Uma linda historia escoteira

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Era uma vez...

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Coisas de escoteiros, coisas da vida.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Coisas de escoteiros, coisas da vida.

                    Verdade, meu carrinho ficou pronto, já posso deitar e rolar com ele por este mundão de Deus. A pé moletando tava difícil. Não ficou tão bonito como os “Ninhos de Águia” que fazia nos meus acampamentos. Mas ficou igual a “Ponte Levadiça” que ninguém quis usar para atravessar as corredeiras do Rio Pequeno. Pequeno? Só de nome. Fui ao banco e lá chegando o caixa me disse que meu saldo era igual a Zero menos quinhentos. Voltei. Topei com uma Radio Patrulha prendendo um casal e nem fiquei sabendo o porquê. Ao chegar em casa sentei na minha varanda (adoro!) e pensei na prisão.

                    Não sou um escoteiro tão limpo de corpo e alma. Não sou não. Já fui preso, ameaçado e levei bordoadas no trazeiro tudo por culpa de um policial. Mas eles queiram ou não impõe respeito e não podemos ficar sem eles. Com dezessete anos voltava do meu namorico com a Célia e um grande comício acontecia na Av. Dom Pedro. Eu sabia que o Senhor Jânio Quadros estava na cidade. Na Rua Peçanha uma enorme multidão corria em minha direção. Desci da bicicleta e fui para o passeio me esconder atrás de uma arvore. Só vi o barulho e a dor no trazeiro. Alguém me batia com uma taboa e não parava. Virei-me dei nele um soco a “lá Escoteira” e quando ele caiu com o nariz sangrando vi que era um policial. Putz! A barra pesou.

                    Levaram-me para o xadrez. Seis horas depois o Chefe João Soldado e o Capitão Barbosinha me tiraram de lá. Mas as experiências de cadeia não pararam por aí. No final da década de sessenta em uma cidade no interior de Minas, fazíamos um Conselho Regional hoje chamado de Assembleia. Putz! Porque mudaram? Conselho era mais supimpa, mas esta turma de hoje gosta de mudar. Conselhos os índios faziam. Assembleia a CUT e o PT faz sempre. Mas tem gente que gosta fazer o que? Mas continuemos. Estava lá a nata do escotismo mineiro. Eu o Comissário Regional, Chefe Darcy Escoteiro Chefe, Padre João que foi Diretor Nacional de Adestramento (já notaram que os nomes do passado eram mais escoteiros?), padre Geraldo, Chefe Hélio (profissional escoteiro da UEB), o vice-prefeito da cidade e olhe isto sem contar muitos Distritais e Chefes do Estado.

                    No sábado, lá pelas onze da noite terminada as eleições, fomos a um programa típico de escoteiros famintos. Uma moqueca de peixes (cidade ao lado da represa de Furnas) que ninguém queria perder. Era perto e caminhávamos a pé junto a um muro alto quando vimos do outro lado do muro uma plantação de goiabas. Brancas, vermelhas, e soube que lá tinha verde, rosa e azul apesar de que não vi. Risos. O Chefe Nonato do Grupo de Sabará viu uma reentrância no muro e subiu por ela pegando duas goiabas. Demais. Grandes, enormes pareciam ovos de canguru (Chefe canguru não bota ovo! - Não? Então troca para Ema ou avestruz). E foi então que vi o Padre Geraldo subindo e pulando do outro lado do muro. Logo o muro ficou cheio de chefes, todos querendo sua goiaba colorida.

                 Vinte minutos depois após três apitos longos e um Lobo, Lobo, Lobo todos retornaram para a rua, cada um com os bolsos cheios de goiaba. Hoje a vestimenta seria ideal, com aquelas calças bombachas e bolsões que mais parecem bolso de guerrilheiros para levar munição poderiam caber muitas goiabas. Eis que chegaram esbaforidos um homem bigodudo e mais seis soldados. – “Teje todos presos”, ladrões de goiaba! Chefe Darcy com aquela fleuma britânica respondeu. – Calma, veja o preço, iremos pagar! O Helio que era lá do norte disse que não iria pagar nada. Seria uma piada se não fosse sério. Quatro padres, um Regional, um Escoteiro Chefe, Seis DCIM, uns tantos DCB, muitos IM e oito distritais sem contar o Presidente da Região um Coronel que todos conheciam pela sua valentia e honradez ir parar no xadrez.

                 – Eis que o Vice-prefeito da cidade tomou a frente junto com o Padre Anselmo pároco de lá. – Calma Juvêncio. São meus amigos. Eu que autorizei! – Pois é doutor, ainda bem, as celas da delegacia estão vazias e cabe todo mundo. Mas olhe se quiserem abro o portão e todos poderão colher as goiabas em technicolor e as coloridas a vontade! Agradecemos e fomos comer a peixada que por sinal estava no ponto e quem iria pagar era o Lions Club da Cidade, isto porque o Rotary quase saiu nos tapas para ter a honra de pagar. “Benza” Deus!  


