivi no Tempo das Diligências não me adapto as novas tecnologias facilmente. – Chefe! Grita um. SAPS não é tecnologia, SAPS é uma abreviação de Sempre Alerta para Servir! – Bomba! Eis aí um “çabio” Escoteiro e conhecedor das missangas que na linguagem técnica usamos.

                  Outro Chefe me pergunta por que eu não gosto de dizer SAPS. – Quer saber? Já fui muitas vezes ao meu retiro espiritual no Pico do Jaraguá e subi os trezentos degraus até a torre de TV, me ajoelhei, rezei e cheguei a uma conclusão que ainda não tive uma boa explicação. Deveria ter entrado no Campo Escola do Jaraguá, mas hoje nem sei se o Prefeito vai me deixar entrar. Rarará! – Eu amo o campo escola. Lá passei lindas noites acampadas cursando e me sentindo em plena floresta amazônica. Maneira de dizer é claro. Foi então que resolvi ir até a Avenida Paulista me penitenciar e eis que me defronto com um monte de chefes, placa na mão, bandeiras da UEB ou EB sei lá, a gritar SAPS! “Eita” vida escoteira danada!

                  Deixei meu pensamento voar até Piquitiba, onde é a sede Nacional para ver se eles ainda escrevem por lá o famigerado SAPS! – Não vi nada, eles não escrevem, pois o tal SIGUE soberbo e magname se esqueceu de colocar em seus arquivos o tal SAPS. Voltei correndo para casa e fiz uma leitura dinâmica dos pensamentos e nos livros de B.P. Não achei nada relativo ao famigerado SAPS. Claro que B.P nem sabia o que era isto. Ele no seu sotaque de Lord Inglês no seu bom tom, sempre dizia BE PREPARED. Seria até divertido ele gritar no alto do BIG BEN para a escoteirada inglesa – MY BELOVED SCOUTS, SAPS! – Nada há ver, meu caro Chefe Vado. Nada há ver. SAPS é só no Brasil! Como diz o meu amigo italiano: - Porca lá miséria! Que diabos inventaram?

                Melhor é botar a “cuca” para funcionar e ver em que ano ou década, um grande e famoso “Çabio” criou tão famosa marca que nem sei porque os Uebeanos da Corte não registraram no IMPI. Sei que gostam de registrar tudo como se tivessem carta branca de Baden-Powell. Já registram Escoteiro, Indaba, Jamboree e tantas missangas que não anotei. Eureka! Opalalá! – Explicando: - Eureka é uma famosa exclamação atribuída a Arquimedes, significa efeito à realização e súbita e inesperada solução para um problema. – Foi no final da década de sessenta que um “iluminado” da EB (tem tantos lá) criou a sigla SAPS. Ainda não havia o SIGUE e os valentes do Escritório Nacional escreviam tudo a mão em uma Olivetti ou Remington para a escoteirada do Brasil. Cansado de Escrever Sempre Alerta para Servir, eis que uma luz iluminou o palco da Sede Nacional e um anjo gritou: - Escreva SAPS!               

                  Ele sabia que escrevendo SAPS precisava primeiro de explicar e correu lá no POR colocando no artigo primeiro o que significava SAPS. Ele um autêntico “çabio” dirigente viu que havia muitas siglas escoteiras e porque não fazer um dicionário? Quem sabe o que é DEN e CAN levante a mão! – risos. A maioria não sabe né chefão? Mas olhem, o tal SAPS pegou. Se espalhou por todo o Brasil, tanto que soube que um Comissário Internacional escreveu em inglês para a WOSM (outra sigla de lascar) colocando no final a sigla SAPS. O Wosmoento não sabia o que era e reuniu o Conselho Mundial para discutir e quem sabe colocar nos seus estatutos. Francamente! Se era o que queriam que a sigla SAPS se tornasse uma palavra e fosse reconhecida internacionalmente, eu fiquei “sapseado” só de ficar pensando.

                  Mas danação! A façanha do “çabio” Uebeano foi levada pelo vento aos quatro cantos do Brasil. Era gostoso dizer SAPS. Prá todo lado só se dizia e escrevia SAPS. Era SAPS aqui, SAPS ali uma profusão de SAPS que fiquei mais “sapeado” ainda com tudo isto. A preguiça tomou conta. Em vez de escrever por inteiro era melhor pronunciar SAPS. Soube que muitos ao chegarem à sede gritavam alto: - SAPS escoteirada e lobada! Um lobinho chato prá xuxu reclamou. – Akelá! E o Melhor Possível? Ela pensou, pensou e como se fosse uma “çabia dirigente” de saias colocou lá: - MPSAPS! Pois é... Agora danou-se!

                Ei! Calma aí! Não me julguem um velho desdentado e maniento! Nada disto.  Tudo bem que sou um "Velho" Escoteiro “gagá” e chato de galocha que lembra com carinho o Sempre Alerta, o Melhor Possível, o Servir, sempre dito de maneira elegante, afinada, em posição de sentido, cascos juntos, um sorriso nos lábios e uma voz cantante ao dizer aos meus amigos do movimento que encontrava. Afinal meu Chefe me ensinou que era ponto de honra ser o primeiro a dizer Sempre Alerta, ou Melhor, Possível ou Servir ao chegar à sede Escoteira. Adorava receber cartas da UEB de amigos e dependendo do ramo ele dizia: Sempre Alerta Chefe! Melhor Possível Chefe! Servir Chefe! – Já pensou receber a revistinha Sempre Alerta (bem feita, bonita e quando chegava passava de mãos em mãos) alterada na capa e em vez de Sempre Alerta terem mudado para SAPS?


                   Pensem comigo e se alguém inventa uma máquina do tempo e um “come-quieto” da EB for participar do Primeiro Jamboree na Inglaterra, chegando lá com esta vestimenta chique desbotada, camisa para fora, meinhinha vermelha, chapéu de pano e todo posudo e gritar para o chefão: - My beloved Scouts! SAPS Lord Baden-Powell! O que o nosso fundador diria? – Claro, ele diria o que alguns disseram que o falecido presidente Francês Charles De Gaulle disse: - Este Brasil não é um país sério! – Mas meu amigo, minha querida amiga se você gosta do famigerado SAPS, se você tem preguiça em dizer Sempre Alerta para Servir, se você não se preocupa na saudação gostosa da Lobada – Melhor Possível! – Então, e só então pode dizer o tal SAPS a vontade. E mesmo assim eu um velho baguelo Escoteiro grito bem alto: Abaixo o SAPS!

Nota: - - E se você adora o tal SAPS, veja o que escreveu para mim um Chefe Escoteiro: - Chefe Osvaldo, adorei suas considerações sobre o SAPS. Sempre vi como uma "burocratização" ou um mero "invencionismo" linguístico dado às saudações escoteiras, que cria certo um ar de codificação quase militar. - Às favas com SAPS e Sempre Alerta para Servir fazendo o melhor Possível. Rsrsrs.