                   Posso afirmar que setenta por cento foi real, o restante é coisa de escritor que quando não aumenta um ponto esquece do seu conto. Tempo bom sô! Tempo de sorrir de ser feliz, de ser fraterno não importando o cargo onde a amizade era real. Boa tarde para todos vocês.   

Nota de Rodapé: -   Olá gente escoteira. Hoje tirei o dia para sorrir, para brincar comigo mesmo e não fiquem chateados com a foto publicada. Uma parecida que publiquei há anos nunca vi tanto politicamente correto me dando bordoadas. Mas verdade é que não sei se é um lindo uniforme ou não. Parece que foi desenhado na França. Mas repito hoje estou de bem com a vida, e não quero me indispor. Principalmente agora com meu carrinho 2003 funcionando, escapamento furado, mas e daí? E então vi um casal sendo preso e pensei: - Porque não escrever sobre prisão? E rebusquei nas minhas lembranças “causos” para contar. Isto mesmo. Já fiquei horas no xilindró. Porque é só ler à crônica. Boa tarde a todos com um sempre alerta de quem gosta de sorrir, mesmo estando sem um tostão furado! Rs,rs,rs. 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Lendas da Jângal. O ultimo Grande Uivo – É difícil dizer adeus...


Lendas da Jângal.
O ultimo Grande Uivo – É difícil dizer adeus...

           Em nossa vida estamos sempre dizendo adeus. Não é um adeus para sempre. Mas para crescer temos que deixar para trás aqueles que amamos e nunca deixaremos de amar. Todos nós um dia deixaremos o nosso lar, sem perceber dizemos adeus aos nossos pais, nossos irmãos, mas continuamos junto a todos eles sempre na mente e no coração. Um dia vamos partir para mais longe, mas o longe é tão perto que nos manteremos unidos em qualquer tempo. Muitas vezes sentimos saudades do passado, buscamos lá no fundo da memória cada ato, cada ação e isto nos trás um bem tremendo. Dizem que recordar é viver. Acredito sim. Lembrando Drummond ele dizia que fácil é dizer “oi” ou “como vai?” Difícil é dizer “adeus”... Fácil é abraçar, apertar a mão. Difícil é sentir a energia que é transmitida... Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só...

           Realmente é difícil dizer adeus. Uma palavra que não gostamos de usar. No escotismo estamos sempre dizendo adeus. Um adeus diferente, pois estamos a poucos passos daqueles que despedimos. Mas aquela saudade gritante ainda machuca quando partimos para a Cidade dos Homens. Se um dia fomos lobos o nosso amor a nossa Alcateia, a nossa Akelá, nosso Balu, Kaa, Baguera ou Raksha ficará para sempre em nosso coração. Se ali vivemos uma vida cheia de amor, nada poderemos fazer para que um dia cada um de nós fique para trás. Vai chegar a hora de dizermos adeus. Faz parte do nosso crescimento? Sim faz parte. Iremos deixar para trás um pedaço de nós. Não foi assim que disseram? O homem ao homem! É o desafio da Jângal! Já parte aquele que foi nosso irmão. Ouvi, então, julgai, ó vós, gente da Jângal, respondei: - Quem irá detê-lo então?

          Tantos anos, um tempo simples cheio de amigos e sem querer sabemos que o homem vai ao homem, mesmo que saibamos que na Jângal está a nossa trilha, ninguém mais vai poder nos seguir. Nem mesmo Shere Khan. Permanece aquela dúvida cruel de menino lobo, a lembrar de que Mowgly queria ter morrido nas garras dos Dholes, quando sua força esvaiu-se e ele sabia que não foi veneno. Dia e noite ouvia um passo duplo no seu caminho. Quando voltava à cabeça sentia que alguém se esconde atrás. Procurava por toda parte atrás dos troncos, atrás das pedras, e não encontrava ninguém. Chamou e não tinha resposta, mas sentia que alguém o ouvia e se guarda de responder. Ele se lembra de tudo. Sabia que tinha de partir. Se Baloo, Akelá disse que ele iria um dia partir para a Alcateia dos homens não tinha como fugir. Não era a lei? Não foi Kaa quem disse que homem vai para os homens? Mesmo que a Jângal não mais o expulse? É não adiantava mesmo que os irmãos Gris uivem furiosamente dizendo – Enquanto vivermos ninguém, ninguém mesmo ousará!

           Ele sente que já está com saudades. Estão todos prontos para o Ultimo Grande Uivo. Quantas vezes ele os fez? Quantas vezes ele gritou melhor, melhor, melhor e melhor? Quantas vezes a Akelá no centro do círculo de braços abertos olhou para ele e ele sabia o que responder? Tudo agora vai acabar para sempre? Mas ele se lembrava das palavras de Bagheera dizendo que ele deveria seguir novos caminhos – Senhor da Jângal, lembra-se que Bagheera te ama, vai em paz. O Grande Uivo terminou. Era a hora da passagem. Passagem? Ele iria partir? Dizer adeus? Olhou além da floresta e viu os homens meninos o esperando. Ele já os conhecia. Ficou varias luas com eles. Foi bem tratado, aprendeu a dizer o Grito da Patrulha, aprendeu o novo lema à saudação. Aprendeu muitas coisas...

              Ele não sabia se chorava ou se dizia adeus quando se despediu de cada um. Mão por mão. Aquela do coração firme como a dizer: - Estarei sempre aqui e vocês estarão sempre aqui no meu coração. Olhou para Kaa e lembrou que ela chorava e que era difícil arrancar a pele, mesmo que Baloo também chorasse e pedia que antes de partir ele o chamasse. Venha até a mim sábia rãnzinha e ele quase rompeu em soluços naquela despedida dolorida. Não se esqueça de mim. Ele lembrava quando estava partindo e Kaa repetia – “Somos todos, eu e você irmãos de sangue”. Seus olhos estavam molhados de lágrimas. Tinha de partir, sabia que está era sua sina seu destino. Ainda deu para ouvir os soluços e os gritos do Lobo Gris que de olhos erguidos para o céu dizia – Onde me aninharei doravante? Pois agora os caminhos são novos...

          Era seu último Grande Uivo. Mais uma vez olhou lobo por lobo. Nunca mais iria esquecer aquele dia. Hora de partir. Sempre é uma hora difícil de dizer adeus. Mais uma vez ele se lembrou das palavras do seu irmão o lobo Gris – “Filhote de homem, senhor da Jângal, filho de Raksha, meu irmão de caverna, O teu caminho é o meu caminho. A tua caça é a minha caça e a tua luta de morte é a minha luta de morte”. E ele completou gritando para a Alcateia quando partiu - “Boa caçada grande povo da Jângal”! Não tinha mais nada a dizer. Mais uma vez deu seu ultimo adeus e ouvindo a canção do lobinho ele partiu para seu novo mundo. Akelá o levou até a trilha que o levaria a cidade dos homens. Segurou sua mão esquerda e disse – Você sempre será bem vindo ao nosso meio. Quem foi um lobo sempre será um lobo. Vá com Deus e que na cidade dos homens você seja feliz como foi aqui!

        O Monitor e o Chefe o esperavam na trilha da cidade dos homens. Com sorriso saudoso e venturoso ele apertou a mão do Chefe e do seu Monitor. Agora teria uma patrulha, agora ele teria de agir como homem. Sabia que todos iriam ajudá-lo na nova vida. Pois ali disseram eles que seriam um por todos e todos por um. Olhou para trás, acenou para a Akelá e os lobinhos. Seu coração bateu forte. Que vontade de voltar de dizer que não queria ir. Mas agora não era um homem? Suas passadas deviam ser para frente e voltar seria um retrocesso. Pensou consigo como era difícil dizer adeus. Difícil mesmo, mas agora era um homem. Disseram para ele que o homem mais sábio e mais digno de confiança é o que aceita as coisas como são. Ele agora tinha uma nova vida. Sabia que não seria fácil, pois nada neste mundo é fácil. Mowgly não era mais o mesmo quando partiu. Seu coração doído iria se regenerar. Foi saudado por todos na Tropa Escoteira, na cidade dos homens. Fez questão de apertar a mão de todos. Havia aprendido que o Escoteiro é amigo de todos e irmãos dos demais escoteiros.

“O abutre Chill conduz a noite incerta, e que o morcego Mang ora liberta - É esta a hora em que adormece o gado, Pelo aprisco fechado. É esta a hora do orgulho e da força unha ferina aguda garra. Ouve-se o grito: Boa caça aquele Que a Lei da Jângal se agarra”.


Nota de Rodapé: – Ai de mim! Exclamou Mowgly em soluços. Eu não sei o que sei! Não vou, não vou, não quero ir, mas sinto-me arrastado por ambos os pés. Como poderei deixar de viver estas noites do Jângal? – Ergue os olhos, irmãozinho, disse Baloo. Não há mal nisso. Quando o mel está comido, abandonamos os favos. – Depois que soltamos a pele velha, não podemos vestir de novo, ajuntou Kaa. É da lei. A pantera lambeu os pés de Mowgly. – Lembra-te que Bagheera te ama, disse ela por fim, retirando-se num salto. No sopé da colina entreparou e gritou: Boas caçadas em teu novo caminho, senhor da Jângal! Lembra-te sempre que Bagheera te ama.

domingo, 22 de outubro de 2017

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. “Sempre aos Domingos”.


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
“Sempre aos Domingos”.

                   Há diferença é que muitos estão passeando, olhando a vida de ontem e de hoje para ver se o caminho a seguir é este. Para mim um aposentado, um Velho Chefe Escoteiro sem eira nem beira os domingos são iguais. Não faço nada, escrevo, converso com meus familiares, atendo visitas que vem ver o velho (são poucas hoje) e fico algum tempo em minha varanda onde adoro imaginar que a vida é bela e merece um sorriso para continuar a viver. Lá fora uma chuvinha miúda cai. Depois do calor da semana bem vinda. Ela me faz lembrar tantas coisas que fecho os olhos e deixo minha mente voar nas asas da imaginação e me levar.

                   Cada dia para mim não é rotina. Faço dele um pedaço do meu viver. Porque não? Se não posso estender minhas mãos pessoalmente porque não fazer isto pelas ondas da modernidade até onde elas irão chegar? Pensamentos voam. Passeio pelos cantos do mundo. Muitos sorrisos nas fotos montadas pelas páginas de um amigo ou amiga que se orgulha por uma razão qualquer. Todos tem algum para mostrar. Alguns mostram tristezas, outros a saudade da perda, outros dos dias que se foram e outros dos dias que virão. Lá do sul vejo uma Chefe sorrindo, lá do norte alguém comentando que suas vozes irão viajar pelos ares visitando escoteiros do Brasil e de outras nações.

                   Não é do meu tempo. Hoje muitos gostam de “coisas” que nunca fiz. Gritam no microfone aos quatro ventos como se estivessem no Fogo do Conselho invocando os Ventos do Norte e do Sul. Eles amam o que fazem. Alguns pensam que estão dando aos seus jovens uma nova maneira de viver, outros pensando que isto os fará feliz. Um rádio potente, uma onda correndo nos céus em busca de outros que lá estão escoteirando e imaginando se o outro também está feliz a conversar e se entender escoteiramente.

                     Eu na minha simplória trajetória procuro outras razões para sorrir. Corro como um vento nas tempestades por montanhas e vales, por trilhas e rios caudalosos, pego o trem da saudade, monto na minha estrela e viajo até a mata do Tenente, vejo ao longe a bruma branca a se formar na enorme cascata do Rio Formoso. Enquanto isto vai tocando na minha vitrola canções que me fazem feliz. “Somewhere over the Rainbow”. Israel “IZ” Kamakawiwo canta na minha imaginação. E então penso nela, penso nele, penso nos jovens que se animam a escalar as serranias e alturas. Quem são eles? São escoteiros do Brasil.

                      E bate fundo como uma saudade um poema de um poeta escoteiro que nunca vi. – Já viste por acaso, a luz das madrugadas, uns veleiros azuis singrando mar afora? Ou então em marcha a cantar patriótica toada, um grupo que lá na serra alcantilada em plena mata acampa e uma bandeira arvora? Desta flotilha azul, quem são os marinheiros, que se animam a escalar da serrania e altura? Contemplais... São jovens escoteiros, entusiastas joviais, briosos brasileiros que lá vão brincar ao léu de uma aventura...

                       E o Velho Chefe Escoteiro canta, quem sabe o Rataplã do mar. Canta o arrebol, canta o Rataplã do coração. E a tarde vai chegando. Ele no seu afã de sorrir e fazer sorrir corre para sua máquina de sonhos. Joga no ar uma saudade, saúda aos que estão Joteando pelos quatro cantos do mundo. Olá! Voce que me lê, eu sou apenas um Velho Escoteiro que gosta de você. Tente fazer alguém feliz, quem sabe seus amores e esqueça suas dores.

                      E na hora de encerrar, quem sabe finalizando o poema do poeta escoteiro que nunca vi eu falo por ele: - E se você, que não é escoteiro, sem demora, traga seu concurso a nobre instituição, e quando ouvirdes Rataplã lá fora, também direis: - Eu sou escoteiro agora e dos jovens do Brasil tereis a gratidão!

Bom domingo, meu abraço fraterno e sempre alerta!

Nota de rodapé: -  Olá meus amigos minhas amigas. Nesta tarde bolorenta onde cai uma chuvinha intermitente em minha cidade, sem ter um microfone nas mãos para Jotear eu desejo a todos vocês muitas alegrias, que levem suas palavras pelo mundo mostrando que o escotismo bate fundo e ainda permanece no coração de muitos que sabem ser escoteiros do coração. Boa tarde.